The Horse and the owl
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Artemis- Deus Olimpiano
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Re: The Horse and the owl
Cap. 1 – O Começo de Minha Vida Maluca (narração de Lilian)
Eu sempre soube que era diferente. Talvez por que sempre me metia em encrenca. Talvez por que via coisas que outras pessoas não viam. Mas esse não era o real problema. O problema era saber que no mundo em que vivia, existiam monstros mitológicos querendo me matar. Tudo bem, tudo bem... Acho que vocês estão achando que estou louca, mas penso que irão entender quando contar-lhes minha história:
Meu nome é Lilian Grings e tenho 14 anos. Moro a maior parte do meu tempo no Internato The Storm King School com a minha melhor amiga Julia Steers. Bom, na verdade, ela é minha única amiga e eu a dela. Temos muito em comum, não só de gostos, mas também de vida. Quer um exemplo? Nós duas sofremos de Dislexia, Déficit de Atenção e Hiperatividade e não conhecemos um dos pais. Eu, o meu pai, e ela, a mãe.
Bom, voltando à história. Hoje é o último dia de aula e eu estava dormindo no meu quarto, o qual divido com Julia, quando ela me acorda pulando em cima de mim:
–- Acorda, Li! Hoje é o último dia de aula!
Rolei para o lado fazendo com que ela saísse de cima de mim. Peguei meu travesseiro e o joguei na cara dela.
–- Não quero ir para a aula... Me deixa dormir!
–- Ah, você vai sim, Li! Nem que eu tenha que te levar pelos cabelos!
Julia me encarava com aqueles olhos cinzentos e profundos. A expressão séria de uma aluna esforçada para superar sua Dislexia. Ela é muito inteligente e nunca perde uma aula. Seus olhos cor de tempestade me deram medo. Achei melhor me levantar antes que ela me pegasse mesmo pelos cabelos.
–- Ok, você venceu! – Disse eu, irritada ao me levantar da cama e ir para o banho. Quando saio, me troco e me olho no espelho. Eu não me acho bonita. Tenho 1,70m de altura, com cabelos castanhos até os ombros, iguais aos da minha mãe. Olhos verdes e brilhantes, os quais minha mãe sempre dizia que herdei do meu pai.
“Meu Pai.” Pensei, soltando o ar pela boca. Nunca o conheci. Sempre que perguntava à minha mãe sobre ele, ela me falava que ele era um homem gentil e que ele me amava muito, mas que não podia ficar com a gente porque sua família não permitia. Nunca entendi isso direito... Por que ele não podia ficar com a gente? E por que a família dele não o permitia fazer isso? Quem eram eles? Por que ele sumiu? Eram tantas perguntas sem resposta que acabei ficando tonta.
–- Li, já está pronta? – Julia me chamou do quarto.
–- Ah, já sim. Estou indo. – Respondi e saí para a aula com ela, ainda com esses pensamentos rodando em minha cabeça, mas com um leve pressentimento de que logo teria as respostas para todas as minhas perguntas.
Eu sempre soube que era diferente. Talvez por que sempre me metia em encrenca. Talvez por que via coisas que outras pessoas não viam. Mas esse não era o real problema. O problema era saber que no mundo em que vivia, existiam monstros mitológicos querendo me matar. Tudo bem, tudo bem... Acho que vocês estão achando que estou louca, mas penso que irão entender quando contar-lhes minha história:
Meu nome é Lilian Grings e tenho 14 anos. Moro a maior parte do meu tempo no Internato The Storm King School com a minha melhor amiga Julia Steers. Bom, na verdade, ela é minha única amiga e eu a dela. Temos muito em comum, não só de gostos, mas também de vida. Quer um exemplo? Nós duas sofremos de Dislexia, Déficit de Atenção e Hiperatividade e não conhecemos um dos pais. Eu, o meu pai, e ela, a mãe.
Bom, voltando à história. Hoje é o último dia de aula e eu estava dormindo no meu quarto, o qual divido com Julia, quando ela me acorda pulando em cima de mim:
–- Acorda, Li! Hoje é o último dia de aula!
Rolei para o lado fazendo com que ela saísse de cima de mim. Peguei meu travesseiro e o joguei na cara dela.
–- Não quero ir para a aula... Me deixa dormir!
–- Ah, você vai sim, Li! Nem que eu tenha que te levar pelos cabelos!
Julia me encarava com aqueles olhos cinzentos e profundos. A expressão séria de uma aluna esforçada para superar sua Dislexia. Ela é muito inteligente e nunca perde uma aula. Seus olhos cor de tempestade me deram medo. Achei melhor me levantar antes que ela me pegasse mesmo pelos cabelos.
–- Ok, você venceu! – Disse eu, irritada ao me levantar da cama e ir para o banho. Quando saio, me troco e me olho no espelho. Eu não me acho bonita. Tenho 1,70m de altura, com cabelos castanhos até os ombros, iguais aos da minha mãe. Olhos verdes e brilhantes, os quais minha mãe sempre dizia que herdei do meu pai.
“Meu Pai.” Pensei, soltando o ar pela boca. Nunca o conheci. Sempre que perguntava à minha mãe sobre ele, ela me falava que ele era um homem gentil e que ele me amava muito, mas que não podia ficar com a gente porque sua família não permitia. Nunca entendi isso direito... Por que ele não podia ficar com a gente? E por que a família dele não o permitia fazer isso? Quem eram eles? Por que ele sumiu? Eram tantas perguntas sem resposta que acabei ficando tonta.
–- Li, já está pronta? – Julia me chamou do quarto.
–- Ah, já sim. Estou indo. – Respondi e saí para a aula com ela, ainda com esses pensamentos rodando em minha cabeça, mas com um leve pressentimento de que logo teria as respostas para todas as minhas perguntas.
Artemis- Deus Olimpiano
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Re: The Horse and the owl
Cap. 2 – Aula (narração de Julia)
A aula anterior ao almoço de nosso último dia antes das férias era artes. Eu adorava esta aula. A professora era uma velha muito distraída e que vivia falando sobre a vida dela e de como eram as aulas que ela empregava em um centro educacional infantil, onde criancinhas desenhavam casinhas e sóis sorridentes todos os dias. Ela era legal, mas eu utilizava sua aula para revisar outras matérias. Estava lendo geografia quando uma bolinha de papel bate em minha cabeça. Eu a abro e leio as palavras: “Você está aí dentro?”. Reconheço a caligrafia e me viro para Lilian, ao meu lado.
–- O que foi, Li?
–- To te chamando faz um tempão! Você nunca para de estudar, não?
–- Desculpe, não ouvi. – digo.
–- Julia, hoje é nosso último dia! Vamos sair daqui no almoço e dar uma caminhada pela cidade.
Penso por um minuto.
–- Vão notar nossa falta – nego. – Além do mais, podemos ir passear amanhã e...
–- As únicas pessoas que sentiriam nossa falta somos nós mesmas, uma da outra. Julia, você nunca perdeu uma aula sequer... Vamos lá!
O que Lilian disse era verdade. Tanto a parte que ninguém sentiria nossa falta quanto eu nunca ter perdido nem uma única aula desde que comecei a estudar. E eu me esforço muito, mesmo com meu Déficit de atenção e outros problemas derrubando minhas notas. Quero orgulhar meu pai, a única família que me resta, fora Lilian, que considero uma irmã. Nunca conheci minha mãe e meu pai nunca fala dela. Quando pergunto algo, ele desvia do assunto. Assim, desisti aos poucos de perguntar por mais. Julia Steers Orly. A única informação que consegui sobre minha mãe foi meu próprio nome. Foi ela quem o escolheu. Fora isso, nada mais.
Pensar nisso traz um vazio dentro de mim. Afinal, quem será minha parte materna? Olho nos olhos verdes e brilhantes de Lilian pedindo por uma companhia à uma caminhada durante o horário letivo.
–- Tá legal – digo, sorrindo. Ela sorri também – acho que matar algumas aulas não me farão mal, nãe é?
–- Não! Ainda mais depois que provar o sorvete da banca aqui perto! Nós duas rimos.
O sinal soa meio-dia. A professora precisa interromper sua história sobre a confecção de colares de macarrão e sobre como eles pinicam para nos liberar de sua aula produtiva. Isso parece deixá-la desanimada.
Saímos da sala e deixamos a escola para traz.
Sair da escola no horário do almoço não é muito difícil. Muitos alunos fazem isso e vão almoçar em casa ou em algum outro lugar e depois retornam para as aulas seguintes. Nós duas, bem, não voltaremos tão cedo.
O sorvete do qual Lilian falou é realmente delicioso, com uma casa de chocolate e granulado envolvendo o creme. A banca de jornais onde o compramos vende um monte de variedades e bugigangas. Decido voltar ali mais vezes (mas não durante as aulas )
Nós caminhamos, visitamos lojas, nos sentamos nos bancos da pracinha ali perto e conversamos por um bom tempo. Mas me sentia estranha. Não estranha como “Estou matando aula!”. Mas sim, estranha como “Estou sendo seguida!”.
De fato, ao olhar para traz, um pequeno buldogue nos encarava com seus olhinhos brilhantes e baba caía de sua boca. Ele andava enquanto andávamos e parava quando parávamos, sempre atrás de nós.
–- Deve estar querendo sorvete. – Lilian disse, assim que lhe falei sobre o cachorro. Mas eu não estava convencida. Seus pequenos olhos brilhavam além do normal para um dia nublado como hoje.
Mas continuamos andando.
A aula anterior ao almoço de nosso último dia antes das férias era artes. Eu adorava esta aula. A professora era uma velha muito distraída e que vivia falando sobre a vida dela e de como eram as aulas que ela empregava em um centro educacional infantil, onde criancinhas desenhavam casinhas e sóis sorridentes todos os dias. Ela era legal, mas eu utilizava sua aula para revisar outras matérias. Estava lendo geografia quando uma bolinha de papel bate em minha cabeça. Eu a abro e leio as palavras: “Você está aí dentro?”. Reconheço a caligrafia e me viro para Lilian, ao meu lado.
–- O que foi, Li?
–- To te chamando faz um tempão! Você nunca para de estudar, não?
–- Desculpe, não ouvi. – digo.
–- Julia, hoje é nosso último dia! Vamos sair daqui no almoço e dar uma caminhada pela cidade.
Penso por um minuto.
–- Vão notar nossa falta – nego. – Além do mais, podemos ir passear amanhã e...
–- As únicas pessoas que sentiriam nossa falta somos nós mesmas, uma da outra. Julia, você nunca perdeu uma aula sequer... Vamos lá!
O que Lilian disse era verdade. Tanto a parte que ninguém sentiria nossa falta quanto eu nunca ter perdido nem uma única aula desde que comecei a estudar. E eu me esforço muito, mesmo com meu Déficit de atenção e outros problemas derrubando minhas notas. Quero orgulhar meu pai, a única família que me resta, fora Lilian, que considero uma irmã. Nunca conheci minha mãe e meu pai nunca fala dela. Quando pergunto algo, ele desvia do assunto. Assim, desisti aos poucos de perguntar por mais. Julia Steers Orly. A única informação que consegui sobre minha mãe foi meu próprio nome. Foi ela quem o escolheu. Fora isso, nada mais.
Pensar nisso traz um vazio dentro de mim. Afinal, quem será minha parte materna? Olho nos olhos verdes e brilhantes de Lilian pedindo por uma companhia à uma caminhada durante o horário letivo.
–- Tá legal – digo, sorrindo. Ela sorri também – acho que matar algumas aulas não me farão mal, nãe é?
–- Não! Ainda mais depois que provar o sorvete da banca aqui perto! Nós duas rimos.
O sinal soa meio-dia. A professora precisa interromper sua história sobre a confecção de colares de macarrão e sobre como eles pinicam para nos liberar de sua aula produtiva. Isso parece deixá-la desanimada.
Saímos da sala e deixamos a escola para traz.
Sair da escola no horário do almoço não é muito difícil. Muitos alunos fazem isso e vão almoçar em casa ou em algum outro lugar e depois retornam para as aulas seguintes. Nós duas, bem, não voltaremos tão cedo.
O sorvete do qual Lilian falou é realmente delicioso, com uma casa de chocolate e granulado envolvendo o creme. A banca de jornais onde o compramos vende um monte de variedades e bugigangas. Decido voltar ali mais vezes (mas não durante as aulas )
Nós caminhamos, visitamos lojas, nos sentamos nos bancos da pracinha ali perto e conversamos por um bom tempo. Mas me sentia estranha. Não estranha como “Estou matando aula!”. Mas sim, estranha como “Estou sendo seguida!”.
De fato, ao olhar para traz, um pequeno buldogue nos encarava com seus olhinhos brilhantes e baba caía de sua boca. Ele andava enquanto andávamos e parava quando parávamos, sempre atrás de nós.
–- Deve estar querendo sorvete. – Lilian disse, assim que lhe falei sobre o cachorro. Mas eu não estava convencida. Seus pequenos olhos brilhavam além do normal para um dia nublado como hoje.
Mas continuamos andando.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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Re: The Horse and the owl
Cap. 3 – O Buldogue se Transforma em um Monstro Horrendo (narração de Lilian)
Depois de soado o sinal para o almoço, Julia e eu saímos da escola. Estava tudo indo muito bem, até Julia me falar do Buldogue que não parava de nos seguir. Naquele momento, não dei a mínima para o cachorro.
–- Deve estar querendo sorvete. – Disse eu.
Julia ficou mais quieta depois disso. Continuamos a andar até que ela fala novamente:
–- Li... Ele continua nos seguindo.
Olho para traz revirando os olhos e observo o cão com cuidado. Ele nos olha de uma forma muito estranha para um simples Buldogue. Como se fôssemos sanduíches ambulantes e prontas para a refeição. Não gostei nada disso. Me virei e apertei o passo, puxando Julia comigo numa tentativa de despistar o cachorro. Acho que já devem imaginar que não deu certo.
Quando Julia e eu chegamos a uma esquina pouco iluminada, ambas olhamos para trás esperando o cachorro. Mas ele não estava lá. O que estava lá nos deixou atônitas. No lugar o Buldogue, encontrava-se um enorme monstro parecido com um leão, mas com uma cabeça de cabra e outra de dragão anexadas ao corpo, além de asas de morcego e um rabo-serpente.
Não tivemos tempo para fazer qualquer comentário sobre a besta, pois ele logo avançou em nossa direção, fazendo com que corrêssemos para não sermos atacadas por suas grandes patas e garras. O pior? Beco sem saída! Ficamos coladas contra uma parede. Não tínhamos como escapar. O monstro pareceu notar isso e por isso avançou lentamente, numa tentativa bem-sucedida de nos fazer agonizar de medo. Era como se não estivesse com pressa para acabar com nossas vidas.
Olho para Julia, com um pingo de esperança e pergunto:
–- Julia... O... O q... O que faremos?
Julia olha para mim com seus olhos cinzentos e entristecidos, pronta para dizer que morreremos, até que estes se desviam de mim e param em algo mais além.
–- O hidrante! – Ela diz.
–- Como é? Vamos morrer e você se preocupa com um hidrante? –- Não, Lilian – Ela responde abismada, respirando forte – A água! A pressão, a força da água! Preciso chegar até ele! Quem sabe ela não joga essa coisa longe!
Olho para o monstro, passando pela rua. As pessoas parecem nem o ver. Como...?
–- Ok, digo. Vamos fazer o seguinte: você liga aquela coisa enquanto eu levo o monstrengo na direção da água do Hidr... an... Ah, não importa!
Julia olha para mim com terror nos olhos.
–- E como é que você vai fazer isso? Estamos encurraladas aqui! Bom, isso era verdade. Olho à minha volta rapidamente e encontro um pedaço de cano velho de ferro e o pego. Olho para o monstro, a uns 7 metros de distância, procurando por um lugar que eu possa passar sem morrer. Vejo um caminho. Loucura, mas passar por cima das asas de morcego dele poderia ser minha melhor chance...?
Percebendo para onde olho, Julia diz apavorada:
–- Você não vai por cima dele, não é? Isso é loucura!
–- Bom, foi você quem disse que tinha que levá-lo para perto do hidrante... Que jeito melhor de distrair alguém, do que subir em cima desse alguém?
Julia abriu a boca para protestar, mas eu já havia saído. Eu era muito habilidosa em trilhas e escaladas, portanto, subir em um carro e pular nas costas da besta não foi difícil para mim. Ela gritou alto.
Depois de soado o sinal para o almoço, Julia e eu saímos da escola. Estava tudo indo muito bem, até Julia me falar do Buldogue que não parava de nos seguir. Naquele momento, não dei a mínima para o cachorro.
–- Deve estar querendo sorvete. – Disse eu.
Julia ficou mais quieta depois disso. Continuamos a andar até que ela fala novamente:
–- Li... Ele continua nos seguindo.
Olho para traz revirando os olhos e observo o cão com cuidado. Ele nos olha de uma forma muito estranha para um simples Buldogue. Como se fôssemos sanduíches ambulantes e prontas para a refeição. Não gostei nada disso. Me virei e apertei o passo, puxando Julia comigo numa tentativa de despistar o cachorro. Acho que já devem imaginar que não deu certo.
Quando Julia e eu chegamos a uma esquina pouco iluminada, ambas olhamos para trás esperando o cachorro. Mas ele não estava lá. O que estava lá nos deixou atônitas. No lugar o Buldogue, encontrava-se um enorme monstro parecido com um leão, mas com uma cabeça de cabra e outra de dragão anexadas ao corpo, além de asas de morcego e um rabo-serpente.
Não tivemos tempo para fazer qualquer comentário sobre a besta, pois ele logo avançou em nossa direção, fazendo com que corrêssemos para não sermos atacadas por suas grandes patas e garras. O pior? Beco sem saída! Ficamos coladas contra uma parede. Não tínhamos como escapar. O monstro pareceu notar isso e por isso avançou lentamente, numa tentativa bem-sucedida de nos fazer agonizar de medo. Era como se não estivesse com pressa para acabar com nossas vidas.
Olho para Julia, com um pingo de esperança e pergunto:
–- Julia... O... O q... O que faremos?
Julia olha para mim com seus olhos cinzentos e entristecidos, pronta para dizer que morreremos, até que estes se desviam de mim e param em algo mais além.
–- O hidrante! – Ela diz.
–- Como é? Vamos morrer e você se preocupa com um hidrante? –- Não, Lilian – Ela responde abismada, respirando forte – A água! A pressão, a força da água! Preciso chegar até ele! Quem sabe ela não joga essa coisa longe!
Olho para o monstro, passando pela rua. As pessoas parecem nem o ver. Como...?
–- Ok, digo. Vamos fazer o seguinte: você liga aquela coisa enquanto eu levo o monstrengo na direção da água do Hidr... an... Ah, não importa!
Julia olha para mim com terror nos olhos.
–- E como é que você vai fazer isso? Estamos encurraladas aqui! Bom, isso era verdade. Olho à minha volta rapidamente e encontro um pedaço de cano velho de ferro e o pego. Olho para o monstro, a uns 7 metros de distância, procurando por um lugar que eu possa passar sem morrer. Vejo um caminho. Loucura, mas passar por cima das asas de morcego dele poderia ser minha melhor chance...?
Percebendo para onde olho, Julia diz apavorada:
–- Você não vai por cima dele, não é? Isso é loucura!
–- Bom, foi você quem disse que tinha que levá-lo para perto do hidrante... Que jeito melhor de distrair alguém, do que subir em cima desse alguém?
Julia abriu a boca para protestar, mas eu já havia saído. Eu era muito habilidosa em trilhas e escaladas, portanto, subir em um carro e pular nas costas da besta não foi difícil para mim. Ela gritou alto.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 4 – As pessoas acham que estou louca! (narração de Julia)
Ver Lilian saltando para cima do monstro foi, ao mesmo tempo, uma das cenas mais legais e apavorantes que já presenciei. Claro, eu nunca teria metade da coragem que ela teve naquele momento. Mas se eu ficasse parada, talvez toda essa coragem se passasse em vão.
Dei um tapa em minha própria cabeça e forcei meu corpo a correr. O monstro nem prestou atenção em mim, já que tentava de maneira frustrada pegar Lilian sobre suas costas. Estava no meio do caminho quando percebi algo: as cabeças da besta não a alcançavam mas...
–- Lilian! A cobra! – gritei em desespero.
Lilian pareceu confusa, mas então sua expressão clareou e ela se virou para a traseira do animal. Sua cauda de serpente estava com as presas abertas, já pingando o veneno ácido. Lilian só teve tempo de atordoar a serpente com seu pedaço de cano e saltar para o chão, correndo imediatamente. A besta se virou e olhou para a garota. Começou a correr também
Precisava ajudá-la, mas não poderia fugir do plano. Cheguei ao hidrante e me deparei com um problema. Como iria acioná-lo?! Como pude ser tão estúpida a ponto de não pensar neste ponto? Não tenho essa força... Agora sim, estamos mortas.
–- Julia! – Gritou Lilian, se escondendo atrás de um carro, que a besta parecia estar prestes a devorar. Pessoas ali perto passavam e olhavam para ela, com um ar confuso. Passavam pelo monstro calmamente e seguiam seu caminho. Não entendi isso. Mas também não tinha tempo para isso. Procurei por alguma barra ou qualquer coisa que pudesse utilizar para bater no hidrante, até que ele abrisse sua boca lateral.
A única coisa que encontrei foi um pedaço de madeira que segurava um cartaz na loja atrás de mim. O peguei, jogando o cartaz no chão. E comecei a bater na boca lateral do hidrante. Nada acontecia.
–- Julia! – o grito estava mais forte, e Lilian corria em minha direção. Uma plateia começava a se formar nas beiradas do quarteirão.
Julia se juntou a mim e se virou, para observar o monstro saindo de cima do carro no qual se escondia segundos atrás. Ele estava vindo, a menos de uma rua de distância.
Os acontecimentos seguintes se passaram em tal velocidade que mal consigo descrevê-los. Lilian gritava desesperada, que iríamos morrer. Nunca senti tanto medo em minha vida! Lilian, xingou o hidrante por nosso plano furado e o chutou. Neste instante, ele explodiu. Água voou por todos os lados, mas especialmente na direção da besta. A pressão, a força da mesma retardaram a velocidade da corrida do monstro, o arrastando para trás, para o meio da rua. Pessoas gritavam. E foi neste momento em que um ônibus bateu de frente com a criatura, freando assim que o motorista viu a água.
Vimos os monstro sofrer com a pancada do veículo, caindo rolando no chão, atordoado pela água forte em sua cabeça. Ele começou a sangrar. Um sangue dourado, um pó, que se espalhava pela água e pela rua. Logo, não havia mais monstro. As pessoas ao redor olhavam horrorizadas e gritavam por ajuda à um cachorro atropelado... Cachorro?!
–- O que... O que eles estão vendo? Aquilo não era só um cachorro, era? – Lilian me perguntou, sua voz trêmula.
As pessoas procuravam por um cão, que diziam estar embaixo do ônibus. Eles não viram o animal desaparecendo em dourado? Muitos nos olhavam com um olhar acusador e cruel.
–- Aquilo... – comecei a falar.
–- Aquilo era uma quimera – Uma garota disse, chegando perto de nós. Seus cabelos ruivos caindo sobre os ombros pequenos – Vocês tiveram sorte de ser uma quimera pequena. Era fraca, e morreu rápido.
Olhamos atônitas para ela. Ela puxou o gorro de sua blusa, fechando o zíper.
–- É melhor não conversarmos aqui. E antes que tornem a perguntar, os humanos normais não enxergaram aquele monstro.
–- humanos ...? – Começou Lilian.
–- Aqui não! – repreendeu a garota. – Vamos sair daqui!
–- Não vamos com você. – disse eu. – Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?
Ela nos olhou. Seus olhos verdes, brilhando contra a luz do anoitecer.
–- Certo. – Ela finalmente diz – Meu nome é Rachel Elizabeth Dare. E agora que me conhecem, podem confiar em mim para sairmos daqui?
Olhei para Lilian e ela para mim. Olhares confusos e assustados.Deveríamos voltar para a escola o mais rápido possível, certo? Mas... Tinha a impressão de que esta garota nos traria explicações, mais perguntas e algumas respostas.
Ver Lilian saltando para cima do monstro foi, ao mesmo tempo, uma das cenas mais legais e apavorantes que já presenciei. Claro, eu nunca teria metade da coragem que ela teve naquele momento. Mas se eu ficasse parada, talvez toda essa coragem se passasse em vão.
Dei um tapa em minha própria cabeça e forcei meu corpo a correr. O monstro nem prestou atenção em mim, já que tentava de maneira frustrada pegar Lilian sobre suas costas. Estava no meio do caminho quando percebi algo: as cabeças da besta não a alcançavam mas...
–- Lilian! A cobra! – gritei em desespero.
Lilian pareceu confusa, mas então sua expressão clareou e ela se virou para a traseira do animal. Sua cauda de serpente estava com as presas abertas, já pingando o veneno ácido. Lilian só teve tempo de atordoar a serpente com seu pedaço de cano e saltar para o chão, correndo imediatamente. A besta se virou e olhou para a garota. Começou a correr também
Precisava ajudá-la, mas não poderia fugir do plano. Cheguei ao hidrante e me deparei com um problema. Como iria acioná-lo?! Como pude ser tão estúpida a ponto de não pensar neste ponto? Não tenho essa força... Agora sim, estamos mortas.
–- Julia! – Gritou Lilian, se escondendo atrás de um carro, que a besta parecia estar prestes a devorar. Pessoas ali perto passavam e olhavam para ela, com um ar confuso. Passavam pelo monstro calmamente e seguiam seu caminho. Não entendi isso. Mas também não tinha tempo para isso. Procurei por alguma barra ou qualquer coisa que pudesse utilizar para bater no hidrante, até que ele abrisse sua boca lateral.
A única coisa que encontrei foi um pedaço de madeira que segurava um cartaz na loja atrás de mim. O peguei, jogando o cartaz no chão. E comecei a bater na boca lateral do hidrante. Nada acontecia.
–- Julia! – o grito estava mais forte, e Lilian corria em minha direção. Uma plateia começava a se formar nas beiradas do quarteirão.
Julia se juntou a mim e se virou, para observar o monstro saindo de cima do carro no qual se escondia segundos atrás. Ele estava vindo, a menos de uma rua de distância.
Os acontecimentos seguintes se passaram em tal velocidade que mal consigo descrevê-los. Lilian gritava desesperada, que iríamos morrer. Nunca senti tanto medo em minha vida! Lilian, xingou o hidrante por nosso plano furado e o chutou. Neste instante, ele explodiu. Água voou por todos os lados, mas especialmente na direção da besta. A pressão, a força da mesma retardaram a velocidade da corrida do monstro, o arrastando para trás, para o meio da rua. Pessoas gritavam. E foi neste momento em que um ônibus bateu de frente com a criatura, freando assim que o motorista viu a água.
Vimos os monstro sofrer com a pancada do veículo, caindo rolando no chão, atordoado pela água forte em sua cabeça. Ele começou a sangrar. Um sangue dourado, um pó, que se espalhava pela água e pela rua. Logo, não havia mais monstro. As pessoas ao redor olhavam horrorizadas e gritavam por ajuda à um cachorro atropelado... Cachorro?!
–- O que... O que eles estão vendo? Aquilo não era só um cachorro, era? – Lilian me perguntou, sua voz trêmula.
As pessoas procuravam por um cão, que diziam estar embaixo do ônibus. Eles não viram o animal desaparecendo em dourado? Muitos nos olhavam com um olhar acusador e cruel.
–- Aquilo... – comecei a falar.
–- Aquilo era uma quimera – Uma garota disse, chegando perto de nós. Seus cabelos ruivos caindo sobre os ombros pequenos – Vocês tiveram sorte de ser uma quimera pequena. Era fraca, e morreu rápido.
Olhamos atônitas para ela. Ela puxou o gorro de sua blusa, fechando o zíper.
–- É melhor não conversarmos aqui. E antes que tornem a perguntar, os humanos normais não enxergaram aquele monstro.
–- humanos ...? – Começou Lilian.
–- Aqui não! – repreendeu a garota. – Vamos sair daqui!
–- Não vamos com você. – disse eu. – Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?
Ela nos olhou. Seus olhos verdes, brilhando contra a luz do anoitecer.
–- Certo. – Ela finalmente diz – Meu nome é Rachel Elizabeth Dare. E agora que me conhecem, podem confiar em mim para sairmos daqui?
Olhei para Lilian e ela para mim. Olhares confusos e assustados.Deveríamos voltar para a escola o mais rápido possível, certo? Mas... Tinha a impressão de que esta garota nos traria explicações, mais perguntas e algumas respostas.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 5 – Descoberta de um Mundo Anormal (narração de Lilian)
Depois de quase sermos mortas por aquele monstro mais de uma vez, as pessoas à nossa volta têm a coragem a dizer que “aquilo” era um simples cachorrinho. Um Cachorro! É sério! Ou todos ali à volta estavam cegos ou havia alguma substância alucinógena em nosso sorvete. E, para completar nossa loucura, uma garota que nunca vimos na frente chega e nos diz coisas malucas, como “aquilo era uma Quimera” e que os “Mundanos normais não o enxergam”... Dá para acreditar?
E depois, ainda pede para sairmos dali para conversarmos com mais calma, como se nos conhecêssemos há anos. Julia deve ter tido o mesmo pensamento que eu, já que disse “Não vamos com você. Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?” Só me lembro que, depois de ela se apresentar a nós como Rachel, Julia olhou para mim e eu devolvi o olhar a ela. Ambas sabíamos que deveríamos voltar para a escola o mais breve possível, já que já escurecia, mas algo dentro de mim (não sei o que ), me disse que poderíamos confiar nela. Talvez seu jeito de falar, suas roupas sujas de tinta aqui e ali... Não sei bem, mas quem sabe ela não nos explicaria o ocorrido? Decidimos ouvi-la primeiro.
–- Ok – digo – Vamos te acompanhar... Mas você terá que nos explicar tudo sobre o monstro e... sobre esses humanos não poderem enxergá-lo.
–- Quimera – Rachel respondeu – e sim, vou lhes explicar tudo o que sei.
Julia e eu seguimos Rachel até chegarmos à pracinha onde havíamos comprado o sorvete. Rachel se sentou no canto de um dos bancos ali e convidou Julia e eu para nos sentarmos no espaço restante. Julia se sentou, mas continuei em pé. Ainda não conseguia ficar parada depois de tanta adrenalina.
A garota ruiva nos observou, como se estivesse calculando algo super complicado, prestando atenção nos mínimos detalhes de nosso modo de agir na hora. Eu já estava prestes a perder minha paciência, quando Julia falou:
–- Então... Você disse que iria nos explicar o que aconteceu. Disse que aquela coisa era uma Quimera, mas... Isso não existe... existe? E sobre as pessoas “normais” que não podiam vê-la? O que quer dizer com isso? E como Lilian e eu podíamos ver a...
–- Oou, calma aí, garota! Perguntas demais rápido demais.
Fiquei cansada de enrolação.
–- Então comece a explicar! – disse eu.
Rachel respirou fundo e finalmente começou a falar:
–- O que vocês sabem de Mitologia Grega?
Trocamos olhares, confusas, mas respondemos
–- Pouca coisa – disse.
–- Só o que aprendemos na escola – Julia completou.
Rachel concordou com a cabeça e disse:
–- Tudo bem... Sabem os Deuses e os monstros da Mitologia Grega?
Concordamos, imaginando onde ela queria chegar. Ela continuou:
–- Isso pode ser um choque para vocês, mas... Enfim, eles são reais e...
–- O QUE? – Julia e eu gritamos em uníssono.
Rachel não pareceu se importar muito com nossa reação. Esperou pacientemente a gente terminar de gritar para falar. Como se isso fosse algo super normal.
–- Ei! Vão ficar aí gritando ou vão querer que eu termine de explicar?
Paramos de gritar e passamos a ouvir a verdade que mudaria nossas vidas.
–- A propósito – Rachel perguntou – Alguma vez já acamparam?
Depois de quase sermos mortas por aquele monstro mais de uma vez, as pessoas à nossa volta têm a coragem a dizer que “aquilo” era um simples cachorrinho. Um Cachorro! É sério! Ou todos ali à volta estavam cegos ou havia alguma substância alucinógena em nosso sorvete. E, para completar nossa loucura, uma garota que nunca vimos na frente chega e nos diz coisas malucas, como “aquilo era uma Quimera” e que os “Mundanos normais não o enxergam”... Dá para acreditar?
E depois, ainda pede para sairmos dali para conversarmos com mais calma, como se nos conhecêssemos há anos. Julia deve ter tido o mesmo pensamento que eu, já que disse “Não vamos com você. Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?” Só me lembro que, depois de ela se apresentar a nós como Rachel, Julia olhou para mim e eu devolvi o olhar a ela. Ambas sabíamos que deveríamos voltar para a escola o mais breve possível, já que já escurecia, mas algo dentro de mim (não sei o que ), me disse que poderíamos confiar nela. Talvez seu jeito de falar, suas roupas sujas de tinta aqui e ali... Não sei bem, mas quem sabe ela não nos explicaria o ocorrido? Decidimos ouvi-la primeiro.
–- Ok – digo – Vamos te acompanhar... Mas você terá que nos explicar tudo sobre o monstro e... sobre esses humanos não poderem enxergá-lo.
–- Quimera – Rachel respondeu – e sim, vou lhes explicar tudo o que sei.
Julia e eu seguimos Rachel até chegarmos à pracinha onde havíamos comprado o sorvete. Rachel se sentou no canto de um dos bancos ali e convidou Julia e eu para nos sentarmos no espaço restante. Julia se sentou, mas continuei em pé. Ainda não conseguia ficar parada depois de tanta adrenalina.
A garota ruiva nos observou, como se estivesse calculando algo super complicado, prestando atenção nos mínimos detalhes de nosso modo de agir na hora. Eu já estava prestes a perder minha paciência, quando Julia falou:
–- Então... Você disse que iria nos explicar o que aconteceu. Disse que aquela coisa era uma Quimera, mas... Isso não existe... existe? E sobre as pessoas “normais” que não podiam vê-la? O que quer dizer com isso? E como Lilian e eu podíamos ver a...
–- Oou, calma aí, garota! Perguntas demais rápido demais.
Fiquei cansada de enrolação.
–- Então comece a explicar! – disse eu.
Rachel respirou fundo e finalmente começou a falar:
–- O que vocês sabem de Mitologia Grega?
Trocamos olhares, confusas, mas respondemos
–- Pouca coisa – disse.
–- Só o que aprendemos na escola – Julia completou.
Rachel concordou com a cabeça e disse:
–- Tudo bem... Sabem os Deuses e os monstros da Mitologia Grega?
Concordamos, imaginando onde ela queria chegar. Ela continuou:
–- Isso pode ser um choque para vocês, mas... Enfim, eles são reais e...
–- O QUE? – Julia e eu gritamos em uníssono.
Rachel não pareceu se importar muito com nossa reação. Esperou pacientemente a gente terminar de gritar para falar. Como se isso fosse algo super normal.
–- Ei! Vão ficar aí gritando ou vão querer que eu termine de explicar?
Paramos de gritar e passamos a ouvir a verdade que mudaria nossas vidas.
–- A propósito – Rachel perguntou – Alguma vez já acamparam?
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Re: The Horse and the owl
Cap. 06 – Viagem de Férias (narração de Julia)
Conseguir absorver tudo o que foi dito, entendendo cada mísera parte da história foi um desafio. Já era noite quando finalmente saímos da pracinha, acompanhadas por Rachel e voltamos para a escola, onde encontramos com uma mãe desesperada. Esta era a mãe de Lilian, Laura Grings ., com quem eu sempre pegava carona, pois meu pai ainda estava no trabalho na hora da saída.
Ao chegarmos, ela primeiramente gritou conosco, depois começou a falar rápido demais sobre os perigos de andarmos por aí sozinhas e, finalmente, depois de inspirar profundamente, ela nos abraça. Prometemos nunca mais sumirmos assim. Nos despedimos da diretora da escola, com quem a senhora Laura conversava antes de chegarmos e nos dirigimos para o carro.
–- Ah, mãe... – começou Lilian.
–- O que? – ela perguntou.
–- Podemos dar carona para nossa amiga Rachel?
Laura olhou para Rachel, e sorriu docemente.
–- Mas é claro – ela disse – Vamos, entrem!
Nós três nos acomodamos no banco traseiro do carro. Na verdade, Rachel não precisaria de carona. Foi só um plano para ficarmos todas a sós com a senhora Laura e conversarmos em um local mais seguro. Rachel nos disse que, como prova de tudo o que ela nos disse, sobre o tal do acampamento, monstros e mitologia serem reais, poderíamos utilizar nossos pais conhecidos: a mãe de Lilian e meu pai.
–- Senhora Laura – começou Rachel – A senhora sabe que, com essa idade, os monstros já começam a perseguir semideuses com mais frequência, não sabe?
Olhamos para ela, atônitas. Ok, nós sabíamos que uma hora ou outra, iríamos tocar no assunto e esclarecer todas as dúvidas. Mas assim foi mais fácil... Ela foi direto ao ponto. Laura continuou dirigindo.
–- Ah, mãe, não liga, não! – Lilian tentou disfarçar.
–- É – completei – Isso é só uma brincadeira nossa...
–- Não – ela nos cortou. Paramos de falar, confusas. – É verdade...
Ficamos boquiabertas. Então... é tudo verdade mesmo? Ela estacionou o carro e se voltou para nós, suas pupilas pequenas, mesmo no escuro.
–- O que aconteceu hoje? – ela pronunciou as palavras pausadamente.
Lilian tentou falar, mas gaguejava e não conseguimos entender nada. Então falei por ela.
–- Rachel disse que foi uma Quimera... Foi... Horrível...
–- Mas, felizmente, o instinto semideus de ambas funcionou muito bem e elas acabaram por matá-la sozinhas.
–- E Julia bolou um plano também...
–- Ei! – interrompi -- Não chame aquilo de plano! Quase morremos por um descuido meu, por não ter pensado em como ativar a porcaria do hidrante! -- Fiquei com raiva de mim mesma e fechei os olhos, as lágrimas aparecendo – Eu fiquei nervosa. Não trabalho bem sob pressão... Eu... Me desculpem.
–- Julia, calma. – Lilian começou – Não foi culpa sua. E olhe aqui -- Olhei para ela, aqueles olhos verdes brilhando no escuro – Nós duas acabamos com aquela coisa juntas! Você e eu!
Ela sorriu. Não sei como conseguiu, mas sorriu em um momento de nervosismo como aquele. Sorri também.
–- É... Acho que sim. – Concordei.
–- Mas e agora, Rachel? -- Laura falou virando-se para ela– Elas precisam ir para o acampamento?
–- Você também sabe sobre isso? – Lilian perguntou, surpresa.
–- Disso e muito mais. – ela respondeu.
–- E creio eu que sim. – Rachel completou – Ficar sem treinamentos em casos como esse fazem falta, como podem ter percebido.
–- É verdade...
–- Legal! – disse Lilian, animando-se – Acho que ganhamos uma viagem de férias!
–- Pois é – concordei – ainda mais depois de um dia de aula anormal como esse.
Conseguir absorver tudo o que foi dito, entendendo cada mísera parte da história foi um desafio. Já era noite quando finalmente saímos da pracinha, acompanhadas por Rachel e voltamos para a escola, onde encontramos com uma mãe desesperada. Esta era a mãe de Lilian, Laura Grings ., com quem eu sempre pegava carona, pois meu pai ainda estava no trabalho na hora da saída.
Ao chegarmos, ela primeiramente gritou conosco, depois começou a falar rápido demais sobre os perigos de andarmos por aí sozinhas e, finalmente, depois de inspirar profundamente, ela nos abraça. Prometemos nunca mais sumirmos assim. Nos despedimos da diretora da escola, com quem a senhora Laura conversava antes de chegarmos e nos dirigimos para o carro.
–- Ah, mãe... – começou Lilian.
–- O que? – ela perguntou.
–- Podemos dar carona para nossa amiga Rachel?
Laura olhou para Rachel, e sorriu docemente.
–- Mas é claro – ela disse – Vamos, entrem!
Nós três nos acomodamos no banco traseiro do carro. Na verdade, Rachel não precisaria de carona. Foi só um plano para ficarmos todas a sós com a senhora Laura e conversarmos em um local mais seguro. Rachel nos disse que, como prova de tudo o que ela nos disse, sobre o tal do acampamento, monstros e mitologia serem reais, poderíamos utilizar nossos pais conhecidos: a mãe de Lilian e meu pai.
–- Senhora Laura – começou Rachel – A senhora sabe que, com essa idade, os monstros já começam a perseguir semideuses com mais frequência, não sabe?
Olhamos para ela, atônitas. Ok, nós sabíamos que uma hora ou outra, iríamos tocar no assunto e esclarecer todas as dúvidas. Mas assim foi mais fácil... Ela foi direto ao ponto. Laura continuou dirigindo.
–- Ah, mãe, não liga, não! – Lilian tentou disfarçar.
–- É – completei – Isso é só uma brincadeira nossa...
–- Não – ela nos cortou. Paramos de falar, confusas. – É verdade...
Ficamos boquiabertas. Então... é tudo verdade mesmo? Ela estacionou o carro e se voltou para nós, suas pupilas pequenas, mesmo no escuro.
–- O que aconteceu hoje? – ela pronunciou as palavras pausadamente.
Lilian tentou falar, mas gaguejava e não conseguimos entender nada. Então falei por ela.
–- Rachel disse que foi uma Quimera... Foi... Horrível...
–- Mas, felizmente, o instinto semideus de ambas funcionou muito bem e elas acabaram por matá-la sozinhas.
–- E Julia bolou um plano também...
–- Ei! – interrompi -- Não chame aquilo de plano! Quase morremos por um descuido meu, por não ter pensado em como ativar a porcaria do hidrante! -- Fiquei com raiva de mim mesma e fechei os olhos, as lágrimas aparecendo – Eu fiquei nervosa. Não trabalho bem sob pressão... Eu... Me desculpem.
–- Julia, calma. – Lilian começou – Não foi culpa sua. E olhe aqui -- Olhei para ela, aqueles olhos verdes brilhando no escuro – Nós duas acabamos com aquela coisa juntas! Você e eu!
Ela sorriu. Não sei como conseguiu, mas sorriu em um momento de nervosismo como aquele. Sorri também.
–- É... Acho que sim. – Concordei.
–- Mas e agora, Rachel? -- Laura falou virando-se para ela– Elas precisam ir para o acampamento?
–- Você também sabe sobre isso? – Lilian perguntou, surpresa.
–- Disso e muito mais. – ela respondeu.
–- E creio eu que sim. – Rachel completou – Ficar sem treinamentos em casos como esse fazem falta, como podem ter percebido.
–- É verdade...
–- Legal! – disse Lilian, animando-se – Acho que ganhamos uma viagem de férias!
–- Pois é – concordei – ainda mais depois de um dia de aula anormal como esse.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 7 – Bem-Vindas ao Acampamento Meio-Sangue! (narração de Lilian)
Saber que todas as coisas esquisitas que aconteceram comigo e com Julia durante toda nossa vida têm uma explicação que não seja “Estamos Loucas!”, me deixou extremamente aliviada. Mesmo que essa explicação seja um grande choque para ambas.
Enquanto seguíamos pela Via principal de Nova Iorque, Rachel e minha mãe ficaram discutindo se deveríamos ir à casa de Julia para falar com o pai dela antes de nossa parida ou se deveríamos seguir direto até o tal acampamento.
Eu já estava perdendo a paciência com essa indecisão quando Julia finalmente interrompeu as duas, oferecendo-lhes uma solução:
–- Senhora Laura e Rachel, que tal nos levar direto para o acampamento e de lá, eu telefono para meu pai e explico a situação com mais calma? Além do mais, ele ainda deve estar no trabalho e só voltará bem tarde.
As duas se entreolharam. Depois de um instante, Laura respondeu:
–- É. Acho que é uma boa ideia. Se quiser, posso já adiantar a conversa com ele quando ele chegar do trabalho.
-- Tudo bem. – Julia diz.
-- Ótimo! – Rachel pronuncia – Então vamos direto ao Acampamento!
Depois disso, a viagem foi quieta e tranquila. Bom, foi só a viagem mesmo, pois eu estava uma pilha de nervos! Olhei para Julia ao meu lado e percebi que ela estava igual a mim.
Um tempo depois, chegamos a Montauk, no final de Long Island, onde Rachel diz localizar-se o Acampamento. Laura para o carro ao lado de uma placa de propaganda de um restaurante, o qual, segundo a placa, se localizava a 10Km dali. Saímos do carro, a estrada deserta. Olhamos à nossa volta, à procura de um acampamento.
-- Não há acampamento nenhum aqui! – Julia exclama. Rachel, ao nosso lado, calmamente explicou:
-- Tem sim. É só subir esta colina – disse ela, apontando o morro – Aquele grande Pinheiro demarca o Limite do Acampamento.
Julia e eu olhamos para o Pinheiro, negro contra a luz da Lua, desconfiadas, porém, não dissemos nada. Virei para minha mãe, pensando na despedida breve e o que vi cortou meu coração. Ela olhava para mim, chorando. Não aguentei e saí correndo par abraçá-la. Lágrimas começaram a escorrer por meu rosto também. Ficamos um bom tempo abraçadas, sentindo o carinho uma da outra. Quando finalmente acalmamos nossos sentimentos, ela se afasta e diz:
–- Shhh... Vocês tem que ir, antes que fique muito tarde – o sorriso dela enquanto me olhava era lindo. Ela passou a mão em meus cabelos. Com um nó na garganta, falei:
–- Não quero te deixar.
–- Mas é preciso! Pelo menos por enquanto... – ela disse – E você não vai estar sozinha, minha filha. Você tem a Julia ao seu lado e... – ela suspirou antes de continuar – E tem seu pai também.
–- Mas como vou saber quem ele é? – questionei – Você nunca me falou quem ele é!
–- Não falei para sua própria segurança. E vai ser ele quem vai ter que te contar quem ele é.
–- Mas... – estava curiosa e nervosa demais naquela hora – Mas, não pode me dar nem uma pista?
Ela sorriu. Seus olhos fixos nos meus.
-- Tudo será explicado no Acampamento – ela continuou – Agora vá e lembre-se que eu sempre estarei aqui para você! É só me ligar.
Depois de dito isso, ela beijou minha testa e me mandou seguir com Julia e Rachel, que me esperavam perto da colina. Assim que me juntei a elas, Julia me abraçou.
-- Vamos? – Rachel perguntou.
Olhei para minha mãe. Ela sorria ao longe, enquanto subíamos a colina e acenamos uma última despedida. Depois ela entrou no carro e voltou para casa.
Conforme subíamos, o frio em minha barriga aumentava. Imaginei que Julia deveria sentir o mesmo. Chegamos ao topo e olhamos para baixo, para através do grande Pinheiro.
-- Sejam bem vindas ao Acampamento Meio-Sangue! – Rachel sorriu.
Saber que todas as coisas esquisitas que aconteceram comigo e com Julia durante toda nossa vida têm uma explicação que não seja “Estamos Loucas!”, me deixou extremamente aliviada. Mesmo que essa explicação seja um grande choque para ambas.
Enquanto seguíamos pela Via principal de Nova Iorque, Rachel e minha mãe ficaram discutindo se deveríamos ir à casa de Julia para falar com o pai dela antes de nossa parida ou se deveríamos seguir direto até o tal acampamento.
Eu já estava perdendo a paciência com essa indecisão quando Julia finalmente interrompeu as duas, oferecendo-lhes uma solução:
–- Senhora Laura e Rachel, que tal nos levar direto para o acampamento e de lá, eu telefono para meu pai e explico a situação com mais calma? Além do mais, ele ainda deve estar no trabalho e só voltará bem tarde.
As duas se entreolharam. Depois de um instante, Laura respondeu:
–- É. Acho que é uma boa ideia. Se quiser, posso já adiantar a conversa com ele quando ele chegar do trabalho.
-- Tudo bem. – Julia diz.
-- Ótimo! – Rachel pronuncia – Então vamos direto ao Acampamento!
Depois disso, a viagem foi quieta e tranquila. Bom, foi só a viagem mesmo, pois eu estava uma pilha de nervos! Olhei para Julia ao meu lado e percebi que ela estava igual a mim.
Um tempo depois, chegamos a Montauk, no final de Long Island, onde Rachel diz localizar-se o Acampamento. Laura para o carro ao lado de uma placa de propaganda de um restaurante, o qual, segundo a placa, se localizava a 10Km dali. Saímos do carro, a estrada deserta. Olhamos à nossa volta, à procura de um acampamento.
-- Não há acampamento nenhum aqui! – Julia exclama. Rachel, ao nosso lado, calmamente explicou:
-- Tem sim. É só subir esta colina – disse ela, apontando o morro – Aquele grande Pinheiro demarca o Limite do Acampamento.
Julia e eu olhamos para o Pinheiro, negro contra a luz da Lua, desconfiadas, porém, não dissemos nada. Virei para minha mãe, pensando na despedida breve e o que vi cortou meu coração. Ela olhava para mim, chorando. Não aguentei e saí correndo par abraçá-la. Lágrimas começaram a escorrer por meu rosto também. Ficamos um bom tempo abraçadas, sentindo o carinho uma da outra. Quando finalmente acalmamos nossos sentimentos, ela se afasta e diz:
–- Shhh... Vocês tem que ir, antes que fique muito tarde – o sorriso dela enquanto me olhava era lindo. Ela passou a mão em meus cabelos. Com um nó na garganta, falei:
–- Não quero te deixar.
–- Mas é preciso! Pelo menos por enquanto... – ela disse – E você não vai estar sozinha, minha filha. Você tem a Julia ao seu lado e... – ela suspirou antes de continuar – E tem seu pai também.
–- Mas como vou saber quem ele é? – questionei – Você nunca me falou quem ele é!
–- Não falei para sua própria segurança. E vai ser ele quem vai ter que te contar quem ele é.
–- Mas... – estava curiosa e nervosa demais naquela hora – Mas, não pode me dar nem uma pista?
Ela sorriu. Seus olhos fixos nos meus.
-- Tudo será explicado no Acampamento – ela continuou – Agora vá e lembre-se que eu sempre estarei aqui para você! É só me ligar.
Depois de dito isso, ela beijou minha testa e me mandou seguir com Julia e Rachel, que me esperavam perto da colina. Assim que me juntei a elas, Julia me abraçou.
-- Vamos? – Rachel perguntou.
Olhei para minha mãe. Ela sorria ao longe, enquanto subíamos a colina e acenamos uma última despedida. Depois ela entrou no carro e voltou para casa.
Conforme subíamos, o frio em minha barriga aumentava. Imaginei que Julia deveria sentir o mesmo. Chegamos ao topo e olhamos para baixo, para através do grande Pinheiro.
-- Sejam bem vindas ao Acampamento Meio-Sangue! – Rachel sorriu.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 08 – Boa Noite ao Chalé 11! (narração de Julia)
Ao olháramos pela primeira vez, nada pareceu nos chamar a atenção. Estava muito escuro e tudo o que conseguíamos ver eram algumas luzes aqui e ali e uma fogueira ao longe. Uma praia mais ao fundo refletia o brilho da Lua. Sem palavras, começamos a descer a colina para o acampamento.
Durante essa caminhada, percebi que Rachel falava conosco, provavelmente nos dando instruções iniciais da vida ali. Mas eu, sinceramente, nem as ouvi. Estava nervosa demais com tudo o que estava acontecendo e olhava ao redor freneticamente à procura de algo, ou alguém. De relance, olhei para Lilian e percebi o quão atônita ela também estava. Achei que minha cara deveria estar igual à dela naquele momento.
–- E por fim – falava Rachel – Também temos o costume de nos sentar ao redor da fogueira todas as noites e cantar e contar histórias... Como campistas sempre fazem mesmo. Entenderam?
Ela nos olhou. Mesmo no escuro, pude ver o verde de seus olhos parando em nós.
–- Ah... – comecei – Ah, sim. Entendi. –- É... – Julia concordou falsamente junto comigo.
Rachel nos olhou com uma expressão de divertimento.
–- Ah, tudo bem. Essas instruções serão repetidas à vocês conforme o tempo passar.
Isso nos deixou muito aliviadas.
–- Agora vamos até a Casa-Grande, falar com Quíron. – ela continuou.
Nós a seguimos até uma grande casa de madeira, muito alta e com uma grande varanda. Estava escuro, e o máximo que pude notar na hora foi isso. Nós entramos e Rachel gritou.
–- Quíron! Quíron, cadê você?
–- Já estou indo! – uma voz masculina, meio grossa respondeu do outro cômodo. Não demorou muito para um homem em uma cadeira de rodas aparecer e nos encarar com os olhos fundos no rosto.
–- Quíron, essas são Julia e Lilian – Rachel nos apresentou ao homem.– Julia, Lilian, este é Quíron, o diretor do Acampamento.
–- Olá – dissemos, a voz quase sumindo.
Ele sorriu.
–- Já faz um tempo desde que o último campista chegou. E agora são duas de uma vez. – o homem parecia gentil – Sejam bem-vindas ao Acampamento Meio-Sangue!
Sorrimos, mas nada dissemos. O homem continuou.
–- Então, já sabem de quem são filhas? – ele perguntou, um ar mais sério tomando conta de sua expressão. Sacudimos a cabeça em negativa – Entendo...
–- Elas foram perseguidas por uma Quimera hoje mesmo. – Rachel narrou os fatos – Foi incrível o jeito que acabaram com ela, mesmo nem sabendo do que se tratava na hora.
Quíron nos olhou, com olhos curiosos.
–- Vou querer saber mais dessa história depois – ele sorriu – Então, já receberam as primeiras instruções?
Lilian e eu nos entreolhamos.
–- Ah... – comecei a dizer, mas Rachel interveio:
–- Eu tentei passá-las a elas a caminho daqui. Mas acho que, como os outros, acabaram nem prestando atenção. – ela riu.
–- Ah, é verdade. Não podemos culpá-las. Ainda mais depois do que devem ter passado hoje. – Quíron disse – Por favor, sentem-se! – ele nos apontou o sofá. Nos sentamos, inquietas.
–- Bom – ele recomeçou – Já que estão aqui, já sabem que são semi-deusas, certo? Porém, não sabem quem são seus pais divinos. Este acampamento tem a função de treinar meio-sangues para sua própria sobrevivência em casos de um encontro com algum monstro inesperado. Além disso, é o único lugar seguro para pessoas como vocês e o lugar onde, provavelmente, serão reclamadas por seus pais divinos. Se tiverem sorte, isso não vai demorar.
-- O acampamento possui chalés para quase todos os Deuses – Rachel continua – e cada campista dorme nos chalés de seus respectivos pais. Porém, como vocês ainda não têm essa informação, dormirão, por enquanto, no chalé do Deus dos Viajantes...
–- Hermes? – Pergunto. -- Exato! – responde Quíron – E já ficarão lá por hoje. Creio que estejam cansadas, não?
Assentimos, sonolentas. Quíron sorri um sorriso paterno:
–- Rachel – disse ele – Pode acompanhá-las até o Chalé 11? E por favor, apresente-as aos outros e certifique-se de que ficarão confortáveis por hoje. Amanhã, iremos lhes apresentar o acampamento, às atividades e a outras instruções, tudo bem?
–- Sim, obrigada. – Concordamos.
–- Ótimo – ele afirma – então, desejo a vocês duas, uma boa primeira noite como campistas!
..........
Não conseguíamos enxergar muita coisa até alcançarmos o chamado Chalé 11. Rachel nos apresentou à algumas novas instruções e nos alertou a ter certo cuidado com os filhos de Hermes e nosso pertences (além do Deus dos Viajantes, Hermes era o Deus dos ladrões também), e isso não me agradou.
Chegamos ao Chalé e observamos enquanto Rachel entrava e gritava para que todos ali se calassem. Olhei de relance e vi crianças e adolescentes pulando de um lado para o outro, jogando coisas, fazendo bagunça. Lilian e eu nos entreolhamos. Quando finalmente se vê um pouco de ordem, ouvimos Rachel falando:
–- Esta noite, duas novas campistas chegaram aqui e estas ainda não foram reclamadas. Portanto, terão que ficar aqui por enquanto. Resumindo: Não as façam fugir correndo! Sejam, pelo menos por agora, gentis, ok? – ouve-se um som de concordância lá dentro – Meninas, entrem aqui! – ela nos chama. Nós entramos, encolhidas de vergonha. – Estas são Lilian e Julia. Meninas, estes são alguns dos campistas com quem terão de conviver. As apresentações podem ser feitas formalmente amanhã. Travis, Connor, providenciem os Kits inicias para que elas possam sobreviver aqui com vocês.
–- Ok! – ouvi um grito uníssono e animado dos gêmeos à frente do grupo.
–- E não façam besteiras, ok? – Rachel reforça.
–- Ok. – agora, o grito uníssono parecia um tanto desapontado.
–- Meninas, estarei na casa-grande. Qualquer coisa que precisarem, podem falar com um dos gêmeos aqui, ou podem ir direto me procurar lá ou a Quíron, tudo bem?
–- Sim – concordamos.
–- Você é filha de qual Deus? – pergunto, baixinho.
–- Na verdade, de nenhum. – Ela responde – Ah, amanhã lhes explicarão tudo. – Ela sorri e retribuímos o sorriso. – Boa noite! – ela diz e nos abraça. Depois se vira e vai embora.
Nos viramos e encaramos o pessoal do Chalé 11 nos encarando. Ficamos estáticas. De repente, um dos gêmeos quebra o silêncio, nos chamando para o fundo do Chalé. Fomos até lá, onde haviam sido preparadas dois colchões no chão mesmo. Um travesseiro e cobertas, além de alguns itens de utensílios pessoais.
–- Por enquanto, será isso mesmo – um deles diz.
–- É – o outro completa – Como podem perceber, falta espaço neste Chalé.
Era verdade. Haviam muitas crianças ali. Mas não ligamos. Apenas agradecemos, respondemos à algumas perguntas dos moradores ali e depois, simplesmente fomos dormir, mesmo com toda a bagunça à nossa volta.
Devíamos estar muito cansadas, pois assim que percebi que Lilian havia dormido, adormeci também.
Só fomos acordar pela manhã, com uma concha soando.
Ao olháramos pela primeira vez, nada pareceu nos chamar a atenção. Estava muito escuro e tudo o que conseguíamos ver eram algumas luzes aqui e ali e uma fogueira ao longe. Uma praia mais ao fundo refletia o brilho da Lua. Sem palavras, começamos a descer a colina para o acampamento.
Durante essa caminhada, percebi que Rachel falava conosco, provavelmente nos dando instruções iniciais da vida ali. Mas eu, sinceramente, nem as ouvi. Estava nervosa demais com tudo o que estava acontecendo e olhava ao redor freneticamente à procura de algo, ou alguém. De relance, olhei para Lilian e percebi o quão atônita ela também estava. Achei que minha cara deveria estar igual à dela naquele momento.
–- E por fim – falava Rachel – Também temos o costume de nos sentar ao redor da fogueira todas as noites e cantar e contar histórias... Como campistas sempre fazem mesmo. Entenderam?
Ela nos olhou. Mesmo no escuro, pude ver o verde de seus olhos parando em nós.
–- Ah... – comecei – Ah, sim. Entendi. –- É... – Julia concordou falsamente junto comigo.
Rachel nos olhou com uma expressão de divertimento.
–- Ah, tudo bem. Essas instruções serão repetidas à vocês conforme o tempo passar.
Isso nos deixou muito aliviadas.
–- Agora vamos até a Casa-Grande, falar com Quíron. – ela continuou.
Nós a seguimos até uma grande casa de madeira, muito alta e com uma grande varanda. Estava escuro, e o máximo que pude notar na hora foi isso. Nós entramos e Rachel gritou.
–- Quíron! Quíron, cadê você?
–- Já estou indo! – uma voz masculina, meio grossa respondeu do outro cômodo. Não demorou muito para um homem em uma cadeira de rodas aparecer e nos encarar com os olhos fundos no rosto.
–- Quíron, essas são Julia e Lilian – Rachel nos apresentou ao homem.– Julia, Lilian, este é Quíron, o diretor do Acampamento.
–- Olá – dissemos, a voz quase sumindo.
Ele sorriu.
–- Já faz um tempo desde que o último campista chegou. E agora são duas de uma vez. – o homem parecia gentil – Sejam bem-vindas ao Acampamento Meio-Sangue!
Sorrimos, mas nada dissemos. O homem continuou.
–- Então, já sabem de quem são filhas? – ele perguntou, um ar mais sério tomando conta de sua expressão. Sacudimos a cabeça em negativa – Entendo...
–- Elas foram perseguidas por uma Quimera hoje mesmo. – Rachel narrou os fatos – Foi incrível o jeito que acabaram com ela, mesmo nem sabendo do que se tratava na hora.
Quíron nos olhou, com olhos curiosos.
–- Vou querer saber mais dessa história depois – ele sorriu – Então, já receberam as primeiras instruções?
Lilian e eu nos entreolhamos.
–- Ah... – comecei a dizer, mas Rachel interveio:
–- Eu tentei passá-las a elas a caminho daqui. Mas acho que, como os outros, acabaram nem prestando atenção. – ela riu.
–- Ah, é verdade. Não podemos culpá-las. Ainda mais depois do que devem ter passado hoje. – Quíron disse – Por favor, sentem-se! – ele nos apontou o sofá. Nos sentamos, inquietas.
–- Bom – ele recomeçou – Já que estão aqui, já sabem que são semi-deusas, certo? Porém, não sabem quem são seus pais divinos. Este acampamento tem a função de treinar meio-sangues para sua própria sobrevivência em casos de um encontro com algum monstro inesperado. Além disso, é o único lugar seguro para pessoas como vocês e o lugar onde, provavelmente, serão reclamadas por seus pais divinos. Se tiverem sorte, isso não vai demorar.
-- O acampamento possui chalés para quase todos os Deuses – Rachel continua – e cada campista dorme nos chalés de seus respectivos pais. Porém, como vocês ainda não têm essa informação, dormirão, por enquanto, no chalé do Deus dos Viajantes...
–- Hermes? – Pergunto. -- Exato! – responde Quíron – E já ficarão lá por hoje. Creio que estejam cansadas, não?
Assentimos, sonolentas. Quíron sorri um sorriso paterno:
–- Rachel – disse ele – Pode acompanhá-las até o Chalé 11? E por favor, apresente-as aos outros e certifique-se de que ficarão confortáveis por hoje. Amanhã, iremos lhes apresentar o acampamento, às atividades e a outras instruções, tudo bem?
–- Sim, obrigada. – Concordamos.
–- Ótimo – ele afirma – então, desejo a vocês duas, uma boa primeira noite como campistas!
..........
Não conseguíamos enxergar muita coisa até alcançarmos o chamado Chalé 11. Rachel nos apresentou à algumas novas instruções e nos alertou a ter certo cuidado com os filhos de Hermes e nosso pertences (além do Deus dos Viajantes, Hermes era o Deus dos ladrões também), e isso não me agradou.
Chegamos ao Chalé e observamos enquanto Rachel entrava e gritava para que todos ali se calassem. Olhei de relance e vi crianças e adolescentes pulando de um lado para o outro, jogando coisas, fazendo bagunça. Lilian e eu nos entreolhamos. Quando finalmente se vê um pouco de ordem, ouvimos Rachel falando:
–- Esta noite, duas novas campistas chegaram aqui e estas ainda não foram reclamadas. Portanto, terão que ficar aqui por enquanto. Resumindo: Não as façam fugir correndo! Sejam, pelo menos por agora, gentis, ok? – ouve-se um som de concordância lá dentro – Meninas, entrem aqui! – ela nos chama. Nós entramos, encolhidas de vergonha. – Estas são Lilian e Julia. Meninas, estes são alguns dos campistas com quem terão de conviver. As apresentações podem ser feitas formalmente amanhã. Travis, Connor, providenciem os Kits inicias para que elas possam sobreviver aqui com vocês.
–- Ok! – ouvi um grito uníssono e animado dos gêmeos à frente do grupo.
–- E não façam besteiras, ok? – Rachel reforça.
–- Ok. – agora, o grito uníssono parecia um tanto desapontado.
–- Meninas, estarei na casa-grande. Qualquer coisa que precisarem, podem falar com um dos gêmeos aqui, ou podem ir direto me procurar lá ou a Quíron, tudo bem?
–- Sim – concordamos.
–- Você é filha de qual Deus? – pergunto, baixinho.
–- Na verdade, de nenhum. – Ela responde – Ah, amanhã lhes explicarão tudo. – Ela sorri e retribuímos o sorriso. – Boa noite! – ela diz e nos abraça. Depois se vira e vai embora.
Nos viramos e encaramos o pessoal do Chalé 11 nos encarando. Ficamos estáticas. De repente, um dos gêmeos quebra o silêncio, nos chamando para o fundo do Chalé. Fomos até lá, onde haviam sido preparadas dois colchões no chão mesmo. Um travesseiro e cobertas, além de alguns itens de utensílios pessoais.
–- Por enquanto, será isso mesmo – um deles diz.
–- É – o outro completa – Como podem perceber, falta espaço neste Chalé.
Era verdade. Haviam muitas crianças ali. Mas não ligamos. Apenas agradecemos, respondemos à algumas perguntas dos moradores ali e depois, simplesmente fomos dormir, mesmo com toda a bagunça à nossa volta.
Devíamos estar muito cansadas, pois assim que percebi que Lilian havia dormido, adormeci também.
Só fomos acordar pela manhã, com uma concha soando.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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Re: The Horse and the owl
Cap.09 - Conhecendo o Sr.D (narração de Lilian)
Depois do dia agitado que Julia e eu tivemos, foi muito bom deitar numa cama e entrar no mundo do sonhos. Bom, no meu caso, até o sono estava muito cansado para vir, pois quando deitei no colchão no chalé 11, logo apaguei. Só fui acordar no outro dia, com o barulho de uma concha soando.
Percebi que todos já estavam se levantando e indo se arrumar para o café da manha. Mas, como sou muito preguiçosa, resolvi ficar dormindo. Já estava me ajeitando na cama novamente quando a minha “linda e maravilhosa” amiga Julia interrompeu meu planos:
–- Não, não, não Lilian – Ela começou -- pode ir levantando já! Mal chagamos e já está querendo mostrar para todo mundo o quanto é preguiçosa?
Eu, um tanto irritada falei:
–- Me deixa, Ju!
–- Não deixo, não! Sinceramente Lilian, você deve ser filha do Deus da preguiça, pois nem levantar da cama você levanta !
Eu percebendo que Julia não me deixaria dormir novamente, falei:
–- Ok, ok... Já estou levantando... e existe o Deus da preguiça?
–- Existe sim! O nome dele é Hypnos. O deus do sono e da preguiça. Eu, já de pé, olhei para minha amiga seria e disse, com certa certeza:–- Esse deve ser meu pai. Julia olhou para mim e caiu na risada. -- Vai Julia! Pode rir! Quero só ver quem é sua mãe. -- Desculpa Li! Mas só estava brincando com você quando disse que seu pai era Hypnos. -- Tudo bem espertinha! Vamos tomar café e depois a gente vê como vamos saber quem são nossos pais, ok? -- Ok. Nessa hora, Travis e Connor Stoll reuniram o pessoal do chalé 11 e, juntos, fomos todos marchando para o café.
------------
Depois do café da manhã com o chalé 11, Trevis nos avisou que teríamos que ir para Casa Grande, onde Quiron nos estaria esperando. Julia e eu agradecemos e seguimos para o local, em silêncio, só admirando o acampamento e imaginando o que aconteceria no nosso novo lar . Quando chegamos na frente da casa, encontramos Quíron sentado à uma mesa jogando cartas com um Homem gordo, que usava uma camisa de estampa de tigre com uma bermuda branca. Ambos olhavam atentamente para as cartas. Assim que os dois Homem perceberam nossa chegada, Quíron depositou suas cartas na mesa e disse:
–- Lilian! Julia! Que bom que chegaram. Espero que tenham passado a noite bem!
–- Passamos sim, Quíron - disse sorrindo.
Julia não falou nada. Ela estava observando o homem gordinho com muita atenção, como se ele fosse um livro raro, quase visto por ninguém. Quíron percebendo isso, logo nos apresentou:
–- Ah, garotas, esse é o Sr. D, o diretor do acampamento. -- disse apontando para o homem gordinho – Sr. D, essas são Lilian e Julia, as novas campistas das quais lhe falei.
Sem erguer os olhos das cartas, Sr. D disse:
–- Muito prazer, Lian e Juliana. Sejam bem-vindas e blá, blá, blá...
–- É Lilian e Julia senhor... Não Lian e Juliana. – Disse eu, já não gostando nem um pouco desse senhor “D”.seja lá o que significa o D. Ele fez um gesto evasivo com a mão, como se espantasse um mosquito incômodo.
–- Tanto faz!
Eu ia responder poucas e boas para ele, quando Julia falou antes de mim:
–- Você é o Deus Dioniso, não é?
Olhei para Julia incrédula e soltei:
–- Até parece que esse daí é o deus Dioniso! Combinaria mais ser o deus da gordura!
O Sr.D ergueu a cabeça, lançando-me um olhar com seus grandes olhos azuis. Parecia que ele era capaz de ver as loucuras da mente humana. Isso me fez estremecer.
–- Não duvide de mim criança. Posso não parecer um Deus, mas posso muito bem te transformar em uma ótima uveira.
Desviei meu olhos dos dele, temendo ver algo que da qual fosse me arrepender. Quíron, percebendo isso, logo mudou de assunto.
–- Bom, por enquanto que não foram reclamadas, permanecerão no cronograma do pessoal do Chalé 11. Quando forem reclamadas, o que provavelmente acontecerá essa noite, durante o jantar, irão acompanhar seus respectivos chalés nas atividades, tendo sempre 3 tempo livres uma na parte da manhã, uma na tarde e uma antes do jantar. Alguma pergunta?
–- Sim – disse eu -- o que você quer dizer com “reclamada”?
–- Reclamada quer dizer ser reconhecida por seus pais divinos.
–- Ah, tá.
–- Eu pedi para 2 campistas veteranos para que mostrassem o acampamento para vocês duas e explicar as últimas regras e atividades, ok? Ah, lá estão eles.
Julia e eu nos viramos e olhamos na direção dos dois campistas. Eram uma menina e um menino. A menina, mais a frente, tinha aproximadamente 18 anos com cabelos enrolados e loiros, o corpo bem definido. Ela parecia uma princesa se não fossem os olhos cinzentos, iguais aos de Julia. Fiquei imaginando: será que poderia ser uma meia-irmã de Julia?
Já o menino era completamente diferente da menina. Ele parecia ter por volta dos 16 anos, com cabelos negros, a pele bem branca e olhos tão negros quanto o local mais distante da luz. Olhar naqueles olhos por muito tempo fazia você se perder. O corpo era bem definido e ele parecia ser bem forte. Uma palavra que o definisse? Ele era um gato!
Escutei a menina falando com Quíron e Julia, mas eu estava muito ocupada hipnotizada pelo menino que nem percebi Julia tentando falar comigo.
–- Lilian! Acorda garota! -- disse rindo e estalando os dedos bem na minha cara.
Só depois que escutei algumas risadinhas, que eu voltei do transe. Fiquei super vermelha por ter sido pega olhando para o menino, com cara de boba apaixonada.
–- O que, Julia? Eu estou acordada. – retruquei.
–- Pois não parecia – ela disse ainda rindo.
–- ok, Julia. Pare de rir da desgraça dos outros e fala logo o que você queria.
–- Ok, ok – disse ela, já calma depois do ataque de risada – Annabeth e Nico irão mostrar o acampamento pra gente!
–- Ok – assenti.
A tal Annabeth falou:
–- Ótimo! Então... Podemos ir?
–- Ooook – Droga, precisava ficar nervosa agora?
Julia olhou para mim, com um sorriso safado no rosto. Revirei os olhos e os ergui para o céu, pensando: “esse vai ser um longooo dia”.
Depois do dia agitado que Julia e eu tivemos, foi muito bom deitar numa cama e entrar no mundo do sonhos. Bom, no meu caso, até o sono estava muito cansado para vir, pois quando deitei no colchão no chalé 11, logo apaguei. Só fui acordar no outro dia, com o barulho de uma concha soando.
Percebi que todos já estavam se levantando e indo se arrumar para o café da manha. Mas, como sou muito preguiçosa, resolvi ficar dormindo. Já estava me ajeitando na cama novamente quando a minha “linda e maravilhosa” amiga Julia interrompeu meu planos:
–- Não, não, não Lilian – Ela começou -- pode ir levantando já! Mal chagamos e já está querendo mostrar para todo mundo o quanto é preguiçosa?
Eu, um tanto irritada falei:
–- Me deixa, Ju!
–- Não deixo, não! Sinceramente Lilian, você deve ser filha do Deus da preguiça, pois nem levantar da cama você levanta !
Eu percebendo que Julia não me deixaria dormir novamente, falei:
–- Ok, ok... Já estou levantando... e existe o Deus da preguiça?
–- Existe sim! O nome dele é Hypnos. O deus do sono e da preguiça. Eu, já de pé, olhei para minha amiga seria e disse, com certa certeza:–- Esse deve ser meu pai. Julia olhou para mim e caiu na risada. -- Vai Julia! Pode rir! Quero só ver quem é sua mãe. -- Desculpa Li! Mas só estava brincando com você quando disse que seu pai era Hypnos. -- Tudo bem espertinha! Vamos tomar café e depois a gente vê como vamos saber quem são nossos pais, ok? -- Ok. Nessa hora, Travis e Connor Stoll reuniram o pessoal do chalé 11 e, juntos, fomos todos marchando para o café.
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Depois do café da manhã com o chalé 11, Trevis nos avisou que teríamos que ir para Casa Grande, onde Quiron nos estaria esperando. Julia e eu agradecemos e seguimos para o local, em silêncio, só admirando o acampamento e imaginando o que aconteceria no nosso novo lar . Quando chegamos na frente da casa, encontramos Quíron sentado à uma mesa jogando cartas com um Homem gordo, que usava uma camisa de estampa de tigre com uma bermuda branca. Ambos olhavam atentamente para as cartas. Assim que os dois Homem perceberam nossa chegada, Quíron depositou suas cartas na mesa e disse:
–- Lilian! Julia! Que bom que chegaram. Espero que tenham passado a noite bem!
–- Passamos sim, Quíron - disse sorrindo.
Julia não falou nada. Ela estava observando o homem gordinho com muita atenção, como se ele fosse um livro raro, quase visto por ninguém. Quíron percebendo isso, logo nos apresentou:
–- Ah, garotas, esse é o Sr. D, o diretor do acampamento. -- disse apontando para o homem gordinho – Sr. D, essas são Lilian e Julia, as novas campistas das quais lhe falei.
Sem erguer os olhos das cartas, Sr. D disse:
–- Muito prazer, Lian e Juliana. Sejam bem-vindas e blá, blá, blá...
–- É Lilian e Julia senhor... Não Lian e Juliana. – Disse eu, já não gostando nem um pouco desse senhor “D”.seja lá o que significa o D. Ele fez um gesto evasivo com a mão, como se espantasse um mosquito incômodo.
–- Tanto faz!
Eu ia responder poucas e boas para ele, quando Julia falou antes de mim:
–- Você é o Deus Dioniso, não é?
Olhei para Julia incrédula e soltei:
–- Até parece que esse daí é o deus Dioniso! Combinaria mais ser o deus da gordura!
O Sr.D ergueu a cabeça, lançando-me um olhar com seus grandes olhos azuis. Parecia que ele era capaz de ver as loucuras da mente humana. Isso me fez estremecer.
–- Não duvide de mim criança. Posso não parecer um Deus, mas posso muito bem te transformar em uma ótima uveira.
Desviei meu olhos dos dele, temendo ver algo que da qual fosse me arrepender. Quíron, percebendo isso, logo mudou de assunto.
–- Bom, por enquanto que não foram reclamadas, permanecerão no cronograma do pessoal do Chalé 11. Quando forem reclamadas, o que provavelmente acontecerá essa noite, durante o jantar, irão acompanhar seus respectivos chalés nas atividades, tendo sempre 3 tempo livres uma na parte da manhã, uma na tarde e uma antes do jantar. Alguma pergunta?
–- Sim – disse eu -- o que você quer dizer com “reclamada”?
–- Reclamada quer dizer ser reconhecida por seus pais divinos.
–- Ah, tá.
–- Eu pedi para 2 campistas veteranos para que mostrassem o acampamento para vocês duas e explicar as últimas regras e atividades, ok? Ah, lá estão eles.
Julia e eu nos viramos e olhamos na direção dos dois campistas. Eram uma menina e um menino. A menina, mais a frente, tinha aproximadamente 18 anos com cabelos enrolados e loiros, o corpo bem definido. Ela parecia uma princesa se não fossem os olhos cinzentos, iguais aos de Julia. Fiquei imaginando: será que poderia ser uma meia-irmã de Julia?
Já o menino era completamente diferente da menina. Ele parecia ter por volta dos 16 anos, com cabelos negros, a pele bem branca e olhos tão negros quanto o local mais distante da luz. Olhar naqueles olhos por muito tempo fazia você se perder. O corpo era bem definido e ele parecia ser bem forte. Uma palavra que o definisse? Ele era um gato!
Escutei a menina falando com Quíron e Julia, mas eu estava muito ocupada hipnotizada pelo menino que nem percebi Julia tentando falar comigo.
–- Lilian! Acorda garota! -- disse rindo e estalando os dedos bem na minha cara.
Só depois que escutei algumas risadinhas, que eu voltei do transe. Fiquei super vermelha por ter sido pega olhando para o menino, com cara de boba apaixonada.
–- O que, Julia? Eu estou acordada. – retruquei.
–- Pois não parecia – ela disse ainda rindo.
–- ok, Julia. Pare de rir da desgraça dos outros e fala logo o que você queria.
–- Ok, ok – disse ela, já calma depois do ataque de risada – Annabeth e Nico irão mostrar o acampamento pra gente!
–- Ok – assenti.
A tal Annabeth falou:
–- Ótimo! Então... Podemos ir?
–- Ooook – Droga, precisava ficar nervosa agora?
Julia olhou para mim, com um sorriso safado no rosto. Revirei os olhos e os ergui para o céu, pensando: “esse vai ser um longooo dia”.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 10 – Conhecendo o Acampamento (narração de Julia)
O acampamento todo era realmente incrível e lindo. Quando chegamos, estava de noite, então não conseguimos ver nada. Mas agora, acompanhadas de Annabeth e de Nico, estamos vasculhando cada pedacinho do lugar. Vimos o campo de morangos (eles estavam deliciosos ) e também os estábulos dos pégasos, além de uma parede de escaladas assustadora à primeira vista, uma praiazinha linda, o pavilhão do refeitório. Admiramos também cada um dos chalés e conhecemos histórias sobre eles, além de também nos apresentarmos a muitos dos campistas veteranos que encontramos pelo caminho.
Eu estava realmente admirada com tudo aquilo. Lilian deveria sentir o mesmo. Ela adorou a seção de arcos e flechas e o treinamento com os cavalos alados. Já eu, gostei do das lutas com espadas. Foi um dia realmente incrível e inesquecível.
Passamos boa parte do dia seguindo Annabeth e Nico para cima e para baixo. Finalmente terminaram de nos explicar as regras e de passar as últimas informações sobre as atividades diárias e semanais dos campistas. Estávamos muito ansiosas por tudo aquilo.
-- Bem – Annabeth disse, por final – Entenderam tudo?
-- Sim, sim – dissemos em uníssono. Depois acrescentei – Isso tudo é incrível!
-- É, sim! – Lilian concordou.
Annabeth e Nico sorriram para nós.
-- Ótimo! – ela disse, gentil – Então acho que já podemos parar por aqui. Querem que acompanhemos vocês até junto do pessoal do chalé 11? Eles devem estar no treinamento de voo com pégasos agora.
-- Ah, sim! – fiquei super animada.
Eles riram.
-- Ah, então vamos lá!
...........................................
Enquanto nos dirigíamos para os estábulos, fiquei admirando a floreta, que se erguia muito alta ao nosso lado.
-- Hey, Annabeth...
-- Sim?
-- Aquele jogo da bandeira que vocês mencionaram... É nessa floresta que vocês o praticam? – perguntei, apontando as árvores.
-- É sim – ela respondeu, olhando.
-- Tem muitos animais lá? – Lilian perguntou.
-- Tem sim. Mas a maioria são monstros de diversos tipos e ninfas.
-- M-Monstros? – gaguejei – monstros como... aquela quimera?
-- Vocês lutaram com uma quimera? – perguntou Nico.
Assentimos, tentando esquecer do ocorrido. Annabeth pesnou um pouco.
-- Hum... Também. Tem de vários tipos.
Ficamos quietas, Lilian e eu.
-- Argh! – disse Lilian – só de pensar que existem monstros tão perto assim de nós, já fico tipo...
-- Que legal! – cortei os pensamentos de Lilian. Ela olhou para mim, a testa franzida.
-- Legal?
-- Ah, é. Tipo, aqui nós teremos a preparação necessária para enfrentarmos aquelas coisas. Além do mais, estamos cercadas de campistas já experientes aqui.
-- Isso é verdade – disse Annabeth – Não têm com que se preocupar.
Fiquei encarando Lilian por um tempo. Mas achei a situação engraçada e comecei a rir. Logos, estávamos todos rindo.
-- Hey – disse Nico, parando um pouco de rir – vocês vão participar da captura da bandeira na sexta?
-- Não – disse Lilian.
-- Sim – disse eu, ao mesmo tempo. Depois retruquei – Ah, qual é, Li! Vamos lá! Vai ser divertido!
-- Ah... eu não sei...
-- Não vai querer dar uma de medrosa, vai?
Olhei para Lilian, encarando-a e fazendo uma expressão brincalhona. Ela olhou para Annabeth, em seguida para Nico e depois para mim novamente.
-- Ah! –ela exclamou, por fim – Por mim, Beleza!
-- Isso! – comemorei.
-- Vocês vão gostar – disse Nico.
-- Vão sim. – completou Annabeth – é bem divertido.
Continuamos andando enquanto conversávamos. Olhando mais à frente, um grande estábulo se estendia. Reconheci o pessoal do chalé 11 que me cumprimentara na noite anterior. Eles estavam no meio de um bando de lindos cavalos brancos com asas que pareciam mais nuvens. A única quebra de cor contrastante naquele mar de branco que ocorria era um pégaso negro como a noite, que relinchava loucamente para um dos campistas ali. Eu ri.
-- Haha, parece que aquele quer brincar!
-- Eles está pedindo por torrões de açúcar – Disse Lilian, simplesmente.
-- Como sabe? – perguntei.
-- É o que ele está dizendo. Não estão ouvindo? Além disso... não sabia que pégasos falavam, mas... Acho que tudo é possível, afinal.
-- E não falam... – disse Annabeth, franzindo o cenho – só se... – ela se interrompeu. Parecia pensar seriamente em algo. Nico manteve sua expressão fechada também.
-- Se...? – insisti. Ela pareceu despertar de um transe.
-- Não, nada. Esqueçam. Haha, apenas vão agora. Travis e Connor lhes explicarão sobre a montaria dos pégasos. Eu... tenho que ir à casa grande. Nico?
-- Vou também. – ele disse.
-- Ok, até mais, então! – me despedi.
-- Obrigada! – disse Lilian.
Annabeth sorriu, meio tímida e já estava se virando quando me lembrei de algo.
-- Hey, Annabeth! – ela se virou para mim. – Será que teria como eu ligar para o meu pai mais tarde? Não tive tempo de me despedir dele antes de vir para cá...
-- Ah, mas é claro. Mas pode ser mais tarde?
-- Pode, sim. – disse eu. Ela assentiu e se virou, indo embora junto com Nico. Achei estranha a reação deles. E também achei estranho Lilian dizer que pégasos falavam, mas... Bem, minha vida realmente não é normal. Isso não seria realmente impossível, não é?
Falamos com Travis e Connor e, depois de muitos blá, blá, blás, montamos em dois dos pégasos menores. Algumas instruções básicas e treinamentos no solo mesmo, antes de alçarmos voo.
Tirando o medo e o som de nossos gritos misturados à risadas, a sensação de voar foi incrível.
O acampamento todo era realmente incrível e lindo. Quando chegamos, estava de noite, então não conseguimos ver nada. Mas agora, acompanhadas de Annabeth e de Nico, estamos vasculhando cada pedacinho do lugar. Vimos o campo de morangos (eles estavam deliciosos ) e também os estábulos dos pégasos, além de uma parede de escaladas assustadora à primeira vista, uma praiazinha linda, o pavilhão do refeitório. Admiramos também cada um dos chalés e conhecemos histórias sobre eles, além de também nos apresentarmos a muitos dos campistas veteranos que encontramos pelo caminho.
Eu estava realmente admirada com tudo aquilo. Lilian deveria sentir o mesmo. Ela adorou a seção de arcos e flechas e o treinamento com os cavalos alados. Já eu, gostei do das lutas com espadas. Foi um dia realmente incrível e inesquecível.
Passamos boa parte do dia seguindo Annabeth e Nico para cima e para baixo. Finalmente terminaram de nos explicar as regras e de passar as últimas informações sobre as atividades diárias e semanais dos campistas. Estávamos muito ansiosas por tudo aquilo.
-- Bem – Annabeth disse, por final – Entenderam tudo?
-- Sim, sim – dissemos em uníssono. Depois acrescentei – Isso tudo é incrível!
-- É, sim! – Lilian concordou.
Annabeth e Nico sorriram para nós.
-- Ótimo! – ela disse, gentil – Então acho que já podemos parar por aqui. Querem que acompanhemos vocês até junto do pessoal do chalé 11? Eles devem estar no treinamento de voo com pégasos agora.
-- Ah, sim! – fiquei super animada.
Eles riram.
-- Ah, então vamos lá!
...........................................
Enquanto nos dirigíamos para os estábulos, fiquei admirando a floreta, que se erguia muito alta ao nosso lado.
-- Hey, Annabeth...
-- Sim?
-- Aquele jogo da bandeira que vocês mencionaram... É nessa floresta que vocês o praticam? – perguntei, apontando as árvores.
-- É sim – ela respondeu, olhando.
-- Tem muitos animais lá? – Lilian perguntou.
-- Tem sim. Mas a maioria são monstros de diversos tipos e ninfas.
-- M-Monstros? – gaguejei – monstros como... aquela quimera?
-- Vocês lutaram com uma quimera? – perguntou Nico.
Assentimos, tentando esquecer do ocorrido. Annabeth pesnou um pouco.
-- Hum... Também. Tem de vários tipos.
Ficamos quietas, Lilian e eu.
-- Argh! – disse Lilian – só de pensar que existem monstros tão perto assim de nós, já fico tipo...
-- Que legal! – cortei os pensamentos de Lilian. Ela olhou para mim, a testa franzida.
-- Legal?
-- Ah, é. Tipo, aqui nós teremos a preparação necessária para enfrentarmos aquelas coisas. Além do mais, estamos cercadas de campistas já experientes aqui.
-- Isso é verdade – disse Annabeth – Não têm com que se preocupar.
Fiquei encarando Lilian por um tempo. Mas achei a situação engraçada e comecei a rir. Logos, estávamos todos rindo.
-- Hey – disse Nico, parando um pouco de rir – vocês vão participar da captura da bandeira na sexta?
-- Não – disse Lilian.
-- Sim – disse eu, ao mesmo tempo. Depois retruquei – Ah, qual é, Li! Vamos lá! Vai ser divertido!
-- Ah... eu não sei...
-- Não vai querer dar uma de medrosa, vai?
Olhei para Lilian, encarando-a e fazendo uma expressão brincalhona. Ela olhou para Annabeth, em seguida para Nico e depois para mim novamente.
-- Ah! –ela exclamou, por fim – Por mim, Beleza!
-- Isso! – comemorei.
-- Vocês vão gostar – disse Nico.
-- Vão sim. – completou Annabeth – é bem divertido.
Continuamos andando enquanto conversávamos. Olhando mais à frente, um grande estábulo se estendia. Reconheci o pessoal do chalé 11 que me cumprimentara na noite anterior. Eles estavam no meio de um bando de lindos cavalos brancos com asas que pareciam mais nuvens. A única quebra de cor contrastante naquele mar de branco que ocorria era um pégaso negro como a noite, que relinchava loucamente para um dos campistas ali. Eu ri.
-- Haha, parece que aquele quer brincar!
-- Eles está pedindo por torrões de açúcar – Disse Lilian, simplesmente.
-- Como sabe? – perguntei.
-- É o que ele está dizendo. Não estão ouvindo? Além disso... não sabia que pégasos falavam, mas... Acho que tudo é possível, afinal.
-- E não falam... – disse Annabeth, franzindo o cenho – só se... – ela se interrompeu. Parecia pensar seriamente em algo. Nico manteve sua expressão fechada também.
-- Se...? – insisti. Ela pareceu despertar de um transe.
-- Não, nada. Esqueçam. Haha, apenas vão agora. Travis e Connor lhes explicarão sobre a montaria dos pégasos. Eu... tenho que ir à casa grande. Nico?
-- Vou também. – ele disse.
-- Ok, até mais, então! – me despedi.
-- Obrigada! – disse Lilian.
Annabeth sorriu, meio tímida e já estava se virando quando me lembrei de algo.
-- Hey, Annabeth! – ela se virou para mim. – Será que teria como eu ligar para o meu pai mais tarde? Não tive tempo de me despedir dele antes de vir para cá...
-- Ah, mas é claro. Mas pode ser mais tarde?
-- Pode, sim. – disse eu. Ela assentiu e se virou, indo embora junto com Nico. Achei estranha a reação deles. E também achei estranho Lilian dizer que pégasos falavam, mas... Bem, minha vida realmente não é normal. Isso não seria realmente impossível, não é?
Falamos com Travis e Connor e, depois de muitos blá, blá, blás, montamos em dois dos pégasos menores. Algumas instruções básicas e treinamentos no solo mesmo, antes de alçarmos voo.
Tirando o medo e o som de nossos gritos misturados à risadas, a sensação de voar foi incrível.
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Re: The Horse and the owl
Cap.11 – Conhecendo o Herói do Olimpo (narração de Lilian)
Tenho que admitir que o acampamento era realmente lindo! Teria muito orgulho de chama-lo do meu lar (não que antes de vir para cá eu não tivesse um lar, só que sempre vivi no internato The Storm King School e antes dele... bem, não durava mais do que uma semana em uma escola normal.).
Era confortante saber que eu não era a única nessas circunstâncias e que, no acampamento, eu e a Julia não éramos as “esquisitonas” e sim, parte de uma grande família - literalmente falando, porque pelo amor dos Deuses! Como eles tinham tantos filhos?
Depois de Annabeth e Nico terem nos apresentado o acampamento e nos deixado na aula de equitação com Pégasos junto com o Chalé 11, ambos saíram correndo para Casa Grande com uma expressão esquisita e eu tive uma leve sensação que era por minha causa... Mas essa sensação logo foi esquecida quando montei em um Pégaso lindo, todo branco chamado Jack .
Assim que alcançamos o céu, por um momento senti medo. Não medo de altura, mas medo pelo fato de que sentia que aquele território não era permitido para mim. Eu não entendi essa sensação, mas também não tive tempo de pensar nela, pois já estávamos descendo novamente.
Assim que sai do Pégaso agradeci pelo passeio: “Não tem de quer senhorita. Precisando de mim e só assoviar que estarei a sua disposição!”
Ri de Jack, fazendo carinho em sua crina e agradeci. Fui ate Julia que estava fazendo carinho em outro Pégaso e disse:
-- Então, já que terminamos a aula de equitação e temos um tempinho livre, que tal irmos até a casa Grande para falarmos com seu pai?
Julia olhou para mim desconfiada e, com sorrisinho safado, disse:
-- Tem certeza de que você quer ir até lá só para eu falar com o meu pai? Ou tem algo a mais que você quer lá, hein?
Fiquei vermelha até a orelha. Retruquei:
-- Cala a boca, Julia! Você quer ir ou não?
Julia riu de mim.
-- Vamos então. Lilian apaixonada! – ela disse.
-- Ei! Eu não estou apaixonada!
-- Aham, Lilian. – ela tinha uma expressão divertida nos olhos – Vamos!
-------------
Assim que chagamos na casa grande, encontramos Annabeth e Nico conversando seriamente com Quíron. Assim que perceberam nossa aproximação, eles foram parando de falar. Por fim, Annabeth se virou para nós:
-- Ei Julia, Lilian. Como foi a aula de Equitação?
Eu e Julia nos olhamos e respondemos juntas:
-- Foi demais! Maravilhoso! – e completei -- Mal posso esperar para o resto do treinamento!
Quiron, Nico e Annabeth riram de nossa animação.
-- Que bom que vocês gostaram, garotas. Mas o que as trazem aqui?
Julia suspirou antes de falar.
-- Bem, Sr. Quíron... Eu ia perguntar se seria possível eu falar com meu pai, já que vim para cá sem conversar com ele antes... Tem como?
-- Mas é claro, criança! Mas aqui é proibido usar qualquer coisa que transmita sinais, então o único jeito de entrar em contato com seu pai via MI.
-- Mensagem instantânea?
-- Não. Mensagem de Iris. Annabeth, Você poderia mostrar a ela como se faz? Vocês poderiam usar a mangueira do jardim.
-- Claro, Quíron – Disse Annabeth – Vamos Julia! Vamos falar com seu pai.
Annabeth e Julia foram para os fundos da casa para fazer a tal de MI. Assim que elas foram embora, Nico olhou para mim e sorriu um sorriso leve. Ele parecia ser uma pessoa bem séria, mas voltei o sorriso e o olhar mas, infelizmente, o clima for cortado pela voz de um garoto:
-- Ei, Nico! Você viu a Annabeth?
Nico e eu viramos em direção a voz. O dono da voz era um garoto alto, com mais ou menos 18 anos, cabelos escuros e olhos verdes brilhantes.
Nico percebendo a chegada do garoto, o cumprimenta:
-- Oi, Percy! A Annabeth está explicando para Julia sobre o MI.
-- Ah, tá...
Eu olhei para o tal de Percy com curiosidade e Nico, percebendo isso, nos apresentou:
-- Percy, essa é Lilian – e depois, apontando para o menino – Lilian, esse é o Percy Jackson.
-- Ah, você é o dono do pégaso Preto, né? Ele disse que quer que você leve mais torrões de açúcar na próxima vez que for lá!
Percy ri e revira os olhos, provavelmente pensando no assunto. Mas logo para e olha atentamente para mim, agora sério.
-- E-ele... te “disse” isso?
-- Sim, por quê?
Percy e Nico trocam olhares por um tempo como se estivessem em uma coversa silenciosa. Depois Percy suspira e diz:
-- É que... que ele normalmente não fala com ninguém a não ser comigo.
-- Bom, ele falou comigo e me contou a história da guerra contra Cronos e disse que você é o Herói do Olimpo.
-- Que cavalo fofoqueiro.
Não tive como não aquentar e comecei a rir. Só consegui me acalmar um pouco com a chegada de Annabeth e de Julia, que logo perguntou, olhando de forma confusa para mim;
-- O que houve com a Lilian?
Nico e Percy olham para Annabeth e Lilian.
-- Eu não sei... Ela começou a rir e não para mais – disse Percy, preocupado.
Julia se aproximou de mim e me deu um beliscão. Parei de rir na mesma hora.
-- Ai! Julia, isso doeu! – eu disse massageando o local onde ela me beliscara.
-- Quem mandou ficar rindo feito louca!
--Tá bem! Tá bem! Mas precisa me beliscar?
Julia revira os olhos. Um sorriso leve de divertimento.
-- Ok, desculpa Li! Agora precisamos voltar para junto do chalé 11, para nos prepararmos para o jantar.
-- Certo.
Olhei para Nico e encontrei seu olhar. Achei ele fofo, mas logo senti alguém me empurrando para frente, dizendo:
-- Tchau Annabeth, Nico, Percy, Quíron! A gente se vê no jantar!
A última coisa que eu vi foi Percy brigando com Nico por algo e Annabeth só rindo dos dois .
Tenho que admitir que o acampamento era realmente lindo! Teria muito orgulho de chama-lo do meu lar (não que antes de vir para cá eu não tivesse um lar, só que sempre vivi no internato The Storm King School e antes dele... bem, não durava mais do que uma semana em uma escola normal.).
Era confortante saber que eu não era a única nessas circunstâncias e que, no acampamento, eu e a Julia não éramos as “esquisitonas” e sim, parte de uma grande família - literalmente falando, porque pelo amor dos Deuses! Como eles tinham tantos filhos?
Depois de Annabeth e Nico terem nos apresentado o acampamento e nos deixado na aula de equitação com Pégasos junto com o Chalé 11, ambos saíram correndo para Casa Grande com uma expressão esquisita e eu tive uma leve sensação que era por minha causa... Mas essa sensação logo foi esquecida quando montei em um Pégaso lindo, todo branco chamado Jack .
Assim que alcançamos o céu, por um momento senti medo. Não medo de altura, mas medo pelo fato de que sentia que aquele território não era permitido para mim. Eu não entendi essa sensação, mas também não tive tempo de pensar nela, pois já estávamos descendo novamente.
Assim que sai do Pégaso agradeci pelo passeio: “Não tem de quer senhorita. Precisando de mim e só assoviar que estarei a sua disposição!”
Ri de Jack, fazendo carinho em sua crina e agradeci. Fui ate Julia que estava fazendo carinho em outro Pégaso e disse:
-- Então, já que terminamos a aula de equitação e temos um tempinho livre, que tal irmos até a casa Grande para falarmos com seu pai?
Julia olhou para mim desconfiada e, com sorrisinho safado, disse:
-- Tem certeza de que você quer ir até lá só para eu falar com o meu pai? Ou tem algo a mais que você quer lá, hein?
Fiquei vermelha até a orelha. Retruquei:
-- Cala a boca, Julia! Você quer ir ou não?
Julia riu de mim.
-- Vamos então. Lilian apaixonada! – ela disse.
-- Ei! Eu não estou apaixonada!
-- Aham, Lilian. – ela tinha uma expressão divertida nos olhos – Vamos!
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Assim que chagamos na casa grande, encontramos Annabeth e Nico conversando seriamente com Quíron. Assim que perceberam nossa aproximação, eles foram parando de falar. Por fim, Annabeth se virou para nós:
-- Ei Julia, Lilian. Como foi a aula de Equitação?
Eu e Julia nos olhamos e respondemos juntas:
-- Foi demais! Maravilhoso! – e completei -- Mal posso esperar para o resto do treinamento!
Quiron, Nico e Annabeth riram de nossa animação.
-- Que bom que vocês gostaram, garotas. Mas o que as trazem aqui?
Julia suspirou antes de falar.
-- Bem, Sr. Quíron... Eu ia perguntar se seria possível eu falar com meu pai, já que vim para cá sem conversar com ele antes... Tem como?
-- Mas é claro, criança! Mas aqui é proibido usar qualquer coisa que transmita sinais, então o único jeito de entrar em contato com seu pai via MI.
-- Mensagem instantânea?
-- Não. Mensagem de Iris. Annabeth, Você poderia mostrar a ela como se faz? Vocês poderiam usar a mangueira do jardim.
-- Claro, Quíron – Disse Annabeth – Vamos Julia! Vamos falar com seu pai.
Annabeth e Julia foram para os fundos da casa para fazer a tal de MI. Assim que elas foram embora, Nico olhou para mim e sorriu um sorriso leve. Ele parecia ser uma pessoa bem séria, mas voltei o sorriso e o olhar mas, infelizmente, o clima for cortado pela voz de um garoto:
-- Ei, Nico! Você viu a Annabeth?
Nico e eu viramos em direção a voz. O dono da voz era um garoto alto, com mais ou menos 18 anos, cabelos escuros e olhos verdes brilhantes.
Nico percebendo a chegada do garoto, o cumprimenta:
-- Oi, Percy! A Annabeth está explicando para Julia sobre o MI.
-- Ah, tá...
Eu olhei para o tal de Percy com curiosidade e Nico, percebendo isso, nos apresentou:
-- Percy, essa é Lilian – e depois, apontando para o menino – Lilian, esse é o Percy Jackson.
-- Ah, você é o dono do pégaso Preto, né? Ele disse que quer que você leve mais torrões de açúcar na próxima vez que for lá!
Percy ri e revira os olhos, provavelmente pensando no assunto. Mas logo para e olha atentamente para mim, agora sério.
-- E-ele... te “disse” isso?
-- Sim, por quê?
Percy e Nico trocam olhares por um tempo como se estivessem em uma coversa silenciosa. Depois Percy suspira e diz:
-- É que... que ele normalmente não fala com ninguém a não ser comigo.
-- Bom, ele falou comigo e me contou a história da guerra contra Cronos e disse que você é o Herói do Olimpo.
-- Que cavalo fofoqueiro.
Não tive como não aquentar e comecei a rir. Só consegui me acalmar um pouco com a chegada de Annabeth e de Julia, que logo perguntou, olhando de forma confusa para mim;
-- O que houve com a Lilian?
Nico e Percy olham para Annabeth e Lilian.
-- Eu não sei... Ela começou a rir e não para mais – disse Percy, preocupado.
Julia se aproximou de mim e me deu um beliscão. Parei de rir na mesma hora.
-- Ai! Julia, isso doeu! – eu disse massageando o local onde ela me beliscara.
-- Quem mandou ficar rindo feito louca!
--Tá bem! Tá bem! Mas precisa me beliscar?
Julia revira os olhos. Um sorriso leve de divertimento.
-- Ok, desculpa Li! Agora precisamos voltar para junto do chalé 11, para nos prepararmos para o jantar.
-- Certo.
Olhei para Nico e encontrei seu olhar. Achei ele fofo, mas logo senti alguém me empurrando para frente, dizendo:
-- Tchau Annabeth, Nico, Percy, Quíron! A gente se vê no jantar!
A última coisa que eu vi foi Percy brigando com Nico por algo e Annabeth só rindo dos dois .
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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Re: The Horse and the owl
Cap. 12 – Caça à Bandeira! (narração de Julia)
Conversar com meu pai me proporcionou mais confiança para continuar. Mesmo estando com Lilian e entre amigos, eu me sentia preocupada e nervosa demais em relação à ele. Ele era minha única família real, então suas palavras imediatamente trouxeram conforto para mim. Fiquei mais feliz depois disso. Então, depois de conhecer Percy e empurrar a bobinha apaixonada da Lilian para fora da Casa Grande, fomos todos jantar no pavilhão do refeitório.
Nos sentamos à mesa junto com a galera do Chalé 11... Quero dizer, “tentamos” nos sentar à mesa junto a eles. Assim como os chalés, cada deus tinha uma mesa à sua disposição no pavilhão. Algumas estavam vazias, pois não haviam filhos de tal deus. Já outras, como a do chalé 11, campistas quase caíam dos bancos de tanta gente. Mas com um pouquinho de calma e paciência, arranjamos um lugar e comemos bem.
A comida era deliciosa, mas antes de prová-la, tivemos de fazer uma pequena oferenda aos deuses na fogueira. Meu pedaço de carne ficou pela metade. Já Lilian, jogou todas as verduras na fogueira, agradecendo por não ter que comê-las. O jantar foi bem tranquilo.
Mais tarde, os campistas se juntaram ao redor de uma grande fogueira que ardia lindamente. Nos sentamos e todos conversamos, cantamos e fizemos brincadeiras. A diversão foi garantida! Fiquei até pensando no que estaria fazendo se estivesse em casa, com meu pai. Provavelmente, sentaríamos no pequeno sofá, apagaríamos as luzes, faríamos pipoca e assistiríamos a muitos filmes, como sempre costumávamos fazer. Senti uma pontada de saudades. Desejei poder voltar para casa logo. Mas, eu me sentia bem ali.
Não demorou muito para irmos dormir. O dia havia sido cansativo.
.....
Acordei com o som de uma concha soando ao longe. Levantei. Senti dores no corpo devido ao voo com os pégasos no dia anterior. Mas não me importei. Eu queria era voar com eles novamente!
Acordei Lilian e saímos junto com o Chalé 11 para a realização das atividades diárias. Estávamos no meio do treino com arco e flechas, quando uma concha soa e todos saem e se juntam próximos à entrada da floresta. Não sabíamos o que era, então só os seguimos. Chegando lá, ouvimos Quíron falando:
–- Campistas! Como de costume, faremos hoje o jogo de Captura à Bandeira! Como temos alguns campistas novos, peço que os ajudem na formação dos times, na escolha e na preparação de armas e armaduras, além de também lhes explicarem as regras básicas do jogo. E tentem também deixar os novatos inteiros e, de preferência, vivos.
-- Ah... – pude ouvir as vozes uníssonas de Travis e Connor, mais a frente. Eu ri.
Quíron balançou a cabeça, contendo uma risada.
-- O jogo se iniciará às 5 horas. Até lá, espero que todos estejam preparados. Dispensados!
A multidão começou a se desfazer. Campistas iam para todos os lados apressadamente. Ficamos sem ação, perdidas ali. Nossa sorte foi que Annabeth e Percy vieram ao nosso encontro.
-- Oi, meninas! – ela disse – e então? Vamos nos preparar? Vocês estão no nosso time.
-- Ah, sim, tudo bem. – respondi.
-- Você se parece muito com a Annabeth – disse Percy, de repente, com um ar distraído. Fiquei sem falas. Apenas sorri e desviei o olhar.
-- Vamos! – chamou Annabeth, já andando, com um sorriso de divertimento no rosto.
.....
Seguimos Annabeth e Percy até um pequeno prédio, que parecia mais uma oficina.
-- Aqui é onde guardamos nossas armas. – Annabeth nos apresentou o lugar.
-- Armas?! – perguntou Lilian.
-- Sim – respondeu Percy – mas não são de fogo. São basicamente lanças, espadas, punhais, arcos e flechas... Tudo de que precisamos para nos defender de qualquer ataque aqui. Embora também tenhamos outras surpresinhas. – ele piscou para nós, um sorriso trapaceiro no rosto.
-- É – completou Annabeth – O pessoal de Hermes deveria parar de roubar coisas de fora e trazer para cá.
Rimos. Afinal, a galera do chalé 11 é realmente muito levada. Depois entramos no local. Um quarto meio apertado, abarrotado de armas de diversos tipos. Fiquei até tonta com a visão. Aliás, a única arma com a qual eu já mexera na vida fora uma arminha de água, quando ainda estava na pré-escola.
-- E então? – Annabeth se virou para nós – Têm alguma preferência?
Olhamos em volta. Era difícil a escolha.
-- Posso usar arco e flecha? – perguntou Lilian. Olhei para ela.
-- Arco e flecha?
-- É. Sei lá... foi o treinamento do qual eu mais gostei. Mesmo quase tendo acertado uma flecha em você.
-- É por isso que estou com medo. – Disse eu. Nós rimos. – Mas tudo bem. É só me prometer que vai mirar no alvo certo da próxima vez.
-- Prometo!
-- Bem – Annabeth começou, já trazendo um arco e uma aljava cheia de flechas. Bem o básico. – Aqui está. Este é só um provisório. Se você quiser, mais para a frente, podemos providenciar um arco especial para você.
-- Ah, é lindo! – Disse Lilian, olhando atentamente para o arco. Ele brilhava de um cinza pálido na luz amarela do quarto. – Obrigada!
Annabeth se virou para mim.
-- E você? Já se decidiu?
-- Bem... – comecei – eu não sou muito boa em lutas... – fiquei sem jeito.
-- Que é isso! – Percy disse – Ninguém nasce sabendo de tudo! Eu, quando cheguei aqui, era assim como vocês! Mas depois você se acostuma e se sente capaz de fazer qualquer coisa!
Olhei para ele. Bonitas palavras, mas logo desviei o olhar. Ele se virou e pegou algo no fundo do quarto. Depois, me entregou um embrulho vermelho, longo e fino. Olhei com atenção e curiosidade. Depois abri o embrulho, tirando de dentro do tecido, uma bainha prateada e, de dentro da bainha, uma espada absurdamente linda e leve. Eu a segurei com força, sorrindo.
-- A arma básica dos campistas que chegam aqui é a espada. Depois, se você não gostar, pode escolher outra.
Olhei para ele, agradecida. Depois saímos do prédio e fomos nos arrumar com as armaduras. Seríamos o time azul, comandado por Percy e Annabeth, tendo os chalés de Poseidon, Atena, Afrodite, Hefesto e alguns outros que ainda não identifiquei. Assim como não reconheci todos do time vermelho, o adversário, mas percebi os chalés de Ares, Apolo, os campistas de Hermes e Hades.
Eu não sabia como os outros campistas agiam por aqui. Mas tive o pressentimento de que esse jogo seria divertido. Mas eu estava nervosa. Minhas mãos tremiam e eu não conseguia segurar a espada muito bem. Lilian parecia mais calma do que eu.
Depois entramos na floresta, para darmos início ao jogo.
Conversar com meu pai me proporcionou mais confiança para continuar. Mesmo estando com Lilian e entre amigos, eu me sentia preocupada e nervosa demais em relação à ele. Ele era minha única família real, então suas palavras imediatamente trouxeram conforto para mim. Fiquei mais feliz depois disso. Então, depois de conhecer Percy e empurrar a bobinha apaixonada da Lilian para fora da Casa Grande, fomos todos jantar no pavilhão do refeitório.
Nos sentamos à mesa junto com a galera do Chalé 11... Quero dizer, “tentamos” nos sentar à mesa junto a eles. Assim como os chalés, cada deus tinha uma mesa à sua disposição no pavilhão. Algumas estavam vazias, pois não haviam filhos de tal deus. Já outras, como a do chalé 11, campistas quase caíam dos bancos de tanta gente. Mas com um pouquinho de calma e paciência, arranjamos um lugar e comemos bem.
A comida era deliciosa, mas antes de prová-la, tivemos de fazer uma pequena oferenda aos deuses na fogueira. Meu pedaço de carne ficou pela metade. Já Lilian, jogou todas as verduras na fogueira, agradecendo por não ter que comê-las. O jantar foi bem tranquilo.
Mais tarde, os campistas se juntaram ao redor de uma grande fogueira que ardia lindamente. Nos sentamos e todos conversamos, cantamos e fizemos brincadeiras. A diversão foi garantida! Fiquei até pensando no que estaria fazendo se estivesse em casa, com meu pai. Provavelmente, sentaríamos no pequeno sofá, apagaríamos as luzes, faríamos pipoca e assistiríamos a muitos filmes, como sempre costumávamos fazer. Senti uma pontada de saudades. Desejei poder voltar para casa logo. Mas, eu me sentia bem ali.
Não demorou muito para irmos dormir. O dia havia sido cansativo.
.....
Acordei com o som de uma concha soando ao longe. Levantei. Senti dores no corpo devido ao voo com os pégasos no dia anterior. Mas não me importei. Eu queria era voar com eles novamente!
Acordei Lilian e saímos junto com o Chalé 11 para a realização das atividades diárias. Estávamos no meio do treino com arco e flechas, quando uma concha soa e todos saem e se juntam próximos à entrada da floresta. Não sabíamos o que era, então só os seguimos. Chegando lá, ouvimos Quíron falando:
–- Campistas! Como de costume, faremos hoje o jogo de Captura à Bandeira! Como temos alguns campistas novos, peço que os ajudem na formação dos times, na escolha e na preparação de armas e armaduras, além de também lhes explicarem as regras básicas do jogo. E tentem também deixar os novatos inteiros e, de preferência, vivos.
-- Ah... – pude ouvir as vozes uníssonas de Travis e Connor, mais a frente. Eu ri.
Quíron balançou a cabeça, contendo uma risada.
-- O jogo se iniciará às 5 horas. Até lá, espero que todos estejam preparados. Dispensados!
A multidão começou a se desfazer. Campistas iam para todos os lados apressadamente. Ficamos sem ação, perdidas ali. Nossa sorte foi que Annabeth e Percy vieram ao nosso encontro.
-- Oi, meninas! – ela disse – e então? Vamos nos preparar? Vocês estão no nosso time.
-- Ah, sim, tudo bem. – respondi.
-- Você se parece muito com a Annabeth – disse Percy, de repente, com um ar distraído. Fiquei sem falas. Apenas sorri e desviei o olhar.
-- Vamos! – chamou Annabeth, já andando, com um sorriso de divertimento no rosto.
.....
Seguimos Annabeth e Percy até um pequeno prédio, que parecia mais uma oficina.
-- Aqui é onde guardamos nossas armas. – Annabeth nos apresentou o lugar.
-- Armas?! – perguntou Lilian.
-- Sim – respondeu Percy – mas não são de fogo. São basicamente lanças, espadas, punhais, arcos e flechas... Tudo de que precisamos para nos defender de qualquer ataque aqui. Embora também tenhamos outras surpresinhas. – ele piscou para nós, um sorriso trapaceiro no rosto.
-- É – completou Annabeth – O pessoal de Hermes deveria parar de roubar coisas de fora e trazer para cá.
Rimos. Afinal, a galera do chalé 11 é realmente muito levada. Depois entramos no local. Um quarto meio apertado, abarrotado de armas de diversos tipos. Fiquei até tonta com a visão. Aliás, a única arma com a qual eu já mexera na vida fora uma arminha de água, quando ainda estava na pré-escola.
-- E então? – Annabeth se virou para nós – Têm alguma preferência?
Olhamos em volta. Era difícil a escolha.
-- Posso usar arco e flecha? – perguntou Lilian. Olhei para ela.
-- Arco e flecha?
-- É. Sei lá... foi o treinamento do qual eu mais gostei. Mesmo quase tendo acertado uma flecha em você.
-- É por isso que estou com medo. – Disse eu. Nós rimos. – Mas tudo bem. É só me prometer que vai mirar no alvo certo da próxima vez.
-- Prometo!
-- Bem – Annabeth começou, já trazendo um arco e uma aljava cheia de flechas. Bem o básico. – Aqui está. Este é só um provisório. Se você quiser, mais para a frente, podemos providenciar um arco especial para você.
-- Ah, é lindo! – Disse Lilian, olhando atentamente para o arco. Ele brilhava de um cinza pálido na luz amarela do quarto. – Obrigada!
Annabeth se virou para mim.
-- E você? Já se decidiu?
-- Bem... – comecei – eu não sou muito boa em lutas... – fiquei sem jeito.
-- Que é isso! – Percy disse – Ninguém nasce sabendo de tudo! Eu, quando cheguei aqui, era assim como vocês! Mas depois você se acostuma e se sente capaz de fazer qualquer coisa!
Olhei para ele. Bonitas palavras, mas logo desviei o olhar. Ele se virou e pegou algo no fundo do quarto. Depois, me entregou um embrulho vermelho, longo e fino. Olhei com atenção e curiosidade. Depois abri o embrulho, tirando de dentro do tecido, uma bainha prateada e, de dentro da bainha, uma espada absurdamente linda e leve. Eu a segurei com força, sorrindo.
-- A arma básica dos campistas que chegam aqui é a espada. Depois, se você não gostar, pode escolher outra.
Olhei para ele, agradecida. Depois saímos do prédio e fomos nos arrumar com as armaduras. Seríamos o time azul, comandado por Percy e Annabeth, tendo os chalés de Poseidon, Atena, Afrodite, Hefesto e alguns outros que ainda não identifiquei. Assim como não reconheci todos do time vermelho, o adversário, mas percebi os chalés de Ares, Apolo, os campistas de Hermes e Hades.
Eu não sabia como os outros campistas agiam por aqui. Mas tive o pressentimento de que esse jogo seria divertido. Mas eu estava nervosa. Minhas mãos tremiam e eu não conseguia segurar a espada muito bem. Lilian parecia mais calma do que eu.
Depois entramos na floresta, para darmos início ao jogo.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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(170/170)
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Re: The Horse and the owl
Cap. 13 - Subo no monte de Bosta (narração de Lilian)
Julia realmente ficou surpresa e preocupada quando pedi para a Annabeth para eu usar Arco e flecha como arma... Bom, ela tinha motivo para ter ficado assim, já que eu acertei uma flecha nela quando estávamos treinando... Mas isso aconteceu só porque fiquei distraída com os filhos de Apolo, que não erravam uma só flecha! Tirando esse infeliz acontecimento, até que era boa na coisa.
Quando Julia e eu conseguimos nossas armas, nos encontramos com o resto do nosso time, que seriam os chalés de Atena, Poseidon, Hefesto, Afrodite e o de Hermes, enquanto o time adversário era formado por Ares, Apolo, Hades (infelizmente), Dionísio, Deméter. Os chalés dos Deuses menores (os quais eu ainda não conhecia muito bem), foram divididos igualmente entre os times.
Estava começando a escurecer quando finalmente entramos na floresta. Um tempo depois, chegamos ao centro do território de nosso time. Levamos nossa bandeira para lá e nos postamos a pensar em um bom lugar para fincá-la. Olhamos ao redor e fomos em direção a um conjunto de pedras, o qual os campistas veteranos chamavam de “Punho de Zeus” (que, para mim, mais aprecia um grande monte de bosta).
Nos aproximamos das rochas e Annabeth e Percy vieram falar com a gente.
-- Julia, você se importa de cuidar da bandeira junto com 2 meninos do chalé de Hefesto?
Julia olhou para Annabeth e falou:
-- Não, não me importo. Mas e a Li?
Annabeth sorriu para Julia, mas foi Percy quem respondeu:
-- Ela ficará em cima do punho de Zeus. Lá ela terá uma visão melhor para atirar flechas e permitirá que ela veja se há adversários se aproximando antes que vocês, podendo dar o sinal de alerta.
-- Ótimo plano – Disse Julia, animada – Aqueles que vêm pelo bosque não irão conseguir ver a Li, o que nos dá uma vantagem para na proteção da bandeira.
-- Exato – Disse Annabeth.
-- Por mim tudo bem – mas já vou avisando que não gosto muito de altura.
Annabeth e Percy riram, como se soubessem de alguma coisa da qual eu não sabia.
-- Está tudo bem ma...Lilian. Lá não é muito alto não.
Julia observou Percy com extrema atenção e depois olhou para mim. Fez isso repetidamente, franzindo a testa e falando consigo mesma, num volume quase que inaudível.
-- Isso é impossível, ela não pode ser... A maldição diz que não pode... Mas será?
-- Ju, o que é impossível?
Julia olhou para a Annabeth e ela devolveu o olhar. Parecia que estavam se comunicando mentalmente. Por fim, Julia disse:
-- Ah, Lilian... Só que é impossível nós perdermos o jogo... Annabeth e eu montamos o plano de ataque juntas, sabe... e será quase impossível que perdamos hoje.
-- hum... -- Não acreditei muito nisso, mas já era hora de montar meu posto
– Ok, então vou subir lá no monte de bosta -- ouve-se um trovão
-- Kk,ok no punho de Zeus... feliz ? – disse em direção ao céu .
Não houve trovão, então presumi que estava tudo bem. Fui em direção ao punho e comecei a escalar. Sorte minha que eu já estava acostumada a fazer isso em minhas caminhadas, ou não iria conseguir fazer. Quando cheguei ao topo, me posicionei duma forma confortável para que eu atirasse as flechas e olhei para baixo. Vi que Annabeth e Percy já tinham saído deixando Julia com os dois filhos de Hefesto. De lá, percebi que ela estava bastante nervosa. Gostaria de gritar para ela ficar calma, mas infelizmente não poderia pois com o soar da concha, deu-se início ao jogo .
........................................................
Já fazia uns 10 minutos desde que a caçada começara e eu ainda estava em cima no monte de bosta (Há há! eles não podem brigar comigo por meus pensamentos XD) procurando algum campista do time adversário que estivesse se aproximando de nós e de nossa bandeira.
Julia e os filhos de Hefesto estavam cautelosos, sempre levantando as espadas com qualquer movimento das árvores ou arbustos. Mais 5 minutos se passaram e finalmente vi movimentos de pessoas entre a folhagem ao norte do punho de Zeus. Se aproximavam rapidamente. Me abaixei e avisei aos que estavam montando a guarda terrestre.
-- Ao norte! Estão vindo em nossa direção! Fiquem atentos! – Me ergui e preparei uma flecha.
Julia teve uma ideia assim que nos preparávamos.
-- Esperem! Vamos fingir que eles conseguirão pegar a gente de surpresa e depois atacamos! Lilian, nos avise quando estiverem bem perto!
Fiz um sim com a cabeça.
Os filhos de Hefesto abaixaram as espadas e ficaram olhando na direção oposta ao movimento, finginfo procurarem por algo. Julia fez o mesmo, voltando-se mais para os lados. Percebi que eram dois filhos de Ares e Nico. Eles olharam diretamente para Julia e os filhos de Hefesto, sem ao menos notar que eu estava ali, sobre o monte de bosta.
Nico e os filhos de Ares foram lentamente em direção a eles esperando pegá-los desprevenidos. Será que nem desconfiaram da armação? Bem, parecia que não. E mal sabiam eles que seriam ELES os desprevenidos. Apontei meu arco para baixo e dei o sinal:
-- Agora!
Os filhos de Ares se assustaram com o repentino ataque dos filhos de Hefesto, o que não deu muito tempo para que eles recuassem ou se protegessem, sendo facilmente vencidos pelos nossos.
Já Nico foi um problema. Ele se recuperou rapidamente de nosso ataque surpresa e começou a lutar com Julia. Nico era muito bom com a espada, o que dificultava as coisas para minha amiga, que ainda não tinha muita experiência em batalhas.
Querendo ajudar de alguma forma mirei minha flecha na perna de Nico e atirei... e acertei! (estava com medo de machucar alguém, mas foi instintivo). Ele ficou por um minuto sem reação, mas logo voltou a lutar, arrancando a flecha de sua perna e olhando na direção de onde veio ela veio. Sorriu ao me ver. Sorri de volta e atirei novamente. Mas ele desviou-se dela com facilidade, agora que sabia de meu paradeiro.
Ele ainda lutava com Julia. Me restara somente uma flecha na aljava. As outras estavam enterradas no chão ao redor, em tentativas frustradas de acertar alguém. Então, mirei na mão de Nico e atirei. Dessa vez, ele não conseguiu escapar. A flecha lhe atingiu a mão, fazendo com que ele soltasse a espada, que veio a cair no chão com um ruído rouco.
Agora, só dependia de Julia para domar Nico enquanto nosso time passava com a bandeira adversária pela nossa fronteira.
Julia realmente ficou surpresa e preocupada quando pedi para a Annabeth para eu usar Arco e flecha como arma... Bom, ela tinha motivo para ter ficado assim, já que eu acertei uma flecha nela quando estávamos treinando... Mas isso aconteceu só porque fiquei distraída com os filhos de Apolo, que não erravam uma só flecha! Tirando esse infeliz acontecimento, até que era boa na coisa.
Quando Julia e eu conseguimos nossas armas, nos encontramos com o resto do nosso time, que seriam os chalés de Atena, Poseidon, Hefesto, Afrodite e o de Hermes, enquanto o time adversário era formado por Ares, Apolo, Hades (infelizmente), Dionísio, Deméter. Os chalés dos Deuses menores (os quais eu ainda não conhecia muito bem), foram divididos igualmente entre os times.
Estava começando a escurecer quando finalmente entramos na floresta. Um tempo depois, chegamos ao centro do território de nosso time. Levamos nossa bandeira para lá e nos postamos a pensar em um bom lugar para fincá-la. Olhamos ao redor e fomos em direção a um conjunto de pedras, o qual os campistas veteranos chamavam de “Punho de Zeus” (que, para mim, mais aprecia um grande monte de bosta).
Nos aproximamos das rochas e Annabeth e Percy vieram falar com a gente.
-- Julia, você se importa de cuidar da bandeira junto com 2 meninos do chalé de Hefesto?
Julia olhou para Annabeth e falou:
-- Não, não me importo. Mas e a Li?
Annabeth sorriu para Julia, mas foi Percy quem respondeu:
-- Ela ficará em cima do punho de Zeus. Lá ela terá uma visão melhor para atirar flechas e permitirá que ela veja se há adversários se aproximando antes que vocês, podendo dar o sinal de alerta.
-- Ótimo plano – Disse Julia, animada – Aqueles que vêm pelo bosque não irão conseguir ver a Li, o que nos dá uma vantagem para na proteção da bandeira.
-- Exato – Disse Annabeth.
-- Por mim tudo bem – mas já vou avisando que não gosto muito de altura.
Annabeth e Percy riram, como se soubessem de alguma coisa da qual eu não sabia.
-- Está tudo bem ma...Lilian. Lá não é muito alto não.
Julia observou Percy com extrema atenção e depois olhou para mim. Fez isso repetidamente, franzindo a testa e falando consigo mesma, num volume quase que inaudível.
-- Isso é impossível, ela não pode ser... A maldição diz que não pode... Mas será?
-- Ju, o que é impossível?
Julia olhou para a Annabeth e ela devolveu o olhar. Parecia que estavam se comunicando mentalmente. Por fim, Julia disse:
-- Ah, Lilian... Só que é impossível nós perdermos o jogo... Annabeth e eu montamos o plano de ataque juntas, sabe... e será quase impossível que perdamos hoje.
-- hum... -- Não acreditei muito nisso, mas já era hora de montar meu posto
– Ok, então vou subir lá no monte de bosta -- ouve-se um trovão
-- Kk,ok no punho de Zeus... feliz ? – disse em direção ao céu .
Não houve trovão, então presumi que estava tudo bem. Fui em direção ao punho e comecei a escalar. Sorte minha que eu já estava acostumada a fazer isso em minhas caminhadas, ou não iria conseguir fazer. Quando cheguei ao topo, me posicionei duma forma confortável para que eu atirasse as flechas e olhei para baixo. Vi que Annabeth e Percy já tinham saído deixando Julia com os dois filhos de Hefesto. De lá, percebi que ela estava bastante nervosa. Gostaria de gritar para ela ficar calma, mas infelizmente não poderia pois com o soar da concha, deu-se início ao jogo .
........................................................
Já fazia uns 10 minutos desde que a caçada começara e eu ainda estava em cima no monte de bosta (Há há! eles não podem brigar comigo por meus pensamentos XD) procurando algum campista do time adversário que estivesse se aproximando de nós e de nossa bandeira.
Julia e os filhos de Hefesto estavam cautelosos, sempre levantando as espadas com qualquer movimento das árvores ou arbustos. Mais 5 minutos se passaram e finalmente vi movimentos de pessoas entre a folhagem ao norte do punho de Zeus. Se aproximavam rapidamente. Me abaixei e avisei aos que estavam montando a guarda terrestre.
-- Ao norte! Estão vindo em nossa direção! Fiquem atentos! – Me ergui e preparei uma flecha.
Julia teve uma ideia assim que nos preparávamos.
-- Esperem! Vamos fingir que eles conseguirão pegar a gente de surpresa e depois atacamos! Lilian, nos avise quando estiverem bem perto!
Fiz um sim com a cabeça.
Os filhos de Hefesto abaixaram as espadas e ficaram olhando na direção oposta ao movimento, finginfo procurarem por algo. Julia fez o mesmo, voltando-se mais para os lados. Percebi que eram dois filhos de Ares e Nico. Eles olharam diretamente para Julia e os filhos de Hefesto, sem ao menos notar que eu estava ali, sobre o monte de bosta.
Nico e os filhos de Ares foram lentamente em direção a eles esperando pegá-los desprevenidos. Será que nem desconfiaram da armação? Bem, parecia que não. E mal sabiam eles que seriam ELES os desprevenidos. Apontei meu arco para baixo e dei o sinal:
-- Agora!
Os filhos de Ares se assustaram com o repentino ataque dos filhos de Hefesto, o que não deu muito tempo para que eles recuassem ou se protegessem, sendo facilmente vencidos pelos nossos.
Já Nico foi um problema. Ele se recuperou rapidamente de nosso ataque surpresa e começou a lutar com Julia. Nico era muito bom com a espada, o que dificultava as coisas para minha amiga, que ainda não tinha muita experiência em batalhas.
Querendo ajudar de alguma forma mirei minha flecha na perna de Nico e atirei... e acertei! (estava com medo de machucar alguém, mas foi instintivo). Ele ficou por um minuto sem reação, mas logo voltou a lutar, arrancando a flecha de sua perna e olhando na direção de onde veio ela veio. Sorriu ao me ver. Sorri de volta e atirei novamente. Mas ele desviou-se dela com facilidade, agora que sabia de meu paradeiro.
Ele ainda lutava com Julia. Me restara somente uma flecha na aljava. As outras estavam enterradas no chão ao redor, em tentativas frustradas de acertar alguém. Então, mirei na mão de Nico e atirei. Dessa vez, ele não conseguiu escapar. A flecha lhe atingiu a mão, fazendo com que ele soltasse a espada, que veio a cair no chão com um ruído rouco.
Agora, só dependia de Julia para domar Nico enquanto nosso time passava com a bandeira adversária pela nossa fronteira.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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Re: The Horse and the owl
Cap. 14 - Ganho um prêmio (narração de Julia)
A espada de Nico estava no chão. Ele não conseguiria pegá-la sem baixar a guarda para mim. Tudo o que tinha que fazer era segurá-lo ali até que algum dos filhos de Hefesto viessem me ajudar. Eu ainda não me sentia capaz de derrotar alguém numa luta.
-- Estou vendo eles -- Lilian gritou do alto da pedra -- Já estão vindo para cá!
Me senti aliviada. Nosso time já estava voltando com a bandeira adversária. O único problema foi quando um campista loiro (acho que era filho de Apolo) apareceu por trás de mim e me assustou, deixando assim o caminho livre para que Nico pegasse sua espada caída. O filho de Apolo brandiu a espada para cima de mim, mas eu a defendi erguendo a minha. O choque entre elas foi forte, me fazendo estremecer. Com o canto do olho, vi os filhos de Hefesto ainda contendo o ataque dos adversários e Nico avançando para a bandeira. "Eu não permitirei isso!", pensei e, com todas as minhas forças, empurrei a espada do filho de Apolo para cima, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio por um instante e girei o corpo, posicionando minha espada a centímetros da frente do pescoço do filho de Hades.
Ele parou imediatamente e olhou para mim. Sorriu.
-- Você é boa com espadas. -- disse ele.
-- Obrigada. -- agradeci e começamos a lutar. Sinceramente, fiquei impressionada comigo mesma. Eu girava, pulava, desviava e atacava numa agilidade da qual não sabia que tinha. Nico também ficou um tanto nervoso com isso. O único ponto que achei estranho em tudo isso foi o silêncio ao nosso redor. Mas também, não tive tempo de olhar para ver o que ocorria. Tive que desviar de um golpe lateral da espada de Nico. Pensei que essa luta nunca fosse terminar. Eu já estava ficando muito cansada e Nico percebera isso. Então, na tentativa de pôr um fim na luta, Nico ergueu sua espada obre sua cabeça e a desceu à sua frente em um semicírculo até que esta atingisse o chão. Ele também estava cansado. Por isso, nesse meio instante em que sua espada veio abaixo, eu saltei e coloquei o pé na guarda de sua arma, fazendo com que Nico a soltasse ao chão. Caí em pé, com a espada do filho de Hades sob minhas botas e com a minha apontada para seu rosto. Ficamos assim por um tempo.
Por fim, ele disse, entre suspiros:
-- É... Você é realmente boa com espadas. Uma corujinha boa com espadas. -- ele riu um riso abafado. Não entendi a piada. E nem o fato de Nico se ajoelhar diante de mim. E muito menos o fato de todos ali estarem ajoelhados diante de mim. O jogo já havia terminado e eu nem percebera.
-- O que...? -- eu olhava para todas as direções, esperando uma resposta, encontrando-a acima de mim. Uma coruja brilhante, dourada, acesa sobre minha cabeça.
Fiquei sem palavras.
-- Atenção! -- disse Quíron, se aproximando de nós --Vamos dar as boas-vindas a mais nova filha de Atena do acampamento!
Depois disso, se ajoelhou também. Eu morri de vergonha na hora, mas acho que quase todos ali já devem ter passado por isso.
Olhei para cima novamente e vi a coruja dourada desfazer-se no ar.
A espada de Nico estava no chão. Ele não conseguiria pegá-la sem baixar a guarda para mim. Tudo o que tinha que fazer era segurá-lo ali até que algum dos filhos de Hefesto viessem me ajudar. Eu ainda não me sentia capaz de derrotar alguém numa luta.
-- Estou vendo eles -- Lilian gritou do alto da pedra -- Já estão vindo para cá!
Me senti aliviada. Nosso time já estava voltando com a bandeira adversária. O único problema foi quando um campista loiro (acho que era filho de Apolo) apareceu por trás de mim e me assustou, deixando assim o caminho livre para que Nico pegasse sua espada caída. O filho de Apolo brandiu a espada para cima de mim, mas eu a defendi erguendo a minha. O choque entre elas foi forte, me fazendo estremecer. Com o canto do olho, vi os filhos de Hefesto ainda contendo o ataque dos adversários e Nico avançando para a bandeira. "Eu não permitirei isso!", pensei e, com todas as minhas forças, empurrei a espada do filho de Apolo para cima, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio por um instante e girei o corpo, posicionando minha espada a centímetros da frente do pescoço do filho de Hades.
Ele parou imediatamente e olhou para mim. Sorriu.
-- Você é boa com espadas. -- disse ele.
-- Obrigada. -- agradeci e começamos a lutar. Sinceramente, fiquei impressionada comigo mesma. Eu girava, pulava, desviava e atacava numa agilidade da qual não sabia que tinha. Nico também ficou um tanto nervoso com isso. O único ponto que achei estranho em tudo isso foi o silêncio ao nosso redor. Mas também, não tive tempo de olhar para ver o que ocorria. Tive que desviar de um golpe lateral da espada de Nico. Pensei que essa luta nunca fosse terminar. Eu já estava ficando muito cansada e Nico percebera isso. Então, na tentativa de pôr um fim na luta, Nico ergueu sua espada obre sua cabeça e a desceu à sua frente em um semicírculo até que esta atingisse o chão. Ele também estava cansado. Por isso, nesse meio instante em que sua espada veio abaixo, eu saltei e coloquei o pé na guarda de sua arma, fazendo com que Nico a soltasse ao chão. Caí em pé, com a espada do filho de Hades sob minhas botas e com a minha apontada para seu rosto. Ficamos assim por um tempo.
Por fim, ele disse, entre suspiros:
-- É... Você é realmente boa com espadas. Uma corujinha boa com espadas. -- ele riu um riso abafado. Não entendi a piada. E nem o fato de Nico se ajoelhar diante de mim. E muito menos o fato de todos ali estarem ajoelhados diante de mim. O jogo já havia terminado e eu nem percebera.
-- O que...? -- eu olhava para todas as direções, esperando uma resposta, encontrando-a acima de mim. Uma coruja brilhante, dourada, acesa sobre minha cabeça.
Fiquei sem palavras.
-- Atenção! -- disse Quíron, se aproximando de nós --Vamos dar as boas-vindas a mais nova filha de Atena do acampamento!
Depois disso, se ajoelhou também. Eu morri de vergonha na hora, mas acho que quase todos ali já devem ter passado por isso.
Olhei para cima novamente e vi a coruja dourada desfazer-se no ar.
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Re: The Horse and the owl
Cap.15 – Julia, filha de Atena (narração de Lilian)
Cap.15 – Julia, filha de Atena (narração de Lilian)
Fiquei muito aliviada quando vi Percy correndo com a bandeira adversária em mãos, ao mesmo tempo em que a briga entre Julia e Nico e um garoto loiro (de onde ele veio?) continuava. Julia pareceu se assustar com a presença do garoto, o que deu oportunidade para Nico ir em direção à nossa bandeira, mas algo aconteceu com minha amiga: uma aura dourada a iluminou, deixando-a extremamente poderosa... E o mais estranho era que ela nem tinha a notado.
Ela começou a lutar com Nico como se isso fosse a coisa mais fácil do mundo! (e olha que escutei por aí que Nico e Percy eram os melhores em esgrima por aqui.). Percy, já em nosso território, deu a vitória para o nosso time e se juntou a mim, observando a luta arriscada entre Julia e Nico. De repente, apareceu uma coruja brilhando em ouro sobre a cabeça de minha amiga. Pude ver, pelo canto do olho, Annabeth sorrir e se joelhar e, aos poucos, todos ali em volta fazendo o mesmo. Nico e Julia pararam de lutar e o filho de Hades se ajoelhou também. Por fim, pude ouvir a voz de Quíron se aproximando:
-- Atenção! -- disse Quíron, se juntando a nós -- Vamos dar as boas-vindas a mais nova filha de Atena do acampamento!
Fiquei um pouco chocada com isso... Não por Julia ser filha de Atena, mas por causa de que Julia agora tinha irmãos e irmãs para ficar com ela, enquanto eu ainda não tinha... Ou seja: agora literalmente eu estava sozinha.
Depois de a coruja dourada desaparecer no ar tão rápido quanto surgiu, os campistas começaram a se levantar. Os filhos e filhas de Atena foram cumprimentar a nova irmã. Assim como Quíron, anunciando que Julia poderia ir para seu novo chalé hoje mesmo.
.....
Depois que todos os filhos e filhas de Atena a cumprimentaram, fui até Julia para dar os parabéns. Assim que me aproximei dela, Annabeth (agora sua irmã) juntou o pessoal do chalé 6 e foi falar com Quíron sobre a premiação da caça a bandeira. Esperei até terminarem de conversar para poder falar com minha amiga:
-- Ei, Corujinha... Será que ainda tem um abraço para mim, depois de ter abraçado todos seus irmão e irmãs?
Julia olhou para mim, meio chorosa e falou:
-- Sempre terá espaço para você Li! – ela terminou de dizer isso se jogando em meu braços e me abraçando forte.
-- Ei, Julia... Por que está triste? Pensei que você iria ficar feliz por ser reclamada e tudo mais... Se bem me lembro, Atena era sua deusa favorita da Mitologia Grega... Ser filha dela é muito bom!
Julia se soltou e endireitou a postura. Passou a mão no rosto para se livrar das lágrimas:
-- Tem razão... Não estou sendo racional... É que... Bem, queria que você também fosse filha de Atena. Assim seríamos irmãs e poderíamos fazer tudo juntas, como a gente sempre fez.
Quando Julia falou que queria que eu fosse filha de Atena também, tive que segurar minha risada... Afinal, Eu? Filha de Atena? Haha! Nunca tirei nota mais alta do que a Julia em alguma matéria (a não ser em Ed. Física, onde eu não precisava entender e nem saber a matéria XD) e eu não seria uma boa filha de Atena.
-- Julia! Eu? Filha de Atena? Fala sério! Estou mais para filha do deus do sono, o qual eu esqueci o nome agora...
Julia riu:
-- É Hypnos, Lilian! Haha! É, realmente... Também acho que você não daria uma filha de Atena muito boa!
-- Eu disse! – respondi, rindo.
Percy e Annabeth vieram em nossa direção. Annabeth veio com um sorriso no rosto. Já Percy, com um ar preocupado. Assim que chegaram, Percy veio até mim, falando rapidamente:
-- Você está bem? Você foi atacada? Você não se machucou, não né?
-- Nossa, Percy! Por que toda essa preocupação? To bem vivinha e sem nenhum aranhão... Relaxa. Ficar nervoso pode te trazer rugas para seu lindo rostinho – terminei de dizer isso dando um leve tapinha no rosto dele. Eu ri.
Percy revirou os olhos, mas deu uma leve risada com a minha palhaçada. Depois disso, Annabeth disse:
-- Bom, como vencemos a caça a bandeira conseguimos os melhores horários no banho e nas atividades diárias, que vamos dividir entre os chalés que estavam ao nosso lado... Mas vamos decidir isso depois, pois está na hora de irmos para o chalé... Vamos Julia? Irei te apresentar ao seu novo chalé.
Julia olhou para mim. Dei um sorriso, encorajando-a a seguir em frente:
-- Vai lá, Julia... Te vejo no café da manhã... e depois, temos o treinamento de arco e flecha juntas!
-- Verdade... hum... Annabeth, me lembre amanhã de pegar uma armadura para me proteger das flechadas da Li, por favor.
Todos rimos.
-- Ei! – disse eu -- Não sou tão ruim assim! Até acertei o Nico na perna e na mão com as flechas para salvar sua pele!
Julia, Percy e Annabeth riram... Depois que pararam, Annabeth se virou para Julia e Percy:
-- Vamos então?
-- Claro – responderam ambos em uníssono.
Julia, antes de partir, me desejou boa noite e Percy ofereceu de me acompanhar até o chalé de Hermes (Percy era muito protetor), mas eu recusei, agradecendo. Ele foi embora com muita insistência de minha parte e da de Annabeth.
Fui em direção ao chalé onze, pensando em tudo o que ocorreu hoje. A caça à bandeira, Nico sorrindo para mim, Julia lutando e o momento de sua reclamação, a super proteção de Percy... Voltei a pensar na reclamação de Julia, imaginando como será a minha e, claro, quando vai acontecer.
Eu estava tão perdida em pensamentos que não vi quando bati meu corpo contra outra pessoa. Ele tentou me segurar mas acabou que ambos caímos no chão.
Por um momento não consegui distinguir quem era que eu tinha derrubado. Só depois de um tempinho que consegui ver seu rosto na pouca luz da noite e... bem, não me agradou de eu ter caído bem em cima dele (na verdade, me agradou sim ). Me levantei em um pulo, ficando vermelha como uma pimenta:
-- Ah, desculpa Nico... eu juro que não te vi... – Realmente, ser filho de Hades devia fazer com que a pessoa ficasse mais sombria e silenciosa. Não o enxerguei no escuro.
Nico se levantou mais lentamente. Sorriu para mim.
-- Tudo bem.
Olhei para Nico e toda sua beleza, mas antes que me perdesse nela falei:
-- Ok, então... Hum... Tenha uma boa noite de sono.
Me virei para ir embora, mas fui impedida por Nico, que segurou meu braço.
-- Espera deixe eu te acompanhar... É perigoso andar sozinha a noite por aqui.
-- Mas me falaram que aqui é seguro. – rebati.
-- Não percebeu que era só uma desculpa tonta?
Olhei para seu rosto, analisando-o. Me senti ficando vermelha.
-- Ok, então... Pode me soltar agora?
Nico não tinha percebido que ainda estava me segurando. Me soltou assim que pedi. Começamos a caminhar. Nenhum de nós tinha coragem o suficiente para falar alguma coisa até chegarmos em frente ao chalé 9 (Hefesto), onde o próximo já era o chalé de Hermes.
-- Hum, obrigada por me trazer até aqui e... Bem, me desculpa pela flechada na mão e na perna hoje, na caça à bandeira.
Nico olhou para mim e soltou um risinho.
-- Há, tudo bem. Você estava fazendo seu papel protegendo a bandeira.
Cheguei na frente do chalé 11, onde me virei para Nico:
-- Obrigada novamente. Tenha uma boa noite!
Nico se aproximou de mim e me beijou na bochecha. Depois se afastou e disse:
-- Tenha uma boa noite de sono, Lillian.
Entrei em meu chalé com as pernas bambas. Estava suja devido à caçada de hoje, mas não me importei com isso e me joguei na cama, deixando minha canseira finalmente me dominar. Mas também foi a primeira noite que sonho com os famosos sonhos de semideuses. Ou seja: um pesadelo.
Cap.15 – Julia, filha de Atena (narração de Lilian)
Fiquei muito aliviada quando vi Percy correndo com a bandeira adversária em mãos, ao mesmo tempo em que a briga entre Julia e Nico e um garoto loiro (de onde ele veio?) continuava. Julia pareceu se assustar com a presença do garoto, o que deu oportunidade para Nico ir em direção à nossa bandeira, mas algo aconteceu com minha amiga: uma aura dourada a iluminou, deixando-a extremamente poderosa... E o mais estranho era que ela nem tinha a notado.
Ela começou a lutar com Nico como se isso fosse a coisa mais fácil do mundo! (e olha que escutei por aí que Nico e Percy eram os melhores em esgrima por aqui.). Percy, já em nosso território, deu a vitória para o nosso time e se juntou a mim, observando a luta arriscada entre Julia e Nico. De repente, apareceu uma coruja brilhando em ouro sobre a cabeça de minha amiga. Pude ver, pelo canto do olho, Annabeth sorrir e se joelhar e, aos poucos, todos ali em volta fazendo o mesmo. Nico e Julia pararam de lutar e o filho de Hades se ajoelhou também. Por fim, pude ouvir a voz de Quíron se aproximando:
-- Atenção! -- disse Quíron, se juntando a nós -- Vamos dar as boas-vindas a mais nova filha de Atena do acampamento!
Fiquei um pouco chocada com isso... Não por Julia ser filha de Atena, mas por causa de que Julia agora tinha irmãos e irmãs para ficar com ela, enquanto eu ainda não tinha... Ou seja: agora literalmente eu estava sozinha.
Depois de a coruja dourada desaparecer no ar tão rápido quanto surgiu, os campistas começaram a se levantar. Os filhos e filhas de Atena foram cumprimentar a nova irmã. Assim como Quíron, anunciando que Julia poderia ir para seu novo chalé hoje mesmo.
.....
Depois que todos os filhos e filhas de Atena a cumprimentaram, fui até Julia para dar os parabéns. Assim que me aproximei dela, Annabeth (agora sua irmã) juntou o pessoal do chalé 6 e foi falar com Quíron sobre a premiação da caça a bandeira. Esperei até terminarem de conversar para poder falar com minha amiga:
-- Ei, Corujinha... Será que ainda tem um abraço para mim, depois de ter abraçado todos seus irmão e irmãs?
Julia olhou para mim, meio chorosa e falou:
-- Sempre terá espaço para você Li! – ela terminou de dizer isso se jogando em meu braços e me abraçando forte.
-- Ei, Julia... Por que está triste? Pensei que você iria ficar feliz por ser reclamada e tudo mais... Se bem me lembro, Atena era sua deusa favorita da Mitologia Grega... Ser filha dela é muito bom!
Julia se soltou e endireitou a postura. Passou a mão no rosto para se livrar das lágrimas:
-- Tem razão... Não estou sendo racional... É que... Bem, queria que você também fosse filha de Atena. Assim seríamos irmãs e poderíamos fazer tudo juntas, como a gente sempre fez.
Quando Julia falou que queria que eu fosse filha de Atena também, tive que segurar minha risada... Afinal, Eu? Filha de Atena? Haha! Nunca tirei nota mais alta do que a Julia em alguma matéria (a não ser em Ed. Física, onde eu não precisava entender e nem saber a matéria XD) e eu não seria uma boa filha de Atena.
-- Julia! Eu? Filha de Atena? Fala sério! Estou mais para filha do deus do sono, o qual eu esqueci o nome agora...
Julia riu:
-- É Hypnos, Lilian! Haha! É, realmente... Também acho que você não daria uma filha de Atena muito boa!
-- Eu disse! – respondi, rindo.
Percy e Annabeth vieram em nossa direção. Annabeth veio com um sorriso no rosto. Já Percy, com um ar preocupado. Assim que chegaram, Percy veio até mim, falando rapidamente:
-- Você está bem? Você foi atacada? Você não se machucou, não né?
-- Nossa, Percy! Por que toda essa preocupação? To bem vivinha e sem nenhum aranhão... Relaxa. Ficar nervoso pode te trazer rugas para seu lindo rostinho – terminei de dizer isso dando um leve tapinha no rosto dele. Eu ri.
Percy revirou os olhos, mas deu uma leve risada com a minha palhaçada. Depois disso, Annabeth disse:
-- Bom, como vencemos a caça a bandeira conseguimos os melhores horários no banho e nas atividades diárias, que vamos dividir entre os chalés que estavam ao nosso lado... Mas vamos decidir isso depois, pois está na hora de irmos para o chalé... Vamos Julia? Irei te apresentar ao seu novo chalé.
Julia olhou para mim. Dei um sorriso, encorajando-a a seguir em frente:
-- Vai lá, Julia... Te vejo no café da manhã... e depois, temos o treinamento de arco e flecha juntas!
-- Verdade... hum... Annabeth, me lembre amanhã de pegar uma armadura para me proteger das flechadas da Li, por favor.
Todos rimos.
-- Ei! – disse eu -- Não sou tão ruim assim! Até acertei o Nico na perna e na mão com as flechas para salvar sua pele!
Julia, Percy e Annabeth riram... Depois que pararam, Annabeth se virou para Julia e Percy:
-- Vamos então?
-- Claro – responderam ambos em uníssono.
Julia, antes de partir, me desejou boa noite e Percy ofereceu de me acompanhar até o chalé de Hermes (Percy era muito protetor), mas eu recusei, agradecendo. Ele foi embora com muita insistência de minha parte e da de Annabeth.
Fui em direção ao chalé onze, pensando em tudo o que ocorreu hoje. A caça à bandeira, Nico sorrindo para mim, Julia lutando e o momento de sua reclamação, a super proteção de Percy... Voltei a pensar na reclamação de Julia, imaginando como será a minha e, claro, quando vai acontecer.
Eu estava tão perdida em pensamentos que não vi quando bati meu corpo contra outra pessoa. Ele tentou me segurar mas acabou que ambos caímos no chão.
Por um momento não consegui distinguir quem era que eu tinha derrubado. Só depois de um tempinho que consegui ver seu rosto na pouca luz da noite e... bem, não me agradou de eu ter caído bem em cima dele (na verdade, me agradou sim ). Me levantei em um pulo, ficando vermelha como uma pimenta:
-- Ah, desculpa Nico... eu juro que não te vi... – Realmente, ser filho de Hades devia fazer com que a pessoa ficasse mais sombria e silenciosa. Não o enxerguei no escuro.
Nico se levantou mais lentamente. Sorriu para mim.
-- Tudo bem.
Olhei para Nico e toda sua beleza, mas antes que me perdesse nela falei:
-- Ok, então... Hum... Tenha uma boa noite de sono.
Me virei para ir embora, mas fui impedida por Nico, que segurou meu braço.
-- Espera deixe eu te acompanhar... É perigoso andar sozinha a noite por aqui.
-- Mas me falaram que aqui é seguro. – rebati.
-- Não percebeu que era só uma desculpa tonta?
Olhei para seu rosto, analisando-o. Me senti ficando vermelha.
-- Ok, então... Pode me soltar agora?
Nico não tinha percebido que ainda estava me segurando. Me soltou assim que pedi. Começamos a caminhar. Nenhum de nós tinha coragem o suficiente para falar alguma coisa até chegarmos em frente ao chalé 9 (Hefesto), onde o próximo já era o chalé de Hermes.
-- Hum, obrigada por me trazer até aqui e... Bem, me desculpa pela flechada na mão e na perna hoje, na caça à bandeira.
Nico olhou para mim e soltou um risinho.
-- Há, tudo bem. Você estava fazendo seu papel protegendo a bandeira.
Cheguei na frente do chalé 11, onde me virei para Nico:
-- Obrigada novamente. Tenha uma boa noite!
Nico se aproximou de mim e me beijou na bochecha. Depois se afastou e disse:
-- Tenha uma boa noite de sono, Lillian.
Entrei em meu chalé com as pernas bambas. Estava suja devido à caçada de hoje, mas não me importei com isso e me joguei na cama, deixando minha canseira finalmente me dominar. Mas também foi a primeira noite que sonho com os famosos sonhos de semideuses. Ou seja: um pesadelo.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 16 – E o Tempo Passa (narração de Julia)
Eu só me lembro de estar correndo e de estar exausta. Mas não podia parar. Tudo aconteceu tão depressa, que fiquei horrorizada. Eu havia me perdido de Julia e dos outros. Estava escuro, eu não conhecia o lugar onde estava e havia alguma coisa vindo atrás de mim. Mas eu não fazia ideia do quê.
Eu corria e tentava ao máximo desviar dos destroços que estavam espalhados pelo caminho. Aquela explosão havia sido estrondosa. Não restou quase nada em pé, mas também não havia fogo. O ruído da coisa que vinha atrás de mim era alto. Tentei olhar, mas nada enxerguei. Era como se eu estivesse correndo de uma sombra na escuridão. Meu coração estava disparado e eu estava começando a ficar desesperada. Apertei o passo. O ruído se aproximava cada vez mais.
Eu gritei por ajuda. Deixei meu medo falar. Eu não trabalhava bem sob pressão. Lágrimas escorriam por meu rosto e isso só aumentou meu desespero. Eu gritava. E acabei caindo ao tropeçar numa pedra.
Assim, fiquei no chão, enquanto o ruído parava a minha frente. Mas eu não podia ver nada. O tal ruído não tinha um dono (pelo menos, não um dono visível) e ele ficava me circundando. Às vezes, ele até parecia com uma risada.
-- Me deixe em paz! – gritei para o vazio – Vá embora! Me deixe em paz! – e o riso retornava. Não conseguia ver nada, mas senti o peso da voz caindo sobre mim. Eu me abaixei e gritei alto.
Silêncio.
.....
-- Você vai mesmo continuar assim?
Abri os olhos, assustada. Eu ainda estava abaixada, com as mãos cobrindo minha cabeça do susto que aquela risada me pregara.
-- Ei, garota! Estou falando com você! Vai mesmo continuar assim?
Me sentei e olhei em volta. A escuridão continuava. E ela estava “falando” comigo?
-- Responda-me! – a voz gritou
-- O que? – retruquei – vou continuar assim... como? – pude ouvir um suspiro.
-- Vai continuar aí deitada? Você ainda não me devolveu meu amuleto. Onde ele está?
-- Amuleto, que... Amuleto? Espera, quem é você? Onde você está?
-- Eu sou aquela quem te pôs nesta missão. Assim como quem também colocou aquela sua amiga não-reclamada... Ah... E eu que pensei que vocês fossem conseguir...
-- Você ainda não me respondeu! Quem é você? – repeti, com força na voz, enfatizando cada palavra da pergunta.
-- Eu sou Afrodite! – a voz respondeu – E já não estou com paciência para isso... – a sombra a minha frente começou a se borrar de dourado, girando num turbilhão no meio do nada, e uma jovem deusa apareceu. Não conseguia descrevê-la. Sua aparência ficava mudando. Acho que Afrodite é mesmo como dizem: bonita para todos os olhos. Por isso, não tinha uma aparência só. – Onde está meu amuleto?
-- Ah... – engasguei – mas, senhora... Eu não sei de amuleto nenhum.
-- Ah, droga... Então acho que errei ao colocá-las nesta missão. Só agora percebo o quanto são fracas...
-- Eu não sou fraca! -- retruquei.
-- É sim – ela me interrompeu – Pelo que vi, era você quem estava fugindo agora a pouco, não era? Aqueles ruídos todos eram seus medos, e você sequer tentou enfrentá-los... E também não foi você quem fugiu e perdeu seus companheiros de missão lá trás, quando você explodiu o prédio por medo da criatura que os perseguia, não era?
-- O que? Eu não fiz isso... Mas se fizesse, seria para salvar meus amigos! E eu nem sei onde eu estou!
-- E onde eles estão? Você sabe?
Fiquei sem palavras, com medo.
-- Eu... não... sei.
-- Isso quer dizer que eles não podiam contar com você. Consequentemente, eu também não posso contar com você. Você não recuperou meu amuleto nesta missão. Você falhou...
-- Não! – eu soquei o chão, de raiva da deusa – Eu não quero... Eu não posso falhar! Eu quero cumprir isso! Quero provar que consigo, que tenho coragem e que todos podem confiar em mim!
A deusa me olhou de lado.
-- Tem certeza disso?
-- Absoluta!
Ela me encarou por um certo tempo. Parecia estar analisando as minhas emoções mais profundas. Tão profundas, que era capaz de nem eu mesma conhecê-las.
-- Está bem. – ela disse, por fim – Vou lhe dar esta chance. – Depois de dito isso, todo o cenário onde nos encontrávamos desapareceu. O que restou foi um lugar completamente branco e claro. Mas era estranho. Não sabia se tal lugar era frio ou quente e ali, sombras não existiam. Mas a claridade também não doía nos olhos. Mais uma vez, fiquei sem palavras.
-- Sabe o que foi tudo isso? – a deusa questionou. Acenei negativamente com a cabeça. – Foi um teste. O amuleto ao qual me refiro é um dos objetos mais precisos para mim. E, como deusa, tenho também o dever de testar semideuses para ver até quão alto podem ser suas capacidades. E quero semideuses capacitados para esta missão. E semideuses em quem posso confiar. Mas não queria chamar os mesmos heróis de sempre. A história perderia a graça de todos os grandes feitos fossem realizados sempre pela mesma pessoa. Por isso, procurei por novos semideuses do acampamento e encontrei você e sua amiga, que parecem ter uma ligação muito forte (porém estranha). E eu queria saber se poderia confiar esta missão a vocês. Será que posso?
Fiquei um tempo paralisada por estas palavras. Mas eu sabia que ela podia confiar.
-- Pode sim, Afrodite. – respondei com força na voz – Mas... – continuei – o que é tudo isso?
Ela sorriu.
-- Isso é ótimo. Passarei mais instruções a você e a sua amiga em breve. E... seria bom se você também falasse com ela. Afinal, pesadelos assim podem assustar, não é?
-- Pe-pesadelos? – gaguejei. Ela riu.
-- Ah, acho que já é hora de acordar, não é mesmo?
.....
Eu saltei da cama com um grito surdo. Annabeth, que estava em uma cama perto da minha, acordou.
-- Hey... O que foi? – Perguntou ela, sonolenta.
-- Ah... – eu não sabia o que dizer – Bem, eu... Eu preciso falar com a Li.
-- Agora?
-- Sim.
-- Mas ainda é de madrugada. Ela deve estar dormindo ainda...
-- Bem... não tenho tanta certeza disso...
Annabeth fez uma cara de interrogação, mas só o que disse foi:
-- Ah... está bem. – ela bocejou e voltou a dormir – Só tenha cuidado.
-- Certo. – Respondi e me levantei, pegando meu casaco e vestindo-o. Tentei sair o mais silenciosamente possível, mas o piso de madeira do Chalé não me permitiu fazer isso. Mas, pelo menos, cheguei até a porta e, depois que passei por ela, saí correndo em direção ao chalé 11, pensando em como eu chamaria a Lilian (que dorme no fundo do Chalé), sem acordar os outros campistas dali.
Bem, descobri minha resposta assim que quase dei de cara com a Li correndo em minha direção. Paramos uma em frente à outra, ambas ainda respirando profundamente.
-- Você... Você viu aquilo? – perguntei.
-- Eu vi. Foi muito louco.
Eu só me lembro de estar correndo e de estar exausta. Mas não podia parar. Tudo aconteceu tão depressa, que fiquei horrorizada. Eu havia me perdido de Julia e dos outros. Estava escuro, eu não conhecia o lugar onde estava e havia alguma coisa vindo atrás de mim. Mas eu não fazia ideia do quê.
Eu corria e tentava ao máximo desviar dos destroços que estavam espalhados pelo caminho. Aquela explosão havia sido estrondosa. Não restou quase nada em pé, mas também não havia fogo. O ruído da coisa que vinha atrás de mim era alto. Tentei olhar, mas nada enxerguei. Era como se eu estivesse correndo de uma sombra na escuridão. Meu coração estava disparado e eu estava começando a ficar desesperada. Apertei o passo. O ruído se aproximava cada vez mais.
Eu gritei por ajuda. Deixei meu medo falar. Eu não trabalhava bem sob pressão. Lágrimas escorriam por meu rosto e isso só aumentou meu desespero. Eu gritava. E acabei caindo ao tropeçar numa pedra.
Assim, fiquei no chão, enquanto o ruído parava a minha frente. Mas eu não podia ver nada. O tal ruído não tinha um dono (pelo menos, não um dono visível) e ele ficava me circundando. Às vezes, ele até parecia com uma risada.
-- Me deixe em paz! – gritei para o vazio – Vá embora! Me deixe em paz! – e o riso retornava. Não conseguia ver nada, mas senti o peso da voz caindo sobre mim. Eu me abaixei e gritei alto.
Silêncio.
.....
-- Você vai mesmo continuar assim?
Abri os olhos, assustada. Eu ainda estava abaixada, com as mãos cobrindo minha cabeça do susto que aquela risada me pregara.
-- Ei, garota! Estou falando com você! Vai mesmo continuar assim?
Me sentei e olhei em volta. A escuridão continuava. E ela estava “falando” comigo?
-- Responda-me! – a voz gritou
-- O que? – retruquei – vou continuar assim... como? – pude ouvir um suspiro.
-- Vai continuar aí deitada? Você ainda não me devolveu meu amuleto. Onde ele está?
-- Amuleto, que... Amuleto? Espera, quem é você? Onde você está?
-- Eu sou aquela quem te pôs nesta missão. Assim como quem também colocou aquela sua amiga não-reclamada... Ah... E eu que pensei que vocês fossem conseguir...
-- Você ainda não me respondeu! Quem é você? – repeti, com força na voz, enfatizando cada palavra da pergunta.
-- Eu sou Afrodite! – a voz respondeu – E já não estou com paciência para isso... – a sombra a minha frente começou a se borrar de dourado, girando num turbilhão no meio do nada, e uma jovem deusa apareceu. Não conseguia descrevê-la. Sua aparência ficava mudando. Acho que Afrodite é mesmo como dizem: bonita para todos os olhos. Por isso, não tinha uma aparência só. – Onde está meu amuleto?
-- Ah... – engasguei – mas, senhora... Eu não sei de amuleto nenhum.
-- Ah, droga... Então acho que errei ao colocá-las nesta missão. Só agora percebo o quanto são fracas...
-- Eu não sou fraca! -- retruquei.
-- É sim – ela me interrompeu – Pelo que vi, era você quem estava fugindo agora a pouco, não era? Aqueles ruídos todos eram seus medos, e você sequer tentou enfrentá-los... E também não foi você quem fugiu e perdeu seus companheiros de missão lá trás, quando você explodiu o prédio por medo da criatura que os perseguia, não era?
-- O que? Eu não fiz isso... Mas se fizesse, seria para salvar meus amigos! E eu nem sei onde eu estou!
-- E onde eles estão? Você sabe?
Fiquei sem palavras, com medo.
-- Eu... não... sei.
-- Isso quer dizer que eles não podiam contar com você. Consequentemente, eu também não posso contar com você. Você não recuperou meu amuleto nesta missão. Você falhou...
-- Não! – eu soquei o chão, de raiva da deusa – Eu não quero... Eu não posso falhar! Eu quero cumprir isso! Quero provar que consigo, que tenho coragem e que todos podem confiar em mim!
A deusa me olhou de lado.
-- Tem certeza disso?
-- Absoluta!
Ela me encarou por um certo tempo. Parecia estar analisando as minhas emoções mais profundas. Tão profundas, que era capaz de nem eu mesma conhecê-las.
-- Está bem. – ela disse, por fim – Vou lhe dar esta chance. – Depois de dito isso, todo o cenário onde nos encontrávamos desapareceu. O que restou foi um lugar completamente branco e claro. Mas era estranho. Não sabia se tal lugar era frio ou quente e ali, sombras não existiam. Mas a claridade também não doía nos olhos. Mais uma vez, fiquei sem palavras.
-- Sabe o que foi tudo isso? – a deusa questionou. Acenei negativamente com a cabeça. – Foi um teste. O amuleto ao qual me refiro é um dos objetos mais precisos para mim. E, como deusa, tenho também o dever de testar semideuses para ver até quão alto podem ser suas capacidades. E quero semideuses capacitados para esta missão. E semideuses em quem posso confiar. Mas não queria chamar os mesmos heróis de sempre. A história perderia a graça de todos os grandes feitos fossem realizados sempre pela mesma pessoa. Por isso, procurei por novos semideuses do acampamento e encontrei você e sua amiga, que parecem ter uma ligação muito forte (porém estranha). E eu queria saber se poderia confiar esta missão a vocês. Será que posso?
Fiquei um tempo paralisada por estas palavras. Mas eu sabia que ela podia confiar.
-- Pode sim, Afrodite. – respondei com força na voz – Mas... – continuei – o que é tudo isso?
Ela sorriu.
-- Isso é ótimo. Passarei mais instruções a você e a sua amiga em breve. E... seria bom se você também falasse com ela. Afinal, pesadelos assim podem assustar, não é?
-- Pe-pesadelos? – gaguejei. Ela riu.
-- Ah, acho que já é hora de acordar, não é mesmo?
.....
Eu saltei da cama com um grito surdo. Annabeth, que estava em uma cama perto da minha, acordou.
-- Hey... O que foi? – Perguntou ela, sonolenta.
-- Ah... – eu não sabia o que dizer – Bem, eu... Eu preciso falar com a Li.
-- Agora?
-- Sim.
-- Mas ainda é de madrugada. Ela deve estar dormindo ainda...
-- Bem... não tenho tanta certeza disso...
Annabeth fez uma cara de interrogação, mas só o que disse foi:
-- Ah... está bem. – ela bocejou e voltou a dormir – Só tenha cuidado.
-- Certo. – Respondi e me levantei, pegando meu casaco e vestindo-o. Tentei sair o mais silenciosamente possível, mas o piso de madeira do Chalé não me permitiu fazer isso. Mas, pelo menos, cheguei até a porta e, depois que passei por ela, saí correndo em direção ao chalé 11, pensando em como eu chamaria a Lilian (que dorme no fundo do Chalé), sem acordar os outros campistas dali.
Bem, descobri minha resposta assim que quase dei de cara com a Li correndo em minha direção. Paramos uma em frente à outra, ambas ainda respirando profundamente.
-- Você... Você viu aquilo? – perguntei.
-- Eu vi. Foi muito louco.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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Re: The Horse and the owl
Cap.17 – Meu pior medo estava em meu pesadelo. (narração de Lilian)
Depois de meu “encontro” com Nico, achei que, quando dormisse, teria sonhos incríveis, onde Nico e eu estaríamos juntos em uma praia nos divertindo, mas parece que as parcas não planejavam isso para mim.
Em meu sonho eu estava em um lugar escuro, frio e sem vida, onde cada sombra parecia um monstro pronto para me atacar ou um buraco sem fundo onde a única saída era o calor do inferno. Eu tinha que encontrar uma saída! Era tudo em que conseguia pensar naquele momento. Comecei a andar prestando atenção a cada sombra à minha volta. Cada passo meu me trazia novos sentimentos que me dominavam rapidamente e o principal deles era o medo, junto com o desespero. E esses sentimentos pioraram quando comecei a escutar gritos... Gritos que chegavam aos meus ouvidos trazendo pedidos de socorro. No início, eu não sabia dizer de quem eles eram, mas depois eu reconheci as vozes, o que fez com que meu coração batesse 10 vezes mais rápido do que o normal... Eram os gritos de Julia, Nico, Annabeth, Percy, de minha mãe... Ou seja: gritos de todos aqueles que eu amava.
Gritei de volta para eles na tentativa de saber onde estavam, mas meus gritos mais pareciam ecos em um lugar deserto. Sem poder ajudá-los, caí no chão com as mãos em meus ouvidos na tentativa de impedir que o som chegasse até mim. Com lágrimas no rosto, esperava que esse sonho estranho finalmente acabasse e... Como se o mesmo me escutasse, o lugar que antes era escuro e frio virou um lugar quente e agradável. Olhando em volta percebi que estava numa praia, na qual minha mãe me levava quando era pequena e, no meio dela, se encontrava uma linda mulher... Tão linda que não se podia definir suas características exatas... Me aproximei e ela voltou os olhos para mim:
-- Então, Lilian, esse é seu maior medo? Saiba quen a missão da qual lhe encarregarei, você terá que passar por muitas coisas e... Uma delas é seu maior medo.
-- Meu medo? Missão? Mas que missão? E quem é você?
A mulher se aproximou de mim e disse:
-- Minha missão, querida: algo importante e poderoso foi roubado de mim e eu preciso dele de volta... Passarei mais informações mais tarde pois, por agora, está na hora de acordar... Temo que você tem coisas para resolver.
Com isso, toda a escuridão me dominou e acordei em um pulo na cama do chalé 11. Ainda com as roupas da caça a bandeira sujas em meu corpo, saí correndo do chalé. Precisava falar com Julia que, para minha surpresa, vinha correndo em minha direção. Assim que ficamos uma em frente a outra, escutei a pergunta que eu mais temia que chegasse aos meus ouvidos:
-- Você... Você viu aquilo? – ela perguntou.
-- Eu vi. Foi muito louco.
-- Como... Como foi seu pesadelo? – Julia perguntou.
Estremeci só de lembrar dele e de tudo que senti. Não aguentando segurar minhas lágrimas, acabei chorando e admitindo meus maiores medos para Julia.
-- Julia... Foi horrível! Eu estava em um lugar escuro e frio e eu escutava gritos seus, da minha mãe, Nico, Annabeth e Percy mas eu não conseguia ajudar e a cada tentativa os gritos ficavam mais altos e mais dolorosos até que tudo ficou claro e uma mulher começou a falar com...
-- Mulher? Que mulher, Li? – Julia, que só me observava e me consolava a um momento atrás, ficou meio alterada quando mencionei a mulher.
-- Eu... Eu não sei... Ela só disse que ia me encarregar de uma missão e que nessa missão eu teria que enfrentar meus maiores medos...
-- Acho que sei quem ela era... E se entendi direito, parece que eu e você sairemos para nossa primeira missão juntas, Li.
Olhei para Julia, levemente supresa:
-- Missão? Julia, como eu posso sair em uma missão se nem reclamada eu fui ainda? Nem meu pai me quer... E eu não quero ir para essa missão.
Julia me observou com um sentimento de pena no olhar.
-- Li... Não fala assim. Seu pai só está demorando um pouco para te reclamar.
Enquanto ela falava eu olhava o sol, que já estava nascendo. Logo o pessoal dos chalés iriam se levantar para um novo dia no acampamento. Julia, adivinhando meus pensamentos, disse:
-- Eu tenho que voltar para o chalé.
-- É... Eu sei – respirei fundo – A gente se vê no treino de arco e flecha.
Julia sorriu para mim:
-- Contanto que você não acerte uma flecha novamente em mim, tudo bem. – ela riu.
Revirei os olhos:
-- Ei! Eu sou boa em arco e flecha... Até acertei o Nico ontem para salvar a sua pele.
Ao falar o nome de Nico, minhas bochechas ficaram rosadas pelas lembranças de ontem a noite. Julia, percebendo isso, deu um sorriso safado e falou:
-- Hum... Você terá que me contar o que houve entre você e o Nico hoje, no treino, Lilian... Porque você, com vergonha... É muito raro.
Fiquei mais vermelha ainda. Minha sorte era que a luz do sol nascente disfarçava a cor um pouco.
-- Julia, acho melhor você ir antes que eu pegue meu arco e certe uma flecha bem nesse seu sorrisinho bobo.
Julia rapidamente se levantou e, rindo, saiu correndo para seu chalé, me deixando para trás junto com uma imensa vontade de acertar uma flecha nela. Me levantei também e fui tomar um banho bem rápido – de uns 40 minutos, mais ou menos -- para depois ir tomar café com o pessoal do chalé 11.
Depois de meu “encontro” com Nico, achei que, quando dormisse, teria sonhos incríveis, onde Nico e eu estaríamos juntos em uma praia nos divertindo, mas parece que as parcas não planejavam isso para mim.
Em meu sonho eu estava em um lugar escuro, frio e sem vida, onde cada sombra parecia um monstro pronto para me atacar ou um buraco sem fundo onde a única saída era o calor do inferno. Eu tinha que encontrar uma saída! Era tudo em que conseguia pensar naquele momento. Comecei a andar prestando atenção a cada sombra à minha volta. Cada passo meu me trazia novos sentimentos que me dominavam rapidamente e o principal deles era o medo, junto com o desespero. E esses sentimentos pioraram quando comecei a escutar gritos... Gritos que chegavam aos meus ouvidos trazendo pedidos de socorro. No início, eu não sabia dizer de quem eles eram, mas depois eu reconheci as vozes, o que fez com que meu coração batesse 10 vezes mais rápido do que o normal... Eram os gritos de Julia, Nico, Annabeth, Percy, de minha mãe... Ou seja: gritos de todos aqueles que eu amava.
Gritei de volta para eles na tentativa de saber onde estavam, mas meus gritos mais pareciam ecos em um lugar deserto. Sem poder ajudá-los, caí no chão com as mãos em meus ouvidos na tentativa de impedir que o som chegasse até mim. Com lágrimas no rosto, esperava que esse sonho estranho finalmente acabasse e... Como se o mesmo me escutasse, o lugar que antes era escuro e frio virou um lugar quente e agradável. Olhando em volta percebi que estava numa praia, na qual minha mãe me levava quando era pequena e, no meio dela, se encontrava uma linda mulher... Tão linda que não se podia definir suas características exatas... Me aproximei e ela voltou os olhos para mim:
-- Então, Lilian, esse é seu maior medo? Saiba quen a missão da qual lhe encarregarei, você terá que passar por muitas coisas e... Uma delas é seu maior medo.
-- Meu medo? Missão? Mas que missão? E quem é você?
A mulher se aproximou de mim e disse:
-- Minha missão, querida: algo importante e poderoso foi roubado de mim e eu preciso dele de volta... Passarei mais informações mais tarde pois, por agora, está na hora de acordar... Temo que você tem coisas para resolver.
Com isso, toda a escuridão me dominou e acordei em um pulo na cama do chalé 11. Ainda com as roupas da caça a bandeira sujas em meu corpo, saí correndo do chalé. Precisava falar com Julia que, para minha surpresa, vinha correndo em minha direção. Assim que ficamos uma em frente a outra, escutei a pergunta que eu mais temia que chegasse aos meus ouvidos:
-- Você... Você viu aquilo? – ela perguntou.
-- Eu vi. Foi muito louco.
-- Como... Como foi seu pesadelo? – Julia perguntou.
Estremeci só de lembrar dele e de tudo que senti. Não aguentando segurar minhas lágrimas, acabei chorando e admitindo meus maiores medos para Julia.
-- Julia... Foi horrível! Eu estava em um lugar escuro e frio e eu escutava gritos seus, da minha mãe, Nico, Annabeth e Percy mas eu não conseguia ajudar e a cada tentativa os gritos ficavam mais altos e mais dolorosos até que tudo ficou claro e uma mulher começou a falar com...
-- Mulher? Que mulher, Li? – Julia, que só me observava e me consolava a um momento atrás, ficou meio alterada quando mencionei a mulher.
-- Eu... Eu não sei... Ela só disse que ia me encarregar de uma missão e que nessa missão eu teria que enfrentar meus maiores medos...
-- Acho que sei quem ela era... E se entendi direito, parece que eu e você sairemos para nossa primeira missão juntas, Li.
Olhei para Julia, levemente supresa:
-- Missão? Julia, como eu posso sair em uma missão se nem reclamada eu fui ainda? Nem meu pai me quer... E eu não quero ir para essa missão.
Julia me observou com um sentimento de pena no olhar.
-- Li... Não fala assim. Seu pai só está demorando um pouco para te reclamar.
Enquanto ela falava eu olhava o sol, que já estava nascendo. Logo o pessoal dos chalés iriam se levantar para um novo dia no acampamento. Julia, adivinhando meus pensamentos, disse:
-- Eu tenho que voltar para o chalé.
-- É... Eu sei – respirei fundo – A gente se vê no treino de arco e flecha.
Julia sorriu para mim:
-- Contanto que você não acerte uma flecha novamente em mim, tudo bem. – ela riu.
Revirei os olhos:
-- Ei! Eu sou boa em arco e flecha... Até acertei o Nico ontem para salvar a sua pele.
Ao falar o nome de Nico, minhas bochechas ficaram rosadas pelas lembranças de ontem a noite. Julia, percebendo isso, deu um sorriso safado e falou:
-- Hum... Você terá que me contar o que houve entre você e o Nico hoje, no treino, Lilian... Porque você, com vergonha... É muito raro.
Fiquei mais vermelha ainda. Minha sorte era que a luz do sol nascente disfarçava a cor um pouco.
-- Julia, acho melhor você ir antes que eu pegue meu arco e certe uma flecha bem nesse seu sorrisinho bobo.
Julia rapidamente se levantou e, rindo, saiu correndo para seu chalé, me deixando para trás junto com uma imensa vontade de acertar uma flecha nela. Me levantei também e fui tomar um banho bem rápido – de uns 40 minutos, mais ou menos -- para depois ir tomar café com o pessoal do chalé 11.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 18 – Preparação (narração de Julia)
À tarde, forcei-me a me focar no treinamento. Eu ainda estava meio abalada devido aos pesadelos e preocupada com o fato de sairmos em uma missão. Eu não me sentia preparada para isso! E aposto que Lilian também não. Eu errava o alvo em quase todas as vezes que atirei as flechas. Minha concentração estava a zero e para ajudar, Lilian não estava ali. Provavelmente estava em outra atividade do acampamento juntamente com o pessoal do chalé 11. Agora que fui reclamada, nossos treinamentos eram um tanto distintos.
-- Julia? – Annabeth me chamou – Está tudo bem? – Olhei para ela com uma cara de quem não dormia a uma semana.
-- Não... Exatamente. Quero dizer, é complicado, é... – me enrolei toda na hora de falar – Ai, eu preciso contar, mas não sei nem por onde começar.
Annabeth me olhava com muita atenção. Depois guardou o arco e as flechas:
-- Vamos andar um pouco e conversar.
.....
Andamos por um bom tempo, fazendo um novo tour pelo acampamento. O ar fresco e o cheiro dos campos de morangos me acalmavam de certa forma. Lentamente e escolhendo bem as palavras, relatei para Annabeth os sonhos meu e de Lilian, e de como ambas os tivemos na mesma noite e com a mesma situação. Ela ouvia atentamente às minhas palavras.
O dia passava e eu podia perceber os campistas trocando de atividades no decorrer do tempo. Mas eu não conseguia prender minha atenção a nada, especificamente. Quando terminei de falar, percebi que até então eu soltava as palavras sem nem respirar entre elas. Tive que recuperar o fôlego antes de perguntar:
-- E então? O que devemos fazer?
Annabeth suspirou, a testa franzida e a mente trabalhando.
-- Bem, em primeiro lugar, quero que você e Lilian saibam que esses sonhos estranhos, entre os semideuses, é bastante normal. E em segundo, se era mesmo Afrodite lhes passando uma missão... Bom, receio que deveriam contatar nosso oráculo.
-- Rachel?
-- Sim. Normalmente, as missões têm uma profecia por detrás delas, e às vezes, elas podem nos dar pistas valiosas.
-- Entendo... E, onde posso encontrar Rachel? Já faz um tempo que não a vejo.
-- É. Rachel não costuma ficar muito com os campistas. E muitas vezes nem fica no acampamento. Mas creio que ela está aqui. Só não sei bem onde... Vou falar com Quíron sobre tudo o que acabou de me dizer e perguntar por ela, assim podem conversar mais tarde, ok?
Assenti e agradeci Annabeth por sempre estar ali para me ajudar. Ela saiu para a Casa-Grande e pediu para que eu voltasse ao treinamento, já que agora estaria muito mais calma por desabafar tudo o que vinha me tirando o sono.
No caminho, me encontrei com Lilian, acompanhando seu chalé para o treinamento de equitação com os pégasus. Corri até ela no meio da multidão.
-- Hey, Li! Falei com Annabeth sobre nossos sonhos e a história da missão. Ela disse que vai nos levar para falar com Rachel, o oráculo.
-- Mas isso tudo é mesmo verdade? – Lilian me perguntou com uma voz e expressão de cachorrinho. – Quero dizer, vamos mesmo sair nessa missão?
-- Creio que sim. Annabeth disse que sonhos são muitos comuns entre semideuses e que eles nos dizem muita coisa.
-- Hum...
-- O que foi? Não quer ir?
-- Não é isso, é que... Eu só... Estou preocupada. E um pouco nervosa também.
-- Então somos duas. – eu disse e nós rimos um pouco. Lilian sempre parecia se alegrar depois de uma piadinha sem graça.
-- Bem – ela continuou – então acho melhor voltarmos ao treinamento, não é?
-- É sim. Vou procurar o pessoal do meu chalé. Sabia que é chato treinar sem você?
-- Sabia sim. Eu sou incrível mesmo!
-- Convencida!
-- Foi você quem disse! – Nós gargalhamos.
-- Bem – disse eu, por fim – vou indo. Até mais, Li!
-- Até.
.....
Na hora do jantar, encontrei-me com Annabeth na mesa de Atena.
-- Hey, Julia. – ela me chamou – conversei com Quíron e com Rachel. Ela estará esperando você e Lilian após o jantar, na Casa-Grande.
-- Ah, isso é ótimo. Obrigada.
Ela sorriu e saiu para conversar com Percy. Eu estava sem fome, assim como Lilian. Percebi isso quando olhei para ela na mesa de Hermes e ela apontou o caminho com o dedo para fora do pavilhão. Nos levantamos e saímos. Contei-lhe sobre Rachel e minha curiosidade sobre nossa futura profecia (se tivéssemos uma). Lilian concordou comigo sobre isso e saímos a andar lentamente em direção à Casa-Grande, conversando sobre o que poderia nos acontecer assim que puséssemos os pés para fora dos limites do acampamento.
Não demorou muito para chegarmos ao local onde uma garota ruiva e com a camisa e a calça sujas de tinta nos recebeu.
Rachel era muito legal, mas mesmo assim eu a temia. Afinal, a que nos levaria a nossa profecia?
À tarde, forcei-me a me focar no treinamento. Eu ainda estava meio abalada devido aos pesadelos e preocupada com o fato de sairmos em uma missão. Eu não me sentia preparada para isso! E aposto que Lilian também não. Eu errava o alvo em quase todas as vezes que atirei as flechas. Minha concentração estava a zero e para ajudar, Lilian não estava ali. Provavelmente estava em outra atividade do acampamento juntamente com o pessoal do chalé 11. Agora que fui reclamada, nossos treinamentos eram um tanto distintos.
-- Julia? – Annabeth me chamou – Está tudo bem? – Olhei para ela com uma cara de quem não dormia a uma semana.
-- Não... Exatamente. Quero dizer, é complicado, é... – me enrolei toda na hora de falar – Ai, eu preciso contar, mas não sei nem por onde começar.
Annabeth me olhava com muita atenção. Depois guardou o arco e as flechas:
-- Vamos andar um pouco e conversar.
.....
Andamos por um bom tempo, fazendo um novo tour pelo acampamento. O ar fresco e o cheiro dos campos de morangos me acalmavam de certa forma. Lentamente e escolhendo bem as palavras, relatei para Annabeth os sonhos meu e de Lilian, e de como ambas os tivemos na mesma noite e com a mesma situação. Ela ouvia atentamente às minhas palavras.
O dia passava e eu podia perceber os campistas trocando de atividades no decorrer do tempo. Mas eu não conseguia prender minha atenção a nada, especificamente. Quando terminei de falar, percebi que até então eu soltava as palavras sem nem respirar entre elas. Tive que recuperar o fôlego antes de perguntar:
-- E então? O que devemos fazer?
Annabeth suspirou, a testa franzida e a mente trabalhando.
-- Bem, em primeiro lugar, quero que você e Lilian saibam que esses sonhos estranhos, entre os semideuses, é bastante normal. E em segundo, se era mesmo Afrodite lhes passando uma missão... Bom, receio que deveriam contatar nosso oráculo.
-- Rachel?
-- Sim. Normalmente, as missões têm uma profecia por detrás delas, e às vezes, elas podem nos dar pistas valiosas.
-- Entendo... E, onde posso encontrar Rachel? Já faz um tempo que não a vejo.
-- É. Rachel não costuma ficar muito com os campistas. E muitas vezes nem fica no acampamento. Mas creio que ela está aqui. Só não sei bem onde... Vou falar com Quíron sobre tudo o que acabou de me dizer e perguntar por ela, assim podem conversar mais tarde, ok?
Assenti e agradeci Annabeth por sempre estar ali para me ajudar. Ela saiu para a Casa-Grande e pediu para que eu voltasse ao treinamento, já que agora estaria muito mais calma por desabafar tudo o que vinha me tirando o sono.
No caminho, me encontrei com Lilian, acompanhando seu chalé para o treinamento de equitação com os pégasus. Corri até ela no meio da multidão.
-- Hey, Li! Falei com Annabeth sobre nossos sonhos e a história da missão. Ela disse que vai nos levar para falar com Rachel, o oráculo.
-- Mas isso tudo é mesmo verdade? – Lilian me perguntou com uma voz e expressão de cachorrinho. – Quero dizer, vamos mesmo sair nessa missão?
-- Creio que sim. Annabeth disse que sonhos são muitos comuns entre semideuses e que eles nos dizem muita coisa.
-- Hum...
-- O que foi? Não quer ir?
-- Não é isso, é que... Eu só... Estou preocupada. E um pouco nervosa também.
-- Então somos duas. – eu disse e nós rimos um pouco. Lilian sempre parecia se alegrar depois de uma piadinha sem graça.
-- Bem – ela continuou – então acho melhor voltarmos ao treinamento, não é?
-- É sim. Vou procurar o pessoal do meu chalé. Sabia que é chato treinar sem você?
-- Sabia sim. Eu sou incrível mesmo!
-- Convencida!
-- Foi você quem disse! – Nós gargalhamos.
-- Bem – disse eu, por fim – vou indo. Até mais, Li!
-- Até.
.....
Na hora do jantar, encontrei-me com Annabeth na mesa de Atena.
-- Hey, Julia. – ela me chamou – conversei com Quíron e com Rachel. Ela estará esperando você e Lilian após o jantar, na Casa-Grande.
-- Ah, isso é ótimo. Obrigada.
Ela sorriu e saiu para conversar com Percy. Eu estava sem fome, assim como Lilian. Percebi isso quando olhei para ela na mesa de Hermes e ela apontou o caminho com o dedo para fora do pavilhão. Nos levantamos e saímos. Contei-lhe sobre Rachel e minha curiosidade sobre nossa futura profecia (se tivéssemos uma). Lilian concordou comigo sobre isso e saímos a andar lentamente em direção à Casa-Grande, conversando sobre o que poderia nos acontecer assim que puséssemos os pés para fora dos limites do acampamento.
Não demorou muito para chegarmos ao local onde uma garota ruiva e com a camisa e a calça sujas de tinta nos recebeu.
Rachel era muito legal, mas mesmo assim eu a temia. Afinal, a que nos levaria a nossa profecia?
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Re: The Horse and the owl
Cap. 19 – A profecia (narração de Lilian).
Quando Julia me disse que iríamos para a Casa Grande receber nossa profecia, esperava que a mesma fosse entregue em um papel bonitinho, escrito mais ou menos assim: “Vão até Londres, encontrem o ladrão que roubou não sei o que de Afrodite e voltem para o acampamento antes que sejam devoradas por monstros”. Logo iria perceber que não seria assim...
Quando Julia e eu chegamos à Casa Grande, vimos nossa amiga Rachel já nos esperando na varanda. Assim que ela nos avistou, disse:
-- Julia, Lilian... Como vão? – Disse ela, nos abraçando.
-- Bem -- respondemos juntas.
Todas nós rimos. Depois disso, Rachel nos guiou por um caminho diferente até o lugar onde ela ficava quando não estava no internato para moças. Enquanto andávamos, ela nos contava sobre suas aventuras e o que teve que enfrentar no passado, com Percy e Annabeth. Nos contou inclusive de ter lançado uma escova de cabelo azul no olho de um Titã mal-humorado. Julia e eu rimos muito dessa parte, pois quem iria dizer que uma escova de cabelo poderia ser usada como arma?
Rachel nos levou até o lado norte do acampamento, onde começava a floresta que marcava a fronteira do mesmo. Lá, as escondidas, havia uma Gruta bem grande e em torno da dela, o chão estava coberto de espadas e ossos, com tochas na entrada e uma cortina de veludo vermelho com bordados púrpura de cobras... Bem misterioso... Rachel parou na frente da cortina:
-- Chegamos garotas. É aqui que fico quando não estou estudando.
Julia e eu olhamos para a Rachel com uma cara de deboche.
-- Sério, Rachel? Aqui é uma gruta! Não dá para você viver aqui ! -- retruquei.
Rachel, com um sorriso, contrariou-me:
-- Claro que dá! Foi o próprio Apolo quem a construiu. Vamos, entrem.
Julia olhou para mim e em seu olhar pude ler uma mensagem bem clara: “não entre aí! Rachel é louca!” Dei os ombros e entrei deixando Rachel e Julia para trás.
Assim que entrei fiquei em choque: a gruta, por dentro, era literalmente um apartamento decorado com direito a uma sala de jogos e um sistema de Home Theater! Não consegui acreditar. Fiquei em transe total, só saindo desse quando minha linda amiga me deu um beliscão no braço.
-- Aiii, Julia! Será que dá para você achar outro modo de me tirar de transe? Esse dói. – reclamei massageando o local beliscado.
Julia e Rachel deram risadas.
-- Oras Lilian, eu lá tenho culpa por você entra em transe? É sua cabeça que é muito fraca. Qualquer coisa consegue te deixar hipnotizada. - Disse julia entre as risadas.
Revirei os olhos para ela e voltei a observar a “gruta misteriosa” de Rachel.
-- Aqui é muito legal, Rachel. Mas porque você não pode ficar na Casa Grande ou em algum chalé? – perguntei.
-- Porque ela é o Oráculo. -- respondeu Julia.
-- Mas você não pode ser o oráculo fora daqui? – questionei.
-- Posso. Mas aqui dá um toque a mais para minhas profecias... Mais mistério e suspense, vocês sabem.
-- Ah, tá -- disse me jogando em um pufe.
Julia fez o mesmo se sentando em uma poltrona ao meu lado, mas bem mais delicada do que eu. Depois de se ajeitar, se virou para Rachel com a testa franzida e falou séria:
-- Rachel, acho que Annabeth te contou o porquê de querermos uma profecia, não?
Rachel foi se sentar numa poltrona maior, no outro lado da sala e ficou de frente para nós:
-- Sim. Ela me disse que vocês duas tiveram um pesadelo em comum, certo?
-- Sim – disse Julia.
Rachel, olhou bem para nós:
-- Me contem sobre o pesadelo.
Depois disso, Julia e eu passamos a explicar-lhe sobre o sonho da melhor forma que podíamos, até expondo alguns sentimentos e nossos medos, acabando por fim, na mulher misteriosa que, pela dedução de Julia, era a deusa Afrodite.
Depois de contarmos tudo a Rachel, ela fechou os olhos e respirou fundo:
-- O pesadelo de vocês foi um aviso que Afrodite enviou para se prepararem para a missão que iriam receber. Agora, a pergunta é: vocês estão preparadas para receber essa missão?
Rachel terminou de falar isso olhando alternadamente para cada uma de nós, esperando uma resposta. Sem confiar em minha voz, apenas assenti com a cabeça .
-- E você Julia ? – perguntou-lhe.
-- Sim.
-- Então o oráculo está pronto para recebê-las. – Ela anunciou-nos.
-- Como assim “recebê-las”? – quis saber.
-- Você verá: façam-me uma pergunta que tenha a ver com a missão que o oráculo irá lhes responder.
Olhei para Julia, pedindo com o olhar para que ela fizesse a pergunta, pois se tivesse que fazê-la, era bem provável que iria fazer a pergunta errada. Julia respirou bem fundo antes de falar:
-- Qual é nosso caminho nesta missão?
Olhei para Rachel para ver o que iria acontecer... Me arrependi profundamente da ação. Em volta do corpo dela, apareceu uma nuvem verde que adentrou na sua boca. Então Rachel começou a falar, mas a voz não era a dela, mas sim uma voz rouca super-sinistra:
"Para oeste os quatro devem migrar
A espera do objeto com o ladrão encontrar
E a criança filha da maldição irá se reconhecer
Porém com as bestas terão que se envolver
No caminho a morte hão de encontrar
E cuidado tomar com os filhos do mar"
Depois disso, nem eu e nem Julia reagimos a nada. Sequer nos mexemos quando vimos nossa amiga Rachel caindo no chão desmaiada. Não escutávamos mais nada a não ser a voz que penetrou nossas cabeças dizendo tais palavras que nossas mentes lutavam para decifrar. Não reagimos a nada.
Quando Julia me disse que iríamos para a Casa Grande receber nossa profecia, esperava que a mesma fosse entregue em um papel bonitinho, escrito mais ou menos assim: “Vão até Londres, encontrem o ladrão que roubou não sei o que de Afrodite e voltem para o acampamento antes que sejam devoradas por monstros”. Logo iria perceber que não seria assim...
Quando Julia e eu chegamos à Casa Grande, vimos nossa amiga Rachel já nos esperando na varanda. Assim que ela nos avistou, disse:
-- Julia, Lilian... Como vão? – Disse ela, nos abraçando.
-- Bem -- respondemos juntas.
Todas nós rimos. Depois disso, Rachel nos guiou por um caminho diferente até o lugar onde ela ficava quando não estava no internato para moças. Enquanto andávamos, ela nos contava sobre suas aventuras e o que teve que enfrentar no passado, com Percy e Annabeth. Nos contou inclusive de ter lançado uma escova de cabelo azul no olho de um Titã mal-humorado. Julia e eu rimos muito dessa parte, pois quem iria dizer que uma escova de cabelo poderia ser usada como arma?
Rachel nos levou até o lado norte do acampamento, onde começava a floresta que marcava a fronteira do mesmo. Lá, as escondidas, havia uma Gruta bem grande e em torno da dela, o chão estava coberto de espadas e ossos, com tochas na entrada e uma cortina de veludo vermelho com bordados púrpura de cobras... Bem misterioso... Rachel parou na frente da cortina:
-- Chegamos garotas. É aqui que fico quando não estou estudando.
Julia e eu olhamos para a Rachel com uma cara de deboche.
-- Sério, Rachel? Aqui é uma gruta! Não dá para você viver aqui ! -- retruquei.
Rachel, com um sorriso, contrariou-me:
-- Claro que dá! Foi o próprio Apolo quem a construiu. Vamos, entrem.
Julia olhou para mim e em seu olhar pude ler uma mensagem bem clara: “não entre aí! Rachel é louca!” Dei os ombros e entrei deixando Rachel e Julia para trás.
Assim que entrei fiquei em choque: a gruta, por dentro, era literalmente um apartamento decorado com direito a uma sala de jogos e um sistema de Home Theater! Não consegui acreditar. Fiquei em transe total, só saindo desse quando minha linda amiga me deu um beliscão no braço.
-- Aiii, Julia! Será que dá para você achar outro modo de me tirar de transe? Esse dói. – reclamei massageando o local beliscado.
Julia e Rachel deram risadas.
-- Oras Lilian, eu lá tenho culpa por você entra em transe? É sua cabeça que é muito fraca. Qualquer coisa consegue te deixar hipnotizada. - Disse julia entre as risadas.
Revirei os olhos para ela e voltei a observar a “gruta misteriosa” de Rachel.
-- Aqui é muito legal, Rachel. Mas porque você não pode ficar na Casa Grande ou em algum chalé? – perguntei.
-- Porque ela é o Oráculo. -- respondeu Julia.
-- Mas você não pode ser o oráculo fora daqui? – questionei.
-- Posso. Mas aqui dá um toque a mais para minhas profecias... Mais mistério e suspense, vocês sabem.
-- Ah, tá -- disse me jogando em um pufe.
Julia fez o mesmo se sentando em uma poltrona ao meu lado, mas bem mais delicada do que eu. Depois de se ajeitar, se virou para Rachel com a testa franzida e falou séria:
-- Rachel, acho que Annabeth te contou o porquê de querermos uma profecia, não?
Rachel foi se sentar numa poltrona maior, no outro lado da sala e ficou de frente para nós:
-- Sim. Ela me disse que vocês duas tiveram um pesadelo em comum, certo?
-- Sim – disse Julia.
Rachel, olhou bem para nós:
-- Me contem sobre o pesadelo.
Depois disso, Julia e eu passamos a explicar-lhe sobre o sonho da melhor forma que podíamos, até expondo alguns sentimentos e nossos medos, acabando por fim, na mulher misteriosa que, pela dedução de Julia, era a deusa Afrodite.
Depois de contarmos tudo a Rachel, ela fechou os olhos e respirou fundo:
-- O pesadelo de vocês foi um aviso que Afrodite enviou para se prepararem para a missão que iriam receber. Agora, a pergunta é: vocês estão preparadas para receber essa missão?
Rachel terminou de falar isso olhando alternadamente para cada uma de nós, esperando uma resposta. Sem confiar em minha voz, apenas assenti com a cabeça .
-- E você Julia ? – perguntou-lhe.
-- Sim.
-- Então o oráculo está pronto para recebê-las. – Ela anunciou-nos.
-- Como assim “recebê-las”? – quis saber.
-- Você verá: façam-me uma pergunta que tenha a ver com a missão que o oráculo irá lhes responder.
Olhei para Julia, pedindo com o olhar para que ela fizesse a pergunta, pois se tivesse que fazê-la, era bem provável que iria fazer a pergunta errada. Julia respirou bem fundo antes de falar:
-- Qual é nosso caminho nesta missão?
Olhei para Rachel para ver o que iria acontecer... Me arrependi profundamente da ação. Em volta do corpo dela, apareceu uma nuvem verde que adentrou na sua boca. Então Rachel começou a falar, mas a voz não era a dela, mas sim uma voz rouca super-sinistra:
"Para oeste os quatro devem migrar
A espera do objeto com o ladrão encontrar
E a criança filha da maldição irá se reconhecer
Porém com as bestas terão que se envolver
No caminho a morte hão de encontrar
E cuidado tomar com os filhos do mar"
Depois disso, nem eu e nem Julia reagimos a nada. Sequer nos mexemos quando vimos nossa amiga Rachel caindo no chão desmaiada. Não escutávamos mais nada a não ser a voz que penetrou nossas cabeças dizendo tais palavras que nossas mentes lutavam para decifrar. Não reagimos a nada.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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Data de inscrição : 13/10/2011
Idade : 27
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Ficha do personagem
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Re: The Horse and the owl
Cap. 20 – Dizemos Adeus (narração de Julia)
Nós não fazíamos ideia do que fazer em uma situação onde uma garota desmaia estranhamente em uma gruta-apartamento após recitar uma profecia que decidiria o destino de duas de suas amigas. Ficamos completamente estáticas por algum momento, até conseguirmos retomar a consciência.
Mandei Lilian ir procurar por um pouco de água e um pano enquanto me abaixava ao lado de Rachel e colocava uma almofada sob sua cabeça. Chamei seu nome, mas ela não acordou.
-- Sabe, eu só acho que essa gruta é um tanto longe do acampamento nesses momentos... – Lilian disse se aproximando com os itens pedidos.
-- É mesmo. – concordei – ainda mais quando quem está junto com ela desmaiada não sabe o que fazer.
Soltei um risinho. Agora já estávamos aparentemente mais calmas, embora nossas mentes ainda estivessem a mil. Molhei o pano com a água gelada e o coloquei sobre a testa de Rachel. Um tempo depois ela acordou, ainda sonolenta:
-- Oi. – ela disse, a voz fraca.
-- Pelos Deuses, Rachel! Que susto que você nos deu! – Lilian disparou. Rachel sorriu:
-- Isso sempre acontece após eu recitar uma profecia. Eu meio que já me acostumei.
-- Então deveria tentar recitá-las na casa-grande, onde há mais gente que possa te socorrer.
Ela deu de ombros e se sentou:
-- E então? Qual foi a profecia?
.....
Conversamos por um tempo ainda na gruta. Relembramos os versos da profecia e nosso nervosismo voltou. Pensei que, talvez, o lugar onde estávamos também não me fizesse bem. Depois de tudo aquilo, a gruta ficou com um ar meio amedrontador. Eu queria sair dali, e fiquei muito aliviada quando o fizemos.
Caminhamos lentamente de volta ao acampamento, mas ar fresco que batia em meu rosto infelizmente não levava embora minha preocupação. Eu andava quieta enquanto ouvia Lilian fazendo Rachel transbordar de tantas perguntas sobre a missão. Eu ouvia todas as respostas, mas estava sem cabeça para dar-lhes a devida atenção.
Chegamos ao acampamento e fomos direto à casa-grande. Lá encontramos Quíron, Percy, Annabeth e o Sr. D (já fazia um tempo que eu não o via). Todos os olhos se voltaram para nós assim que entramos na sala principal.
-- E então? Receberam a profecia? – Quíron perguntou, eu sua cadeira de rodas.
-- Sim – disse eu. – Quer que a recitemos?
-- Por favor.
Suspirei, relembrando as palavras devagar, com a ajuda de Lilian:
"Para oeste os quatro devem migrar
A espera do objeto com o ladrão encontrar
E a criança filha da maldição irá se reconhecer
Porém com as bestas terão que se envolver
No caminho a morte hão de encontrar
E cuidado tomar com os filhos do mar"
Silêncio foi o que se seguiu na sala. Eu não podia ver, mas tinha certeza de que todas as mentes ali trabalhavam numa interpretação para o texto dito. Bem, todas menos a do Sr. D, que após um tempinho transformou a água de seu copo em vinho, dando uma risada abafada e mexendo em algumas cartas de baralho sobre a mesa.
-- Bem, -- disse Quíron, enfim – vamos por partes: a profecia diz que quatro semideuses deverão migrar para oeste. Então vocês já têm uma direção, mas ainda lhes faltam os dois companheiros de viagem.
-- Mas é só isso mesmo? – Lilian foge do assunto.
-- O que?
-- Quero dizer, a profecia nos deu uma direção, mas não um lugar específico... O oeste pode ser para qualquer lugar naquela direção – disse Lilian, apontando para o leste, sem perceber – Além do mais, se seguirmos sempre para oeste, em algum momento, chegaríamos aqui novamente... Onde devemos parar?
-- É aí que entram os outros versos da profecia – disse Annabeth – com o passar da missão e dos desafios, as coisas vão ficando mais claras.
-- É verdade. Além disso, eu me lembro que você disse que os versos da profecia têm duplo sentido. – recordei. Ela assentiu:
-- E então? Alguma ideia de sobre quem vão levar com vocês?
Silêncio novamente. Fazia pouco tempo desde que Lilian e eu chegamos ali e por isso não conhecíamos todo mundo. Pensei em chamar Annabeth e Percy para irem conosco, mas me lembrei do que Afrodite disse em meus sonhos: “A história perderia a graça se todos os grandes feitos fossem realizados sempre pela mesma pessoa.” Então passei a pensar em outras possibilidades.
-- Ei, Li. Você conhece alguém que possa nos ajudar com isso? – perguntei. Ela se pôs a pensar, uma mão coçando a cabeça.
-- Tem uma garota do chalé 11, com quem eu sempre converso quando estamos em treinamento. Alice, o nome dela. É muito boa com espadas e arco-e-flecha e é bem divertida.
-- Será que ela toparia sair em uma missão suicida com a gente? – brinquei.
-- Talvez – Lilian deu de ombros – às vezes ela é louca que nem eu. – ela riu – amanhã de manhã eu falo com ela.
-- Certo...
-- E você, Ju? Alguma ideia?
Coloquei-me a pensar. Em não tinha muita afinidade com o pessoal do chalé 6. Embora fossem meus irmãos maternos, nunca me aproximei muito de nenhum deles, nem mesmo durante os treinamentos.
-- Quando vamos partir? – mudei de assunto – A profecia não nos forneceu um tempo...
-- Olha... Não seria bom esperar muito. O quanto antes partirem, melhor. – Disse Quíron.
-- Certto... posso escolher o quarto componente amanhã?
Quíron pareceu ficar duvidoso quanto à isso. Mas acabou concordando, visto que esta seria minha primeira missão e que eu estava muito nervosa. Então continuamos a reunião até bem tarde, decidindo e discutindo detalhes e possíveis desafios que poderíamos vir a enfrentar em nossa jornada.
Terminada a reunião, nos despedimos do pessoal na casa-grande e já estávamos de saída, quando ouço, pela primeira vez naquele dia, a voz do Sr. D sentado à mesa, ainda mexendo em suas cartas:
-- Só acho bom que não demorem muito para partirem. – olhei para ele da porta e ele devolveu o olhar, com um sorriso um tanto travesso no rosto:
-- Deuses não gostam de esperar.
Nós não fazíamos ideia do que fazer em uma situação onde uma garota desmaia estranhamente em uma gruta-apartamento após recitar uma profecia que decidiria o destino de duas de suas amigas. Ficamos completamente estáticas por algum momento, até conseguirmos retomar a consciência.
Mandei Lilian ir procurar por um pouco de água e um pano enquanto me abaixava ao lado de Rachel e colocava uma almofada sob sua cabeça. Chamei seu nome, mas ela não acordou.
-- Sabe, eu só acho que essa gruta é um tanto longe do acampamento nesses momentos... – Lilian disse se aproximando com os itens pedidos.
-- É mesmo. – concordei – ainda mais quando quem está junto com ela desmaiada não sabe o que fazer.
Soltei um risinho. Agora já estávamos aparentemente mais calmas, embora nossas mentes ainda estivessem a mil. Molhei o pano com a água gelada e o coloquei sobre a testa de Rachel. Um tempo depois ela acordou, ainda sonolenta:
-- Oi. – ela disse, a voz fraca.
-- Pelos Deuses, Rachel! Que susto que você nos deu! – Lilian disparou. Rachel sorriu:
-- Isso sempre acontece após eu recitar uma profecia. Eu meio que já me acostumei.
-- Então deveria tentar recitá-las na casa-grande, onde há mais gente que possa te socorrer.
Ela deu de ombros e se sentou:
-- E então? Qual foi a profecia?
.....
Conversamos por um tempo ainda na gruta. Relembramos os versos da profecia e nosso nervosismo voltou. Pensei que, talvez, o lugar onde estávamos também não me fizesse bem. Depois de tudo aquilo, a gruta ficou com um ar meio amedrontador. Eu queria sair dali, e fiquei muito aliviada quando o fizemos.
Caminhamos lentamente de volta ao acampamento, mas ar fresco que batia em meu rosto infelizmente não levava embora minha preocupação. Eu andava quieta enquanto ouvia Lilian fazendo Rachel transbordar de tantas perguntas sobre a missão. Eu ouvia todas as respostas, mas estava sem cabeça para dar-lhes a devida atenção.
Chegamos ao acampamento e fomos direto à casa-grande. Lá encontramos Quíron, Percy, Annabeth e o Sr. D (já fazia um tempo que eu não o via). Todos os olhos se voltaram para nós assim que entramos na sala principal.
-- E então? Receberam a profecia? – Quíron perguntou, eu sua cadeira de rodas.
-- Sim – disse eu. – Quer que a recitemos?
-- Por favor.
Suspirei, relembrando as palavras devagar, com a ajuda de Lilian:
"Para oeste os quatro devem migrar
A espera do objeto com o ladrão encontrar
E a criança filha da maldição irá se reconhecer
Porém com as bestas terão que se envolver
No caminho a morte hão de encontrar
E cuidado tomar com os filhos do mar"
Silêncio foi o que se seguiu na sala. Eu não podia ver, mas tinha certeza de que todas as mentes ali trabalhavam numa interpretação para o texto dito. Bem, todas menos a do Sr. D, que após um tempinho transformou a água de seu copo em vinho, dando uma risada abafada e mexendo em algumas cartas de baralho sobre a mesa.
-- Bem, -- disse Quíron, enfim – vamos por partes: a profecia diz que quatro semideuses deverão migrar para oeste. Então vocês já têm uma direção, mas ainda lhes faltam os dois companheiros de viagem.
-- Mas é só isso mesmo? – Lilian foge do assunto.
-- O que?
-- Quero dizer, a profecia nos deu uma direção, mas não um lugar específico... O oeste pode ser para qualquer lugar naquela direção – disse Lilian, apontando para o leste, sem perceber – Além do mais, se seguirmos sempre para oeste, em algum momento, chegaríamos aqui novamente... Onde devemos parar?
-- É aí que entram os outros versos da profecia – disse Annabeth – com o passar da missão e dos desafios, as coisas vão ficando mais claras.
-- É verdade. Além disso, eu me lembro que você disse que os versos da profecia têm duplo sentido. – recordei. Ela assentiu:
-- E então? Alguma ideia de sobre quem vão levar com vocês?
Silêncio novamente. Fazia pouco tempo desde que Lilian e eu chegamos ali e por isso não conhecíamos todo mundo. Pensei em chamar Annabeth e Percy para irem conosco, mas me lembrei do que Afrodite disse em meus sonhos: “A história perderia a graça se todos os grandes feitos fossem realizados sempre pela mesma pessoa.” Então passei a pensar em outras possibilidades.
-- Ei, Li. Você conhece alguém que possa nos ajudar com isso? – perguntei. Ela se pôs a pensar, uma mão coçando a cabeça.
-- Tem uma garota do chalé 11, com quem eu sempre converso quando estamos em treinamento. Alice, o nome dela. É muito boa com espadas e arco-e-flecha e é bem divertida.
-- Será que ela toparia sair em uma missão suicida com a gente? – brinquei.
-- Talvez – Lilian deu de ombros – às vezes ela é louca que nem eu. – ela riu – amanhã de manhã eu falo com ela.
-- Certo...
-- E você, Ju? Alguma ideia?
Coloquei-me a pensar. Em não tinha muita afinidade com o pessoal do chalé 6. Embora fossem meus irmãos maternos, nunca me aproximei muito de nenhum deles, nem mesmo durante os treinamentos.
-- Quando vamos partir? – mudei de assunto – A profecia não nos forneceu um tempo...
-- Olha... Não seria bom esperar muito. O quanto antes partirem, melhor. – Disse Quíron.
-- Certto... posso escolher o quarto componente amanhã?
Quíron pareceu ficar duvidoso quanto à isso. Mas acabou concordando, visto que esta seria minha primeira missão e que eu estava muito nervosa. Então continuamos a reunião até bem tarde, decidindo e discutindo detalhes e possíveis desafios que poderíamos vir a enfrentar em nossa jornada.
Terminada a reunião, nos despedimos do pessoal na casa-grande e já estávamos de saída, quando ouço, pela primeira vez naquele dia, a voz do Sr. D sentado à mesa, ainda mexendo em suas cartas:
-- Só acho bom que não demorem muito para partirem. – olhei para ele da porta e ele devolveu o olhar, com um sorriso um tanto travesso no rosto:
-- Deuses não gostam de esperar.
Alessandra Seixas- Filho(a) de Atena
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